O uso de
bebidas
alcoólicas,
consideradas
drogas
lícitas, tem
se
generalizado
na Terra. E
tal costume
leva,
naturalmente,
a vício
extremamente
prejudicial
aos
relacionamentos
humanos.
Entre as
diversas
vítimas
deste vício
destacam-se
aquelas que
participam
do círculo
familiar dos
usuários
destas
substâncias.
Vivemos num
meio
cultural que
propaga o
uso de
bebidas
alcoólicas
como um
valor. Não
são poucas
as pessoas
que se
comprazem em
dizer que
consumiram,
num único
dia ou
festa,
enorme
quantidade
destas
bebidas. E
quando assim
anunciam,
parecem se
sentir
possuidoras
de certa
virtude ou
capacidade
que, de
alguma
forma, seria
supervalorizada
pelo ato. Os
meios de
comunicação,
em especial
no campo da
publicidade,
buscam
estabelecer
um vínculo
entre
grandes
personalidades
do mundo
artístico ou
esportivo e
o consumo do
álcool. As
mensagens
são
veiculadas
com tal
ênfase que a
advertência
final (que o
anunciante é
obrigado por
lei a
incluir) soa
como um
despropósito.
As mensagens
publicitárias
não fazem
referência à
multidão de
vítimas do
álcool, aos
lares
desfeitos,
aos
acidentes
que ceifaram
vidas
inocentes,
aos
alcoólatras
que
superlotam
hospitais e
manicômios.
Mas ainda
que o
fizessem,
estariam
mostrando
muito pouco
daquilo que
o álcool é
capaz de
provocar.
Há, de fato,
ligações
invisíveis
entre o
ébrio e o
seu copo.
Transcrevemos,
a propósito,
a mensagem
em versos,
ditada pelo
Espírito
Cornélio
Pires ao
médium
Francisco
Cândido
Xavier. Ela
traz sério
alerta sobre
estas
ligações a
que nos
referimos:
Informações
do Além
Recebi o seu
bilhete,
Meu amigo
João da
Graça,
Você deseja
do Além
Notícias
sobre a
cachaça.
O assunto
não é
difícil.
Cachaça, meu
caro João,
Recorda
simples
tomada
Que liga na
obsessão.
Você sabe.
Aí na Terra,
Nas mais
diversas
estradas,
Todos temos
inimigos
Das
existências
passadas.
Muitos deles
se aproximam
E usando a
ideia sem
voz
Propõem
cousas
malucas
Escarnecendo
de nós.
Nas
tentações
manejamos
Nossa fé por
luz acesa,
Mas se
tornamos
cachaça
Lá se vai
nossa
firmeza.
Olhe o caso
de Antoninha.
Não queria
desertar,
Encafuou-se
na pinga,
Hoje é
mulher sem
lar.
Titino,
homem
honesto,
Servidor de
tempo curto,
Passou a
viver no
copo,
Agora vive
de furto.
Rapaz de
brio e saúde
Era Juca de
João Dório,
Enveredou na
garrafa,
Passou para
o sanatório.
Era amigo
dos mais
sérios
Silorico da
Água Rasa,
Começou de
pinga em
pinga,
Acabou
largando a
casa.
Companheiro
certo e bom
Era Neco de
Tião,
Afundou-se
na garrafa,
Aleijou o
próprio
irmão.
Cachaça será
remédio,
É o que
tanta gente
ensina...
Mas álcool,
para ajudar,
É cousa de
Medicina.
Eis no Além
o que se vê.
Seja a pinga
como for,
Enfeitada ou
caipira,
É laço de
obsessor.
Nas velhas
perturbações,
Das que vejo
e que já vi,
Fuja sempre
da cachaça,
Que cachaça
é isso aí!
Em comentários a
estes versos, o
Prof. Herculano
Pires escreve:
“A obsessão
mundial pelo
álcool, no plano
humano,
correspondente a
um quadro
apavorante de
vampirismo no
plano
espiritual. A
medicina atual
ainda reluta – e
infelizmente os
seus setores
mais ligados ao
assunto são os
da psicoterapia
– em aceitar a
tese espírita da
obsessão. Mas as
pesquisas
parapsicológicas
já revelaram,
nos maiores
centros
culturais do
mundo, a
validade da
obsessão. Todos
os
parapsicólogos
verdadeiros, de
renome
científico e não
marcados pela
obsessão do
sectarismo
religioso,
proclamam hoje a
realidade das
influências
mentais entre as
criaturas
humanas, entre
estas e as
‘mentes
desencarnadas’.
As quadras de
Cornélio Pires
sobre a obsessão
alcoólica não
são apenas uma
brincadeira.
Elas nos mostram
– num panorama
visto do lado
oculto da vida –
a própria
mecânica desse
processo
obsessivo.
Espíritos
inimigos (que
ofendemos
gravemente em
existências
anteriores)
excitam-nos o
desejo inocente
de ‘tomar um
trago’.
Aceitamos a
‘ideia maluca’ e
Espíritos
vampirescos são
atraídos pelas
emanações
alcoólicas do
nosso corpo.
Daí acontece a
obsessão”.
E conclui
Herculano: “Tem
razão o poeta
caipira ao
advertir que
‘álcool, para
ajudar, é coisa
de medicina’. Só
nas aplicações
médicas o álcool
pode ser usado
como remédio.
Mas temos de
acrescentar,
infelizmente,
que os médicos,
de olhos
fechados para a
realidade
espiritual, não
estão em
condições de
atender os casos
de alcoolismo.
Os grupos
espíritas e as
associações
alcoólicas obtêm
resultados mais
positivos,
quando em
tratamentos bem
dirigidos”.
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