Os neurônios de Pavlov e
de Einstein e a
inteligência
A revista VEJA, edição
2369 de 16 de abril de
2014, página 115, traz
uma reportagem com o
subtítulo acima, da qual
transcreveremos um
pequeno trecho referente
à observação do cérebro
de Einstein: “As
análises do cérebro de
Einstein (foto à dir.),
no Hospital de
Princeton, nos Estados
Unidos, revelaram um
corpo caloso mais grosso
do que o da média da
população. Tal estrutura
é responsável pela
comunicação entre os
dois hemisférios
cerebrais. Além disso, o
físico possuía uma
quantidade mais elevada
de células da glia, que
dão suporte e nutrição
aos neurônios”.
Se você não entendeu
muita coisa desse
pequeno trecho, guarde
apenas que a comunicação
entre a metade direita
do cérebro de Einstein e
a metade esquerda era
realizada por uma
estrutura denominada
“corpo caloso”, mais
grosso do que a média da
população. Ou seja, essa
comunicação continha uma
ponte de ligação mais
eficaz.
No livro do genial
Hermínio C. Miranda,
Alquimia da Mente, o
autor propõe que o
Espírito imortal, a
individualidade, vale-se
do lado direito do
cérebro quando ele está
encarnado. A
personalidade de uma
determinada reencarnação
vale-se do hemisfério
esquerdo do mesmo órgão.
Enquanto encarnado, o
Espírito encontra-se
mergulhado na sabedoria
cósmica através do lado
direito do cérebro.
Segundo Maurice
Maeterlink, dramaturgo,
poeta e ensaísta belga
da língua francesa,
nesse reservatório
cósmico dormem as
respostas a todas as
perguntas que possamos
formular. Existem todas
as soluções que possamos
buscar para a
compreensão da Vida em
seu sentido total.
Hermínio, na página 85
do livro citado, afirma
que o apoio biológico da
individualidade seja o
hemisfério direito,
através do qual a
personalidade encarnada,
sediada à esquerda do
cérebro, está a um passo
ou dois do reservatório
de sabedoria que
Maeterlink e outros vêm
consistentemente
identificando no cosmo,
que seria, em última
análise, o pensamento de
Deus, como dizem os
místicos e A Grande
Síntese.
Bem, voltemos ao “corpo
caloso” mais grosso no
cérebro de Einstein. Se
o Espírito ligado ao
lado direito do cérebro
está em contato com a
sabedoria cósmica e a
ponte entre ele e o lado
esquerdo por onde se
manifesta a
personalidade encarnada
é mais eficiente, não
estaria nessa estrutura
anatômica (corpo caloso
mais grosso) a razão da
inteligência de
Einstein? O lado direito
ligado ao Espírito
imortal recolhe do
reservatório cósmico as
informações e as
transmite por uma ponte
(corpo caloso) mais
eficiente para o lado
esquerdo (personalidade
atual) que consegue
manifestar uma
inteligência acima do
normal dos homens.
Calma! Entendo que esse
corpo caloso precisaria
ser estudado no cérebro
de um número muito maior
de gênios que a
humanidade conheceu para
se chegar a uma hipótese
dessas. Mas que não
deixa de fazer “cócegas”
em nosso raciocínio,
isso não podemos negar.
Sim, sabemos que, na
questão de número 218 de
O Livro dos Espíritos,
aprendemos que os
conhecimentos adquiridos
em cada existência não
se perdem. Libertado da
matéria, o Espírito os
conserva. Quando
encarnado, ele pode
esquecê-los em parte
momentaneamente, mas a
intuição que deles
guarda ajuda o seu
adiantamento.
Entretanto, convenhamos,
essa possibilidade do
ser imortal que utiliza
o hemisfério direito
estar em contato com a
sabedoria cósmica,
quando encarnado, ajuda
ou não ajuda?
Onde será que Einstein
foi buscar a sua teoria
da relatividade?
Onde será que Einstein
foi se convencer de que
“a ciência sem a
religião é manca, a
religião sem a ciência é
cega”?
Já teria ele aprendido e
trazido de outras
existências
conhecimentos para
afirmar que “não tenho
fé suficiente para ser
ateu, pois Deus não joga
dados...”. Ou será que
foi buscar na sua última
reencarnação essa
informação no
reservatório cósmico
onde dormem as respostas
para todas as perguntas?
Qual a diferença, se o
Espírito realiza uma
longa jornada evolutiva
em busca da perfeição,
não é mesmo?
Será que com um corpo
caloso semelhante ao de
Einstein chegaríamos
também a uma teoria como
a dele que revolucionou
a ciência?
Será que com um corpo
caloso como o de
Einstein teríamos a
certeza que ele teve
sobre a ciência e a
religião?
Será que quando
reclamamos dos nossos
sofrimentos temos a
certeza de que Deus não
joga dados?
Ou o nosso corpo caloso
ainda é menor do que um
grão de mostarda?