Coube ao
Espiritismo,
dentre
tantas
outras
práticas
dos
tempos
apostólicos,
trazer
de volta
esta da
imposição
de mãos,
amplamente
usada
por
Jesus,
conforme
se lê
nos
Evangelhos,
como na
seguinte
passagem:
E, ao
por do
sol,
todos os
que
tinham
enfermos
de
várias
doenças
lhos
traziam;
e, pondo
as mãos
sobre
cada um
deles,
os
curava.
(Lc,
4:40).
Mas,
além de
curar
enfermos,
Jesus
recomendou
fosse
esse
socorro
levado a
efeito
por
aqueles
que
pretendessem
seguir
suas
lições:
(...) E
porão as
mãos
sobre os
enfermos,
e os
curarão.
(Mc,
16:18).
No
Espiritismo,
a
imposição
de mãos
recebeu
o nome
de
passe,
prática
que pode
ser
levada a
efeito
por
qualquer
pessoa
de boa
vontade,
a
qualquer
hora, em
qualquer
lugar.
Entretanto,
em se
tratando
de passe
feito
numa
casa
espírita,
deve-se
procurar
facilitar
o
trabalho
dos
Espíritos
que nele
colaboram,
através
de
preparo
e
postura
dos
encarnados,
e de
ambiente
consentâneo
com a
importância
da
atividade,
evitando-se
o passe
em
público,
no mesmo
recinto
onde o
paciente
ouviu a
palestra.
Infelizmente,
o passe
em
público
tem
aumentado
nos
centros
espíritas.
Alguns
por
falta de
espaço,
outros
por
comodismo.
Entretanto,
é bom
seja
lembrada
a
conveniência
de ser
destinado
um
espaço
especial
para
sala de
passes,
diante
das
seguintes
razões:
1. Nesse
local,
os
Espíritos
poderão
manter
aparelhagem
própria
à
execução
desse
tipo de
trabalho;
2. Será
favorecida
a
manutenção
de
ambiente
mais
homogêneo,
pelo
fato de
ser mais
fácil a
concentração
e a
preservação
de
fluidos
em
recinto
onde
circulem
menos
pessoas;
3. Além
do mais,
haverá
ambiente
propício
à
preparação
dos
passistas
para a
tarefa,
pois o
trabalho
só
deverá
ser
iniciado
após a
preparação
dos
médiuns,
em
ambiente
de
recolhimento,
conforme
se lê no
cap. 17
da obra
“Nos
Domínios
da
Mediunidade”.
Ali,
vê-se
Clara e
Henrique
preparando-se
antes da
entrada
dos
pacientes,
conforme
explicação
dada ao
companheiro
de André
Luiz:
... A
oração é
prodigioso
banho de
forças,
tal a
vigorosa
corrente
mental
que
atrai.
Por ela,
Clara e
Henrique
expulsam
do
próprio
mundo
interior
os
sombrios
remanescentes
da
atividade
comum
que
trazem
do
círculo
diário
de luta
e sorvem
do nosso
plano as
substâncias
renovadoras
de que
se
repletam,
a fim de
conseguirem
cooperar
com
eficiência,
a favor
do
próximo;
4. No
caso de
haver
uma sala
destinada
ao
trabalho
de
passes,
haverá
maior
facilidade
de
concentração
dos
médiuns,
pelo
fato de
não
estarem
expostos
à
curiosidade
das
pessoas
que não
estão
recebendo
o passe,
por não
o
desejarem
ou
porque
já o
receberam,
permanecendo
no
salão,
mantendo,
às
vezes,
pensamentos
que não
se
coadunam
com a
sublimidade
do
momento;
5. Maior
conscientização
da
natureza
superior
do
socorro
recebido,
da parte
do
paciente,
pelo
fato de
entrar
num
recinto
apropriado
e
previamente
preparado,
podendo
sentir-lhe
a
diferença
vibratória;
6. Essa
mudança
de
ambiente
contribuirá
para que
mude sua
atitude,
de
passividade
absoluta
– e até
de certa
indiferença
– à de
participar
mais
ativamente,
pela sua
decisão
de
levantar-se,
dirigir-se
à sala
de
passes e
não de
continuar
simplesmente
acomodado
na
poltrona
de onde
ouviu a
palestra.
Agindo
assim,
acreditamos
estar
devolvendo
ao passe
aquela
característica
de
socorro
ao
realmente
necessitado,
como o
fez
Jesus.
A
excessiva
facilitação
desse
nobre
socorro
fraterno
conduz à
sua
vulgarização,
com
efeitos
psicológicos
danosos,
tanto
àquele
que o
ministra,
quanto a
muitos
beneficiários,
para os
quais
toma o
lugar de
simples
"bênção"
de
efeito
mágico.
Sabemos
que, a
ser
desenvolvida
dentro
desses
parâmetros,
a tarefa
demandará
mais
tempo,
tanto
dos
médiuns,
quanto
dos
pacientes.
Essa,
talvez,
a maior
contribuição
para que
se
definam
com
clareza
as
posições
daqueles
que
realmente
necessitam
do
socorro
do
passe, e
daqueles
que,
sinceramente,
conscienciosamente,
se
dispõem
ao
trabalho
nesse
importante
setor. |