VLADIMIR POLÍZIO
polizio@terra.com.br
Jundiaí, SP
(Brasil)
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Reuniões
mediúnicas
gravadas ou
filmadas
O que temos
visto, ouvido e
recebido dos
amigos nestes
últimos anos é o
resultado
positivo de um
registro da
década de 1930,
após a surpresa
com que
Friedrich
Jürgenson
(1903-1987) foi
tomado, quando
recolheu seu
gravador que
estava ligado em
meio a arvoredos
e jardins, para
captar cantos de
aves.
Inúmeros
pesquisadores
vêm tentando e
aperfeiçoando os
métodos
utilizados desde
aquela época,
para o contato
ou mesmo o
simples registro
de informações
ou simplesmente
frases ou
manifestações
sonoras,
deixando clara a
presença dos
Espíritos no
ambiente em que
o aparelho se
encontra. São
gravadores de
áudio ou
vídeo-gravadores
que captam som
ou som e imagem.
Não só na
Internet
encontraremos
clipes de vídeos
que trazem o
áudio
correspondente
ao evento que
está sendo
objeto da
filmagem, como
palestras por
exemplo. Ao
fundo da
gravação ouve-se
vozes, sejam
masculinas ou
femininas, que
murmuram,
lamentam ou
repetem palavras
ou mesmo frases
que lhes
interessam,
quando faladas
nessas reuniões.
Certamente são
os momentos que
tocam a
sensibilidade
dos Espíritos e
estes se
manifestam,
mesmo com
monossílabos e,
na maioria das
vezes, com
palavras
ininteligíveis.
A maneira
normalmente
utilizada é a
seguinte:
instala-se a
filmadora num
canto, em ponto
oposto ao da
mesa ou do local
de reunião, de
modo que o
ambiente seja
visto com
excelente
amplitude,
abarcando não só
onde os médiuns
se encontram
como também
outros
participantes
presentes.
Mesmo que o
ambiente fique
com a iluminação
branda, cujo
procedimento
está dentro da
prática usual,
tudo o que se
movimente na
área do
respectivo
espaço será
captado pelo
vídeo, bem como
o áudio.
Encerrada a
reunião, do
vídeo será
extraído o
áudio, para ser
trabalhado
separadamente.
Na questão do
áudio, há que se
levar em
consideração a
necessidade de
elevar em alguns
decibéis (entre
5 e 10) o nível
da gravação para
poder o ouvido
humano captar o
registro feito,
pois, no momento
da filmagem
esses ruídos e
outros sons
diversos não são
naturalmente
audíveis,
portanto,
ninguém percebe
qualquer
alteração. Tudo
é constatado
depois, quando o
áudio é tratado
de forma
isolada. Quando
o registro feito
interessa aos
ouvidos de quem
está
pesquisando,
busca-se no
vídeo o ponto
exato do
registro, para
saber se passou
nesse
momento.
Inúmeros são os
Centros
Espíritas que se
utilizam desses
recursos da
atualidade e
documentam em
vídeo o
transcorrer das
reuniões
mediúnicas, ou
seja, filmam o
espaço
delimitado entre
as orações de
abertura e de
encerramento.
E, note-se aqui,
particularmente
nesses trabalhos
puramente
espíritas e que
poucos Centros
os mantêm ativos
nos tempos de
hoje, que os
resultados,
variados e
abundantes, são
interessantes e
curiosos. O que
ocorre, e não é
fato raro, muito
pelo contrário,
é que boa parte
dos dirigentes
dessas reuniões
não aborda o
assunto na
profundidade que
merece e, com
isso, acabam não
transmitindo aos
trabalhadores e
frequentadores
da Casa o que se
passa nos
bastidores de
cada reunião, ou
seja, o que os
olhos não veem e
os ouvidos não
ouvem não é
levado em
consideração.
Não se esquecer
nunca de que o
relógio apenas
limita o tempo
disponível para
uma conversa com
os
desencarnados,
mas não encerra
os problemas
decorrentes do
encontro.
Sobre essa
observação
anterior, é
oportuno lembrar
que em cada
reunião
mediúnica, em
razão do
numeroso público
de Espíritos
sofredores e
carregados de
problemas que
ali comparecem
por motivos
inúmeros, o
ambiente fica
impregnado de
fluidos dos mais
variados graus
de
interferência, o
que acaba sempre
contribuindo
para que alguém
leve consigo
para casa alguma
indisposição
física, como dor
de cabeça ou
qualquer outro
sentimento de
mal-estar.
Naturalmente que
esse estado de
receptividade
dependerá,
sempre, do
equilíbrio
psíquico de cada
um.
Portanto, deixar
o Centro
Espírita
acreditando
conscientemente
haver cumprido o
trabalho, não é
exatamente o
sentimento
apropriado. A
sessão está
encerrada, sim,
mas os problemas
na esfera
invisível
continuam e não
são poucos e nem
simples como se
imagina. Deu a
hora, levanta-se
e sai.
O que esses
registros
mostram é que o
ambiente onde se
realiza a
reunião
mediúnica fica
pesado, já que
os pormenores
relatados pelos
Espíritos que
ali comparecem
dão conta de que
nem todos os
numerosos
doentes
atendidos, como
os revoltados de
todos os
matizes, sempre
são ouvidos, por
isso os
frequentes
gritos e
lamentos,
oferecendo um
misto de
perturbação e de
medo, na própria
opinião de quem
os relata.
E para que
nenhum desses
sofredores
"encostem", por
assim dizer, nos
frequentadores e
trabalhadores do
Centro ao
retornarem às
suas
residências, que
seja bem
compreendida a
extensão da
recomendação de
Jesus no sentido
de "Orar e
vigiar", se
precavendo não
só com as
ciladas naturais
que a vida
oferece a todos,
mas igualmente
com os problemas
relacionados às
interferências
invisíveis
resultantes das
sessões
mediúnicas.
Todos, sem
exceção, esses
infelizes são
merecedores do
reconhecimento
do estado de
necessidade
individual e
precisam de
orações, de
maneira que
possam se
reconhecer nesse
novo estágio de
vida e
prosseguir na
constante
caminhada rumo
ao Alto,
deixando o
convívio terreno
para os que
ainda estão por
aqui.