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Joias da poesia contemporânea
Ano 9 - N° 413 - 10 de Maio de 2015

 
 
 

A mensagem e a resposta 

Cornélio Pires 

 

Dava dó ver o Sítio do Espigão!

O velho dono, o Nico do Norato,

Desanimou de chão; tudo sem trato,

Só carrapicho e mancha de pulgão.

 

Um dia, a fome veio de arrastão

E o povo aflito, andando pelo mato,

Começou a comer carne de gato

Refogada no sumo de picão.

 

O patrão foi à prece... Pediu passes.

Um guia aconselhou por João de Casses:

- “Meus filhos, o trabalho é o nosso bem”.

 

Mas Nico disse irado: - “Acaba isso!

Nós pedimos socorro e não serviço...

Ninguém aqui é burro de ninguém!”

 

 

Do livro O Espírito de Cornélio Pires, obra psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita