JANE MARTINS
VILELA
jane.m.v.imortal@gmail.com
Cambé, PR
(Brasil)
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Intuição salvadora
Uma jovem senhora, mãe
de duas meninas, nos
apresentou seu filho
mais novo, um lindo
menino de cerca de 50
dias de idade e já com
cinco quilos. Contou-nos
ela uma história
emocionante, que nos
faz, uma vez mais,
atestar o socorro
incessante que nos é
proporcionado pelo amor
divino. Disse ela que
estava tudo certo para
que tivesse um parto
normal. Acompanhava tudo
corretamente com seu
obstetra no pré-natal.
Quando estava com 39
semanas de gravidez,
faltando poucos dias
para o parto normal,
numa sexta-feira,
acordou sentindo uma
impressão angustiante.
Não podia esperar o
parto normal. Tinha que
fazer uma cesariana
naquele dia mesmo.
Começou a chorar sem
parar, não conseguia
parar de chorar. Ligou
para o médico,
desesperada, que tinha
que fazer cesariana
naquele dia mesmo e
chorando sem parar. O
médico aquiesceu e
conseguiu um centro
cirúrgico para aquele
dia mesmo. O marido
assistiu à cirurgia e
ouviu o médico comentar
várias vezes, surpreso:
- Eu nunca vi isso
antes!
Eventualmente ouve-se
comentar sobre o
circular de cordão,
quando o cordão
umbilical enrola no
pescoço do bebê e é um
risco para a vida da
criança ou para o
cérebro, se apertar.
Isso pode ser previsto
hoje em dia com
aparelhos e salvar o
bebê. Nessa gravidez, os
exames pré-natais
estavam perfeitos, não
havia suspeita de nada
errado. O médico
surpreendeu-se ao ver
que o cordão umbilical
tinha virado sobre si
mesmo, estava fazendo um
nó em si mesmo e, se
apertasse, o bebê podia
morrer no útero ou no
parto normal. A atitude
da mãe salvou-lhe o
filho. Ali estava ele,
lindo, sem sequela
alguma.
Perguntamos à mãe se ela
havia sonhado com algo
que lhe pudesse ter
sugerido aquela atitude.
Ela disse que não, que
só estava com aquela
impressão horrível e que
tinha que fazer uma
cesariana urgente. Ainda
bem que o médico a
ouviu. Na questão 459 de
“O Livro dos Espíritos”,
Kardec pergunta se os
Espíritos influem sobre
nossos pensamentos e
nossas ações e a
resposta é que nesse
sentido a sua influência
é maior do que supomos e
que, muito
frequentemente, são eles
que nos dirigem. Essa
jovem mãe, com certeza,
foi amparada pelos
benfeitores amorosos,
para que tomasse a
atitude referida, que
salvou a vida de seu
filho.
Na questão 471, Kardec
pergunta se quando
experimentamos um
sentimento de angústia,
de ansiedade
indefinível, ou de
satisfação interior sem
causa conhecida, isso
decorreria unicamente de
uma disposição física.
Os Espíritos respondem
que isso é quase sempre
um efeito das
comunicações que, sem o
saber, tivemos com os
Espíritos durante o
sono.
A mãe não lembrava e, na
grande maioria, as
pessoas não se lembram
dos sonhos. Léon Denis
explica isso em seu
magistral livro “O
Problema do Ser, do
Destino e da Dor”. O
Espírito, em se
desprendendo do corpo
durante o sono,
permanece ligado a ele
por um laço fluídico,
que transmite ao corpo
as impressões do mundo
espiritual. Ora, o corpo
é matéria densa, que
vibra em estado
desacelerado, enquanto o
Espírito, em estado de
vibração acelerada, fora
da matéria, está
vivenciando uma situação
energética rápida.
Quanto mais longe o
Espírito for, em camadas
mais elevadas, menos
material será sua
lembrança, pois maior
será o estado de energia
e menor o da matéria
densa. Menos nitidez de
lembrança, devido à
densidade da matéria
física, impressiona
menos o corpo material,
a menos que o Espírito
vivamente o deseje, com
toda a força de sua
vontade. Como,
espiritualmente falando,
nem sempre o Espírito
deseja ou tem condições,
esquecerá ao acordar,
embora em sua memória
espiritual a lembrança
se mantenha, fora de seu
cérebro físico. Há
também os casos em que
os mentores apaguem a
memória, permitindo
somente a lembrança do
necessário, para que o
encarnado, em lembrando
a alegria e a beleza do
mundo espiritual, não
perca a vontade de viver
aqui na Terra. Vemos
isso expresso nas obras
de André Luiz, pela
psicografia de Chico
Xavier.
A mãe do bebê deve ter
sido visitada em sonhos
e alertada. Ao acordar,
não tinha a lembrança,
mas uma impressão, um
mal-estar, a certeza de
que tinha que intervir
no mesmo dia e não
aguardar o parto normal,
que é o que desejava.
Bendito é o amor de Deus
que sempre socorre!
Nunca estamos sozinhos.
Sempre amparados.
Quantas vezes teremos
sido socorridos, sem o
saber? Como diz
Emmanuel, no livro
“Fonte Viva”,
psicografado por Chico
Xavier, na mensagem
Capacete da Esperança,
resguardemos, pois, o
nosso pensamento com o
capacete da esperança
fiel e prossigamos para
a vitória suprema do
bem. Tenhamos fé no
amparo e socorro de
Deus. Prossigamos na
grande batalha com nós
mesmos, para o nosso
aprimoramento, na
certeza de que estamos
sob a proteção dos que
nos amam, no mundo
espiritual.