JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
Brasília, DF (Brasil)
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Os primeiros médiuns da
codificação espírita e a
iniciação espírita
de
Kardec
Nos meios literários
acadêmicos, é bastante
comum a referência à
obra A história de
Joana D'Arc contada por
ela mesma. Esse
livro foi psicografado
pela médium Ermance
Dufaux de la Jonchère,
médium desde os doze
anos de idade, mais
conhecida como Ermance
Dufaux, e publicado
quando esta tinha 14
anos. Em 1855. Na época,
os neologismos
psicografia,
médium e
mediunidade ainda
não tinham sido criados
por Allan Kardec, que
conheceu a jovem no dia
da publicação da
primeira edição de O
Livro dos Espíritos,
em 18 de abril de 1857.
A partir desse dia,
Ermance Dufaux passou a
colaborar ativamente com
Kardec, na segunda
edição d'O Livro dos
Espíritos, que foi
ampliado de 508 para
1019 questões. São Luís,
seu guia espiritual,
também transmitiu-lhe
mediunicamente a obra
Confissões de Luís IX.
História de sua vida
ditada por ele mesmo,
escrita em 1857, mas
somente publicada em
1864, devido à censura
da época, que proibiu
sua publicação antes
desse ano.
Outras médiuns que
também colaboraram com
as obras da Codificação
Espírita foram as jovens
Caroline Baudin (18
anos), Julie Baudin (16
anos) e Ruth Celine
Japhet (20 anos) e a
Sra. De Plainemaison.
Devido à intolerância
religiosa da época,
Kardec, cujo nome era
Hippolyte-Léon Denizard
Rivail, adotou o
pseudônimo Allan Kardec
e omitiu o nome dessas e
outros médiuns, em um
total de mais de dez
pessoas, que colaboraram
na elaboração das obras
da codificação espírita,
cuja autoria, já
sugerida no próprio
título do primeiro
livro, era, em essência,
dos Espíritos.
Mas como começou a
missão de Kardec?
O Sr. Fortier, em dez de
1854, falou,
entusiasticamente, com o
professor Rivail (Allan
Kardec) sobre os
fenômenos das mesas
girantes e falantes; mas
este fez pouco caso do
assunto, considerando-o
um absurdo, pois mesa
não tem "nervos para
sentir nem cérebro para
pensar".
Em 6 de janeiro de 1855,
o Sr. Carlotti foi quem
primeiro falou a Kardec
sobre a intervenção das
almas no "fenômeno da
mesa". Como estudioso do
magnetismo durante 35
anos, o prof. Rivail
julgou que tudo não
passava de animismo, ou
seja, influência da
própria alma do
magnetizado. Ainda
assim, resolveu conferir
pessoalmente a
informação.
E foi, então, na casa da
Sra. Roger, em 1º de
maio de 1855, que Kardec
teve os primeiros
contatos com o fenômeno
intitulado "das mesas
girantes". (O
espiritualismo
americano, decorrente
dos chamados fenômenos
de Hydesville, já vinha
sendo praticado na
França desde abril de
1853.)
A Sra. Roger evocou o
Espírito de um amigo do
Sr. Pâtier e foi
atendida. Nesse dia, a
Sra. Plainemaison
convidou Rivail (Kardec)
para assistir a próxima
sessão na casa dela. Ele
compareceu, em 8 de maio
de 1855, e, ante os
fenômenos
extraordinários e de
alta elevação espiritual
que presenciou, pela
mediunidade da Sra.
Plainemaison, passou a
estudar e reunir-se com
os demais médiuns para
construir o edifício da
elevada Doutrina
Espírita, sob a
coordenação maior do
Espírito de Verdade.
Começava ali o
surgimento de outras
grandes e
extraordinárias obras
literárias mediúnicas,
cujo propósito principal
é o de convencer-nos
sobre a realidade da
vida espiritual e
aprimorar nossos
espíritos na eterna
ascensão no rumo da
perfeição.
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