Ensejo ao bem
“Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que
vieste”? - Então, aproximando-se,
lançaram mão de Jesus e o prenderam. -
Mateus, 26:50.
É significativo observar o Otimismo do
Mestre, prodigalizando Oportunidades ao
Bem, até ao fim de sua Gloriosa Missão
de Verdade e Amor, junto dos homens.
Cientificara-se o Cristo, com respeito
ao desvio de Judas, comentara
amorosamente o assunto, na derradeira
reunião mais íntima com os discípulos,
não guardava qualquer dúvida
relativamente aos suplícios que o
esperavam; no entanto, em se
aproximando, o cooperador transviado
beija-o na face, identificando-o perante
os verdugos, e o Mestre, com Sublime
Serenidade, recebe-lhe a Saudação
Carinhosamente e indaga:
-
Amigo, a que vieste?
Seu Coração Misericordioso proporcionava
ao discípulo inquieto o Ensejo ao Bem,
até ao derradeiro instante.
Embora notasse Judas em companhia dos
guardas que lhe efetuariam a prisão,
dá-lhe o Título de Amigo.
Não lhe retira a confiança do minuto
primeiro, não o maldiz, não se entrega a
queixas inúteis, não o recomenda à
posteridade com acusações ou conceitos
menos dignos.
Nesse gesto de Inolvidável Beleza
Espiritual, ensinou-nos Jesus que é
preciso oferecer Portas ao Bem, até a
última hora das experiências terrestres,
ainda que ao término da derradeira
oportunidade, nada mais reste além do
caminho para o martírio ou para a cruz
dos supremos testemunhos.
Do
livro Caminho, Verdade e Vida,
obra mediúnica psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier.