Crer sem ver e ver para
crer
O homem que vive
mergulhado nas coisas
perecíveis da
matéria
necessita sempre de um
sinal
Ante a incredulidade de
Tomé, Jesus disse que
bem-aventurados são os
que não viram e creram.
Quanta sabedoria nestas
palavras, pois os olhos
que verdadeiramente
veem não são os do
corpo, e, sim, os do
Espírito. Mas o homem
que vive somente
mergulhado nas coisas
perecíveis da matéria
necessita sempre de um
sinal para crer. Como
relata o Evangelho de
Mateus, 12:38: “Então
alguns dos escribas e
dos fariseus tomaram a
palavra, dizendo:
Mestre, quiséramos ver
da tua parte algum
sinal”.
Na época, os mais
incrédulos eram os
escribas, que tinham a
incumbência de
interpretar as leis e
ensinar ao povo os
textos dos livros
sagrados e pactuavam com
os fariseus e os
sacerdotes,
convertendo-se nos mais
ferrenhos inimigos de
Jesus.
Em todos os tempos,
sempre foi assim. No
livro Evangelho
Misericordioso –
Edições FEESP,
(Incredulidade), Paulo
Alves Godoy observa que
quando Cristóvão Colombo
apresentou seu projeto a
uma junta de cosmógrafos,
astrônomos, geômetras,
geógrafos e membros da
Igreja, reunidos no
Colégio dos Altos
Estudos de Salamanca, na
Espanha, foram
notificados de que o
referido projeto se
assentava sobre uma base
falsa e imaginária e o
que Colombo pretendia
não podia ser verdade.
Argumentavam que a Terra
“é chata e rodeada de
água”, sendo
incompatível com os
dogmas de fé admiti-la
redonda; acreditar que
existem dois hemisférios
habitados, seria a
mesma coisa que dizer
que há homens que não
descendem de Adão.
A Igreja também
desmentiu Galileu,
quando ele disse que a
Terra girava em torno do
Sol, preferindo ficar
apegada ao sistema
geocêntrico (a Terra
como centro do sistema
planetário, em torno do
qual girariam todos os
astros), pois o sistema
heliocêntrico (o Sol
como centro do sistema
planetário),
demonstrado por Galileu,
contrariava os dogmas.
Quando Joana D’Arc
afirmou que ouvia vozes
dos Espíritos, foi
taxada feiticeira,
relapsa e herege. Joana,
que foi condenada a
morrer queimada na
fogueira da Inquisição,
foi depois considerada
heroína e santa.
Passados mais de 2 mil
anos das revelações das
Verdades Eternas
trazidas por Jesus e
outros grandes
missionários, ainda
prevalecem teorias
errôneas no tocante a
essas Verdades, como a
crença na vida única do
Espírito, nas penas
eternas, no pecado
original, e de que a
Terra é o único mundo
habitado do Universo.
Por ter trazido à Terra
as Verdades Eternas,
enfrentando a
incredulidade dos
homens, Jesus foi
crucificado; Sócrates,
condenado a beber
cicuta; João Batista,
decapitado; Paulo de
Tarso, perseguido e
também decapitado;
muitos profetas foram
perseguidos e mortos e
muitos emissários dos
Céus sofreram a
incompreensão e o
sarcasmo dos homens.
Daí a importância de
descartarmos a fé cega,
que conduz ao fanatismo.
Como afirmou Allan
Kardec, ela já não é
mais deste século. E
Kardec disse isso no
século 19!
Em nota de rodapé em
O Evangelho segundo o
Espiritismo, em
1948, a Federação
Espírita Brasileira
esclarece que estamos no
século em que o espírito
humano tornou-se mais
exigente e a fé cega já
não tem mais sentido,
reinando a descrença nas
Igrejas que a impõem.
Vivendo sem ideal e sem
esperança em outra vida,
o homem tenta
transformar o mundo pela
violência. As lutas
econômicas geram as mais
esdrúxulas doutrinas de
ação e reação. Na ânsia
furiosa de predomínio
econômico, guerras
mundiais assolaram o
Planeta.
“Toda a esperança da
Humanidade hoje se apoia
no Espiritismo, na
restauração do
Cristianismo, baseada em
fatos que demonstram os
princípios básicos da
Doutrina cristã:
eternidade da vida,
responsabilidade
ilimitada de
pensamentos, palavras e
atos.
Sem a Terceira Revelação
o mundo estaria
irremediavelmente
perdido pelo choque das
mais desencontradas
ideologias materialistas
e violentistas.”