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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 407 - 29 de Março de 2015

ELENI FRANGATOS
eleni.moreira@uol.com.br
Vinhedo, SP (Brasil)

 


Comunicação


Comunicar algo a alguém é o ato de informar, passar, compartilhar uma informação com essa pessoa. Neste processo existe um emissor (quem passa a informação) e um receptor (quem a recebe).

Aqui está um dos grandes males da Humanidade. Uma comunicação falha, ou entendida de forma errada, causa-nos uma série de problemas no nosso dia a dia, e espalha-se progressivamente em todas as áreas, nos afetando emocionalmente, causando até rupturas definitivas em relacionamentos.

Um emissor passa uma informação para um receptor. Porém, isto não significa que o receptor vai processar ou decodificar a informação exatamente do jeito que o emissor pensa ou quer que seja compreendida, assimilada. Isto é, de uma forma simplista, o que um fala, o outro ouve e compreende de forma totalmente contrária ao que o outro realmente quis dizer, ao que realmente foi dito. Ele elabora essa informação de acordo com os seus conhecimentos (instrução), com o seu desenvolvimento no seio familiar (educação) e o meio em que vive (aculturação). Portanto, não existe um emissor processando informações exatamente da mesma forma que um receptor as recebe. Por isso, todo o cuidado é pouco.

Muitas vezes, o que acontece? O emissor fala em FM e o receptor escuta em AM, ou vice-versa! E aí surge o desentendimento, o famoso “não, você disse isso”, “não, eu jamais diria isso, eu quis dizer...” e o mal-entendido degringola provocando mal-estar entre um marido e sua mulher, entre pais e filhos, amigos, colegas de trabalho, por aí afora vai.

Se, antes de acusar o próximo, nosso irmão, nós pensarmos, refletirmos, que ele não teve nossos pais, não nasceu exatamente no mesmo momento em que nós nascemos, e não frequentou a mesma escola, não tem o mesmo nível social ou o mesmo poder aquisitivo (aqui sem preconceitos, apenas constatação), que não mora na mesma casa, não come o mesmo tipo de comida, não veste a mesma roupa, não vê os mesmos programas, não lê os mesmos livros, não escutou os mesmos conselhos que nossos pais nos deram, então, chegaremos com clareza à conclusão de que ele não é igual a nós na arte da comunicação e percepção e, portanto, não poderá ter a mesma forma de pensamento, a mesma articulação, a mesma compreensão da terminologia que nós usamos... Recordemos que nem mesmo irmãos gêmeos, que têm uma grande empatia e afinidade, uma série de fatores comuns, mesmo entre esses a comunicação pode causar incompreensões, desavenças.

Outro fator importante para que tenhamos um pouco mais de serenidade e paz em nossas vidas e para que tomemos decisões mais justas, é prudente e aconselhável que, ANTES de proferirmos qualquer julgamento com base no que foi dito por outra pessoa, ou pelo que vimos ou ouvimos e decodificamos apressadamente, chamemos a pessoa em questão e perguntemos: “O que aconteceu? Gostaria de ouvir a sua versão”. Isso evitaria muita querela, muita disputa, muita decisão tomada inadequadamente com base em meia-verdade. Da mesma forma que tachamos, classificamos e julgamos erroneamente uma pessoa com base numa comunicação incorreta dos fatos, abrimos a porta para uma classificação desmerecedora dessa pessoa, MAS O PIOR é que repassamos o nosso julgamento contundente, por vezes, para outras pessoas com quem convivemos, criando a maledicência, a prevenção contra um irmão nosso, seja em que área for. Bem, este procedimento está totalmente em discordância com o que aprendemos no Espiritismo, com os fundamentos de nossa Doutrina.

Há três pontos que podem nos ajudar bastante:

Primeiro, façamos um esforço no sentido de ouvirmos atentamente (aqui significa ouvir e escutar, não ficar meneando a cabeça, já pensando no que se vai responder) o que o nosso irmão nos diz (e se não entendermos, coloquemos de imediato nossas dúvidas para um esclarecimento cabal do que está sendo dito, para que, ao terminar a conversa, estejamos totalmente esclarecidos sobre o assunto).

Segundo, não façamos juízos de valor sobre a, b, ou c, sem ouvirmos a sua versão.

Terceiro, e talvez O MAIS IMPORTANTE, não classifique seu irmão por aquilo que outra pessoa diz sobre ele, porque você não sabe como a outra pessoa decodificou, analisou, e embasou sua classificação e nem a verdadeira intenção com que foi dito e repassado.

Se todos nós tivermos estes cuidados, e soubermos usar o poder da comunicação de uma forma correta, isenta, e leal, em nossas vidas, tenha a certeza de que o mundo será um mundo melhor!



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita