Damos continuidade ao
estudo metódico e
sequencial do livro
Vida e Sexo, de
autoria de Emmanuel,
obra mediúnica
psicografada por
Francisco Cândido Xavier
e publicada pela FEB. O
estudo baseia-se na 2ª
edição do livro,
publicada em 1971.
Questões preliminares
A. O casamento assinala
um retrocesso ou um
progresso na marcha da
Humanidade?
Conforme é ensinado na
questão 695 d´O Livro
dos Espíritos, a
união permanente de dois
seres não contraria a
lei natural, mas, ao
contrário, constitui um
progresso na marcha da
Humanidade. Essa união
reflete as Leis Divinas
que permitem seja dado
um esposo para uma
esposa, um companheiro
para uma companheira, um
coração para outro
coração, na criação de
valores para a vida.
(Vida e Sexo, pág. 33.)
B. Por que existem em
nosso mundo milhões de
uniões claramente
infelizes?
Não existem no mundo
conjugações afetivas,
sejam elas quais forem,
sem raízes nos
princípios cármicos, nos
quais as nossas
responsabilidades são
esposadas em comum.
Débitos contraídos no
passado por legiões de
companheiros da
Humanidade é que
determinam a existência
das chamadas uniões
infelizes, nas quais a
reparação de faltas
passadas confere a
numerosos ajustes
sexuais o aspecto de
ligações francamente
expiatórias, com base no
sofrimento purificador.
(Obra citada, pp. 34
e 35.)
C. Essas uniões de
natureza expiatória são
planejadas no plano
espiritual?
Sim. Em muitos lances da
experiência, é a própria
individualidade, na vida
do Espírito, antes da
reencarnação, que
assinala a si mesma o
casamento difícil que
faceará na estância
física, chamando a si o
parceiro ou a parceira
de existências
pretéritas para os
ajustes que lhe
pacificarão a
consciência, à vista de
erros perpetrados em
outras épocas. Ocorre
que, uma vez reconduzida
à vida terrestre e
assumida a união
esponsalícia que atraiu
a si mesma, a criatura
humana vê-se, muitas
vezes, desencorajada à
face dos empeços que lhe
surgem à frente. Por
vezes, o companheiro ou
a companheira voltam à
prática da crueldade de
outro tempo, seja
através do menosprezo,
do desrespeito, da
violência ou da
deslealdade, e o cônjuge
prejudicado nem sempre
encontra recursos em si
para se sobrepor aos
processos de dilapidação
moral de que é vítima. O
divórcio surge
geralmente por causa
disso. (Obra citada,
pág. 38.)
Texto para leitura
39. Casamento –
Ensina “O Livro dos
Espíritos”, item 695,
que a união permanente
de dois seres não
contraria a lei natural,
mas, ao contrário,
constitui um progresso
na marcha da Humanidade.
(PÁG. 33)
40. O casamento ou a
união permanente de dois
seres implica,
obviamente, o regime de
vivência pelo qual duas
criaturas se confiam uma
à outra, no campo da
assistência mútua. Essa
união reflete as Leis
Divinas que permitem
seja dado um esposo para
uma esposa, um
companheiro para uma
companheira, um coração
para outro coração, na
criação de valores para
a vida. (PÁG. 33)
41. É imperioso, porém,
que a ligação se baseie
na responsabilidade
recíproca, visto que na
comunhão sexual um ser
humano se entrega a
outro ser humano e, por
isso, não deve haver
qualquer desconsideração
entre si. (PÁGS. 33 e
34)
42. Quando as obrigações
mútuas não são
respeitadas no ajuste, a
comunhão sexual
injuriada ou
interrompida costuma
gerar dolorosas
repercussões na
consciência,
estabelecendo problemas
cármicos de solução por
vezes muito difícil,
porquanto ninguém fere
alguém sem ferir a si
mesmo. (PÁG. 34)
43. Nos Planos
Superiores, o liame
entre dois seres é
espontâneo, composto em
vínculos de afinidade
inelutável. Na Terra do
futuro, as ligações
afetivas obedecerão a
idêntico princípio e,
por antecipação,
milhares de criaturas já
desfrutam no próprio
estágio da encarnação
dessas uniões ideais, em
que se jungem
psiquicamente uma à
outra, sem necessidade
de permuta sexual, mais
profundamente
considerada, a fim de se
apoiarem mutuamente na
formação de obras
preciosas, na esfera do
espírito. (PÁG. 34)
44. Ocorre, porém, que
milhões de almas jazem
no Planeta, arraigadas a
débitos escabrosos
perante a lei de causa e
efeito e, ainda
inclinadas ao
desequilíbrio e ao
abuso, exigem severos
estatutos humanos para a
regulação das trocas
sexuais que lhes dizem
respeito, de modo a que
não se tornem
salteadores impunes na
construção do mundo
moral. São esses débitos
contraídos por legiões
de companheiros da
Humanidade que
determinam a existência
de milhões de uniões
supostamente infelizes,
nas quais a reparação de
faltas passadas confere
a numerosos ajustes
sexuais o aspecto de
ligações francamente
expiatórias, com base no
sofrimento purificador.
(PÁGS. 34 e 35)
45. É forçoso, assim,
reconhecer que não
existem no mundo
conjugações afetivas,
sejam elas quais forem,
sem raízes nos
princípios cármicos, nos
quais as nossas
responsabilidades são
esposadas em comum.
(PÁG. 35)
46. Divórcio –
Partindo do princípio de
que não existem uniões
conjugais ao acaso, o
divórcio, a rigor, não
deve ser facilitado
entre as criaturas,
porquanto é aí, nos
laços matrimoniais, que
se operam burilamentos e
reconciliações
endereçados à precisa
sublimação da alma.
(PÁG. 37)
47. A Sabedoria Divina,
contudo, jamais institui
princípios de violência,
e o Espírito, embora em
muitas situações agrave
os próprios débitos,
dispõe da faculdade de
interromper, recusar,
modificar, discutir ou
adiar, transitoriamente,
o desempenho dos
compromissos que abraça.
(PÁG. 38)
48. Em muitos lances da
experiência, é a própria
individualidade, na vida
do Espírito, antes da
reencarnação, que
assinala a si mesma o
casamento difícil que
faceará na estância
física, chamando a si o
parceiro ou a parceira
de existências
pretéritas para os
ajustes que lhe
pacificarão a
consciência, à vista de
erros perpetrados em
outras épocas. (PÁG. 38)
49. Reconduzida à vida
terrestre e assumida a
união esponsalícia que
atraiu a si mesma, a
criatura humana vê-se,
muitas vezes,
desencorajada à face dos
empeços que lhe surgem à
frente. Por vezes, o
companheiro ou a
companheira voltam à
prática da crueldade de
outro tempo, seja
através do menosprezo,
do desrespeito, da
violência ou da
deslealdade, e o cônjuge
prejudicado nem sempre
encontra recursos em si
para se sobrepor aos
processos de dilapidação
moral de que é vítima.
(PÁG. 38)
50. Compelidos, muita
vez, às últimas
fronteiras da
resistência, é natural
que o esposo ou a
esposa, relegado a
sofrimento indébito, se
valha do divórcio por
medida extrema contra o
suicídio, o homicídio ou
calamidades diversas que
lhe complicariam ainda
mais o destino. Em tais
momentos da vida, a
separação surge à
maneira de bênção
necessária e o cônjuge
prejudicado encontra no
tribunal da própria
consciência o apoio
moral da autoaprovação
para renovar o caminho
que lhe diga respeito,
acolhendo ou não nova
companhia para a jornada
humana. (PÁGS. 38 e 39)
51. Obviamente, não nos
é lícito estimular o
divórcio em tempo algum,
competindo-nos apenas,
nesse sentido,
reconfortar e reanimar
os irmãos em lide, nos
casamentos provacionais,
a fim de que se
sobreponham às próprias
suscetibilidades e
aflições, vencendo as
duras etapas de
regeneração ou expiação
que rogaram antes do
renascimento, em auxílio
de si mesmos. (PÁG. 39)
52. É justo, contudo,
reconhecer que a
escravidão não vem de
Deus e que ninguém
possui o direito de
torturar ninguém, à face
das leis eternas. O
divórcio, pois, baseado
em razões justas, é
providência humana e
claramente compreensível
nos processos de
evolução pacífica.
(PÁG. 39)
(Continua no próximo
número.)
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