A. Em que área de
trabalho a assistência
espiritual que recebemos
é ainda mais evidente?
Segundo o padre François Brune, se a assistência dos invisíveis nos
é garantida em nossas
pesquisas científicas ou
em nossas criações
artísticas, ela o é
ainda mais em nossas
obras de caráter
caritativo ou
espiritual. O padre
reporta-se, então, às
curas e às cirurgias
promovidas por médiuns
incorporados pelos
Espíritos, relatando o
extraordinário caso
ocorrido com o
jornalista J. Bernard
Hutton, curado e tratado
pelo dr. William Lang,
morto em 1937, que o
tratou em 1963, após
incorporar o ex-bombeiro
George Chapman. (Os
mortos nos falam, pp.
240 a 243.)
B. O padre Brune
concorda com a eficácia
da oração pelos mortos?
Sim. Ele tem convicção acerca da eficácia de qualquer oração pelos
mortos, confirmada em
mensagem de Pierre
Monnier, embora este
tivesse origem
protestante. Como se
sabe, os protestantes
não apoiam essas
orações. (Obra
citada, pp. 248 a 250.)
C. Que diz o padre Brune
sobre Deus?
Dos conceitos apresentados por François Brune sobre Deus,
destacamos estes:
-
Deus é como uma
radiação de
energias,
vivificantes,
benfazejas, através
das quais Ele nos
regenera
continuamente.
-
O Deus cristão, que
é dinâmico, nada tem
a ver com o Deus de
São Tomás de Aquino
e Aristóteles, o
qual, para não
sofrer qualquer
influência, teria
(segundo São Tomás e
Aristóteles)
decidido tudo a
respeito de nossas
relações com Ele.
-
Deus, como diz João
Evangelista, é amor
e luz.
-
Deus é puro
espírito. (Obra
citada, pp. 253 e
261.)
Texto para leitura
144. Brune conclui, então: “Se esta assistência dos invisíveis já
nos é garantida em
nossas pesquisas
científicas ou em nossas
criações artísticas, ela
o é ainda mais,
evidentemente, em
nossas obras de caráter
mais diretamente
caritativo ou
espiritual”. O padre
reporta-se, então, às
curas e às cirurgias
promovidas por médiuns
incorporados pelos
Espíritos, relatando o
extraordinário caso
ocorrido com o
jornalista J. Bernard
Hutton, curado e tratado
pelo dr. William Lang,
morto em 1937, que o
tratou em 1963, após
incorporar o ex-bombeiro
George Chapman. (PP. 240
a 243)
145. Na sequência, padre Brune disserta sobre os “anjos da guarda”,
mencionando mensagens
que tratam do assunto,
entremeadas com
impressões de Robert
Monroe em suas “viagens
astrais” e com a própria
opinião do padre, sem
fundamentação
científica, como a ideia
de que o anjo da guarda
talvez “seja uma parte
de nós mesmos, não
encarnada”. (PP. 243 a
248)
146. No rumo da alma à luz, Brune diz que os falecidos, além de
ajudar-nos, são também
ajudados por outros
Espíritos, mais
avançados do que eles.
Nesse sentido, lembra a
eficácia de qualquer
oração pelos mortos,
confirmada em mensagem
de Pierre Monnier,
embora este tivesse
origem protestante.
(PP. 248 a 250)
147. Um dos sinais da evolução do falecido será a transformação de
suas relações com os
outros, sobretudo de
suas relações de amor.
Para os Espíritos que a
perversidade não retém
nas zonas assustadoras
vislumbradas por Georges
Ritchie, em sua viagem
fora do corpo, a
sexualidade desaparece,
mas não o amor, que será
expresso então de modo
bem diferente e mais
profundo. Rosemary Brown
confirma essa ideia,
dizendo que os seres
desencarnados parecem
não ter qualquer sentido
de sexualidade, nem
qualquer interesse por
este assunto. “O amor
expressa-se – diz
Rosemary Brown –
de modo bem mais
completo e feliz, sob
outras formas,
tornando-se algo de
grande beleza,
permitindo uma perfeita
harmonia entre os seres
que se amam.” (P. 251)
148. No outro mundo, segundo Rosemary Brown, não há casamento tal
como o conhecemos aqui.
Robert Monroe afirma que
a união sexual, tal como
a conhecemos neste
mundo, é uma pálida
imitação, degenerada,
daquilo que ele pôde
conhecer quando de suas
experiências de
desdobramento. Falando
sobre essa “união”, diz
ele: “Os dois parceiros
fundem-se
verdadeiramente, não
apenas em um nível
superficial, ou em um ou
dois lugares específicos
do corpo, mas em plano
geral, átomo por átomo,
através do conjunto do
Corpo Segundo. Uma
rápida troca de elétrons
entre os parceiros
ocorre neste momento.
Você atinge, em um
instante, um estado de
êxtase insuportável; e,
no instante seguinte,
você vive a
tranquilidade, a
plenitude perfeita.
Depois, tudo está
acabado”. (P. 251)
149. Capítulo X - A união com Deus: última
experiência da alma
bem-aventurada –
Entende padre Brune que,
desde o instante da
passagem para o Além, o
essencial da felicidade
sentida pelo falecido
não reside nem no
esplendor do novo
cenário de vida, nem na
liberdade de ir e vir,
nem na possibilidade de
adquirir maiores
conhecimentos. Não! Tudo
isso tem, certamente,
importância, mas é
apenas um complemento,
porque o essencial dessa
felicidade é a
experiência de Deus. (P.
253)
150. A propósito do
tema, eis algumas ideias
colhidas neste capítulo:
a) Deus é como uma radiação de energias, vivificantes, benfazejas,
através das quais Ele
nos regenera
continuamente;
b) O Deus cristão, que é dinâmico, nada tem a ver com o Deus de São
Tomás de Aquino e
Aristóteles, o qual,
para não sofrer qualquer
influência, teria
(segundo São Tomás e
Aristóteles) decidido
tudo a respeito de
nossas relações com Ele;
c) Deus, como diz João Evangelista, é amor e luz;
d) a prece é um puro arrebatamento de fé e de amor para com Deus, o
Criador;
e) a pessoa pode simplesmente dizer: “Meu Deus, o senhor está aí e
eu o amo”. Se todo o seu
ser vibrar ao pronunciar
esta frase, terá feito
uma bela prece, ao
contrário do que ensina
a quase totalidade dos
tratados de oração que
encontramos nos
seminários, que mantêm
os “fiéis” presos a
formas inferiores de
prece;
f) Deus é puro espírito. (PP. 253 a 261)
151. Discutindo, na sequência, a questão da divindade do Cristo, o
padre Brune apresenta
depoimentos pró e contra
a tese esposada pela
Igreja, tese essa que
ele pessoalmente
defende. (PP. 260 e 261.
Ver também pp. 265 a
275)
152. Padre Brune cita também alguns relatos, inclusive de “viagens
astrais”, que se referem
à vida de Jesus, dos
doze aos trinta anos, em
que, evidentemente, as
versões apresentam
diversas contradições.
Brune os menciona, mas
não lhes dá maior
importância (PP. 261 a
264)
153. No que se refere a esse tema, padre Brune diz que a verdade é
que nosso mundo não está
em condições de
compreender ainda os
dezoito anos de silêncio
do Cristo em Nazaré.
Desde o instante em que
se pensa que ele não é
Deus vindo à Terra, é
natural que se procurem
professores e gurus,
para explicar a
superioridade dos seus
ensinamentos. Há, nos
meios esotéricos,
segundo Brune, um único
consenso em relação ao
advento da era de
Aquário: o
desaparecimento das
grandes religiões
tradicionais, que
cederão lugar a novos
Mestres. Mas o consenso
acaba aí. (PP. 264 e
265)
154. Conclusão – Ao final da obra, padre Brune
diz nutrir a
esperança de que a vida
de seus leitores tenha
mudado, porque seu
desejo é que o coração
de todos nós se abra
para a eternidade. E
transcreve, então, dois
textos que devem,
segundo ele, ser lidos
como o relato da mais
ardente das
experiências: a do Amor
tornado fonte irradiante
no fundo de nossos
corações.
155. Eis o último deles, com que se fecha esta obra: “Uma noite, o
Padre Lazare levantou-se
para ir da cabana dos
Santos Apóstolos até
Karies. Padre Modesto
estava doente e era
preciso ir. Era junho e
fazia muito calor. A
noite estava banhada
pela lua. Mal havia
saído e dado alguns
passos quando avistou, à
beira do caminho, um
espetáculo único. Alguém
estava ajoelhado, mãos
erguidas, no meio da
calma infinita da noite
e do silêncio da
natureza, e rezava. Era
o Padre Isaac”. (PP. 265
e 266)
156. Brune diz que Padre Isaac era um dos monges que viveu no monte
Atos, no início do
século 20. (PP. 265 e
266)
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