A. Após a morte, o
destino da pessoa está
definido ou há
oportunidade de mudança?
Tratando do assunto,
padre François Brune é
categórico: “Ninguém
está definitivamente
preso pela morte, contra
ou a favor de Deus. Após
a morte, tudo ainda é
possível”. Segundo ele,
abandonamos os
catecismos, mas
reencontramos as
Escrituras. São Pedro,
por exemplo, diz que
Cristo, após sua morte,
foi pregar até aos
Espíritos em prisão, aos
que foram incrédulos
outrora. Ora, se o
Cristo foi pregar aos
mortos que eram
incrédulos no momento de
sua morte, sua pregação
não teria qualquer
sentido se não pudesse
ter eficácia. (Os
mortos nos falam, pág.
210.)
B. Descer aos Infernos é
diferente de descer ao
Inferno?
Sim. O termo “Infernos”
não tem qualquer
conotação de danação;
trata-se simplesmente de
“lugares inferiores”.
Pierre Monnier confirma
a validade da pregação
de Jesus nos lugares
inferiores, ao dizer à
sua mãe: “Nos
‘Infernos’, ainda há
tempo de se converter e
escapar do Inferno
(neste caso, no sentido
de danação). Até depois
da morte, o Evangelho é
pregado aos culpados
para arrancá-los do
império do Mal, do
Inferno”. Mais adiante,
Pierre é ainda mais
explícito: “Quando
Pedro, o apóstolo, fala
da missão de seu Mestre
espiritual na morada dos
mortos, não se trata de
um mito, como argumentam
alguns teólogos –
argumentação gratuita
que confunde a fé.
Trata-se da visão
gloriosa da Misericórdia
de Deus para com os
pecadores. Como Jesus
despido da carne, nós
também vamos até nossos
irmãos desolados ou
culpados para
ensinar-lhes o
Evangelho...” (Obra
citada, pág. 210.)
C. A reencarnação pode
ocorrer envolvendo
famílias inteiras?
Sim. A reencarnação
ocorre, às vezes, em
famílias inteiras, ou
quase. Pais que
arrastaram seus filhos
em sua infelicidade,
pedem para reparar a
falha dando à luz,
novamente, os mesmos
filhos. A posição de
François Brune –
favorável à doutrina da
reencarnação – é, no
entanto, bastante
curiosa: ele não crê
que, em relação às
criaturas humanas, a
reencarnação constitua
uma regra. Ela seria,
antes, uma medida
adotada em caráter
excepcional para casos
determinados. (Obra
citada, pp. 213 e 214.)
Texto para leitura
131. Neste ponto,
assevera padre Brune,
abandonamos o
ensinamento habitual dos
catecismos católicos
romanos: “Ninguém está
definitivamente preso
pela morte, contra ou a
favor de Deus. Após a
morte, tudo ainda é
possível”. Abandonamos
os catecismos, mas
reencontramos as
Escrituras. São Pedro,
por exemplo, diz que
Cristo, após sua morte,
foi pregar até aos
Espíritos em prisão, aos
que foram incrédulos
outrora. Ora, se o
Cristo foi pregar aos
mortos que eram
incrédulos no momento de
sua morte, sua pregação
não teria qualquer
sentido se não pudesse
ter eficácia. (P. 210)
132. Descer aos Infernos
é diferente de descer ao
Inferno. O termo
“Infernos” não tem
qualquer conotação de
danação; trata-se
simplesmente de “lugares
inferiores”. Pierre
Monnier confirma a
validade da pregação de
Jesus nos lugares
inferiores, ao dizer à
sua mãe: “Nos
‘Infernos’, ainda há
tempo de se converter e
escapar do Inferno
(neste caso, no sentido
de danação). Até depois
da morte, o Evangelho é
pregado aos culpados
para arrancá-los do
império do Mal, do
Inferno”. Mais adiante,
Pierre é ainda mais
explícito: “Quando
Pedro, o apóstolo, fala
da missão de seu Mestre
espiritual na morada dos
mortos, não se trata de
um mito, como argumentam
alguns teólogos –
argumentação gratuita
que confunde a fé.
Trata-se da visão
gloriosa da Misericórdia
de Deus para com os
pecadores. Como Jesus
despido da carne, nós
também – seus
missionários celestes –
vamos até nossos irmãos
desolados ou culpados
para ensinar-lhes o
Evangelho...” (P. 210)
133. Capítulo VIII -
A reencarnação: última
provação da alma infeliz
– Que acontece, então,
aos falecidos que mais
recusaram o Amor? Pierre
Monnier afirma que Deus
lhes concede uma segunda
oportunidade e
permite-lhes voltar à
Terra. É a reencarnação.
Muitos outros
mensageiros afirmam a
mesma coisa e padre
Brune concorda com essa
informação. (P. 213)
134. Segundo Pierre
Monnier, a reencarnação
ocorre, às vezes, com
muito menor frequência
do que alguns imaginam.
Ela é muitas vezes
aconselhada como sendo o
meio mais rápido de
realização da evolução
espiritual, obrigatória
para que se atinja a
felicidade para a qual
tendemos todos, e que só
conheceremos na fusão
com Deus. A reencarnação
seria, no entanto, por
assim dizer, sempre
facultativa. Isto, na
concepção do Espírito de
Pierre Monnier. (P. 213)
135. A reencarnação
ocorre, às vezes, em
famílias inteiras, ou
quase. Pais que
arrastaram seus filhos
em sua infelicidade,
pedem para reparar a
falha dando à luz,
novamente, os mesmos
filhos. (PP. 214 e 214)
136. A posição de
François Brune –
favorável à doutrina da
reencarnação – é, no
entanto, bastante
curiosa: 1) ele não crê
que, em relação às
criaturas humanas, a
reencarnação constitua
uma regra. Ela seria,
antes, uma medida
adotada em caráter
excepcional para casos
determinados; 2) embora
acredite nessa tese, não
está convencido de que
já tenhamos obtido
provas absolutas da
existência do fenômeno;
3) ele diz que, ao
contrário do que sempre
se fala, a doutrina da
reencarnação era
completamente
desconhecida no Egito
antigo, na Suméria, na
Assíria, em Babilônia,
entre os Vedas e os
hebreus; 4) não
considera argumentos
válidos pró-reencarnação
os episódios do
Evangelho a respeito do
cego de nascença e da
vinda de Elias; 5)
admite porém que no
tempo do Cristo a
doutrina começava a
nascer, porquanto,
segundo Flávio Josefo,
os Fariseus acreditavam
em suplícios eternos,
destinados aos maus, e
na reencarnação
destinada aos bons, e,
mais tarde, na Cabala,
tal doutrina ocuparia um
lugar importante; 6) ele
afirma que, ao contrário
do que alguns dizem, a
Igreja jamais pregou a
reencarnação, embora
também nunca a tenha
formalmente condenado.
(PP. 214 a 216)
137. Quanto às vozes do
Além, recebidas em fitas
magnéticas, elas longe
estão de solucionar o
caso, porque, segundo a
senhora Schäfer, têm
sido recebidos por esse
meio todos os tipos de
opinião, desde: “claro,
a reencarnação existe,
todos passam por ela”,
até: “mas é um absurdo,
isto não existe!”,
passando por: “não sei
de nada”. (P. 217)
138. Padre Brune, depois
de reconhecer que Albert
Pauchard continua, mesmo
no Além, cada vez mais
convencido da realidade
dessa doutrina, elabora
uma série de
considerações de
natureza filosófica
tendentes a mostrar que
a reencarnação não
seria, como alguns
pensam, indispensável à
compreensão das
aparentes injustiças da
existência e da lei do
Karma. Aos que afirmam
que uma só existência
não basta para nossa
evolução, padre Brune
responde que os que
dizem isto não
compreendem que a vida
continua no Além, onde
também se pode
perfeitamente progredir.
(PP. 218 a 226)
139. Na sequência, ele
disserta sobre o que
significa efetivamente a
reencarnação nas
concepções do Ocidente e
do Oriente. E afirma não
considerar como prova da
reencarnação a chamada
memória extracerebral,
em que crianças
descrevem lugares,
pessoas e fatos
relacionados com uma
vida anterior. “Tais
lembranças são
autênticas, eu admito”,
diz padre Brune. “E
também referem-se a
vidas anteriores. Mas
nada me obriga a crer
que se trate da mesma
pessoa.” (PP. 227 a 231)
140. Brune tende a
resolver pela influência
de Espíritos o que, na
verdade, seriam
reminiscências do
passado, e procede do
mesmo modo com relação
aos gênios precoces,
como Mozart e outros.
(PP. 231 a 236. Ver
também p. 239)
141. Capítulo IX - O
retorno aos mundos da
felicidade – Padre
Brune abre este capítulo
dizendo que o termo anjo
tem sido mencionado por
um grande número de
mensageiros, para
designar os falecidos
mais evoluídos em
condições de nos ajudar.
Essa palavra não tem,
pois, para eles,
qualquer outro sentido;
aliás, afirmam não terem
conhecido no Além
“anjos”, no sentido
comum da palavra. Há
mensageiros que dizem,
no entanto, que existem
seres espirituais que
jamais viveram na Terra,
nem em qualquer outro
planeta, ou seja, jamais
“encarnaram” no nível em
que se situa nossa
matéria, o que não
implica dizer que não
tenham um corpo.
(N.R.: Esta última
informação é rejeitada
frontalmente pela
Doutrina ensinada pelos
Espíritos Superiores,
que atestam ser a
“encarnação”
absolutamente
indispensável à evolução
da alma.) (P. 237)
142. Falando sobre o
meio espiritual, Alain
Tessier, morto em
acidente de moto, diz
que os não encarnados
são muito mais numerosos
do que os encarnados, ou
seja, há mais mortos do
que vivos. E eles nos
influenciam muito. A
influência dos “bons”
equilibra a influência
dos “maus”. (P. 238)
143. Padre Brune lembra
que alguns acreditam que
só podemos realizar
descobertas científicas
na Terra, quando as
mesmas foram feitas no
Além, o que explicaria o
fato de uma mesma
descoberta ser
realizada, quase que
simultaneamente, por
equipes de pesquisadores
completamente
independentes. Essa ação
se exerceria também nas
obras de arte e na
literatura. Assim, as
inúmeras representações
de um anjo soprando ao
ouvido de um escritor
inspirado não são tão
ingênuas quanto
geralmente parecem. (PP.
238 e 239)
(Continua na próxima
semana.)
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