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Internacional
Ano 9 - N° 415 - 24 de Maio de 2015
VITOR MORA FÉRIA
vitormoraferia@gmail.com
Lisboa, Portugal
 
 

Divaldo Franco volta a falar aos espíritas de Portugal

Num período de cinco dias, o orador esteve nas cidades de
Setúbal, Santarém, Leiria, Costa da Caparica e Lisboa


Findo o trabalho de divulgação espírita realizado na Espanha, Divaldo Franco viajou para Portugal, a terra de Luís de Camões, onde chegou no dia 22 de abril. À noite, em Setúbal, ele proferiu uma conferência para trezentas pessoas no Salão da Associação de Socorros Mútuos Setubalense.

Iniciavam-se com essa atividade os trabalhos de divulgação do conhecido orador em terras lusitanas.

Santarém – No dia 23 de abril, Divaldo Franco viajou para a cidade de Santarém, onde proferiu uma conferência na Associação Cultural Espírita Santarém, para um público composto por mais de quatrocentas pessoas, dispostas em três grandes salas.

Muito solicitado para os habituais au-

tógrafos dos livros espíritas por ele psicografados, Divaldo fez notável palestra sobre a mulher na sociedade, começando por fazer uma homenagem à D. Mª Luísa, pioneira do Espiritismo em Santarém, no tempo da ditadura de Salazar, em que o Espiritismo era perseguido e proibido, para depois contar a história de Maria de Magdala, prendendo o público com o seu verbo fluido e cativante, terminando com um convite à melhoria íntima de cada um, no processo inevitável de autoiluminação.

Divaldo Franco contou ainda casos pitorescos, como quando foi palestrar pela primeira vez, na casa simples e humilde da D. Mª Luísa, para cerca de 28 pessoas, num espaço pequeno e abafado, às escondidas da polícia política do antigo regime ditatorial e onde as pessoas, para não baterem palmas e com elas alertarem os vizinhos, levantavam as mãos agitando-as levemente no ar, manifestando assim o seu agrado.

Finda a conferência, duas crianças ofereceram um ramos de rosas a Divaldo Franco e ao presidente da Federação Espírita Portuguesa, Engº Vítor Féria, e Divaldo continuou pacientemente a autografar e a falar com o imenso público que o questionava disto ou daquilo.

O presidente da Associação Cultural Espírita de Santarém, o Major António Mendonça, realçou o papel importante da homenageada por Divaldo Franco nessa noite, D. Mª Luísa (desencarnada), na divulgação espírita em Santarém e em Portugal, emocionando os presentes com algumas notas de índole pessoal.

No fim as centenas de pessoas regressaram a casa de coração cheio de energia, alegria e ânimo.

Leiria – No dia 24, Divaldo Franco, conduzido pelo Engenheiro Vitor Mora Féria, rumou à cidade de Leiria, a fim de proferir uma conferência na Associação Espírita Leiria, fundada e dirigida pela Professora Isabel Saraiva, digna trabalhadora da Doutrina Espírita em Portugal. O evento foi na sede própria da instituição, edifício de grandes pro-

porções e com excelentes serviços prestados à comunidade. Há mais de 40 anos o médium baiano profere conferências em Leiria.

Ao término da palestra, quando foi aplaudido de pé, Divaldo prosseguiu autografando os seus livros.

Renovando seu compromisso para com o Mestre Galileu e para com a Doutrina Espírita, o infatigável orador e médium brasileiro doa-se inteiramente ao seu próximo, apresentando as dúlcidas lições de Jesus, bem como o esclarecimento e a consolação que a doutrina codificada por Allan Kardec propicia aos que dela se aproximam e tomam-lhe os ensinamentos.

Costa da Caparica e Lisboa – Dia 25 de Abril é o dia em que se comemora a liberdade em Portugal, relembrando o 25 de Abril de 1974, quando a ditadura foi destituída e estabelecida a democracia.

O que tem isto a ver com o Espiritismo e Divaldo Franco?

Antes de 25 de Abril de 1974, no período da ditadura, Divaldo Franco foi considerado "persona non grata" pelo governo português, devido a uma psicografia recebida, ditada pelo espírito de Monsenhor Alves da Cunha (inserida no livro "Sol de Esperança"), em que se previa o banho de sangue que se daria anos mais tarde, quando da descolonização.

Durante a ditadura, os bens da Federação Espírita Portuguesa foram confiscados pelo Estado e entregues a uma instituição, "A Casa Pia". Até a presente data ainda não foram devolvidos.

Hoje, em que já se pode falar sem medo de represálias da polícia política, Divaldo Franco começou o dia deixando sementes de paz e de ânimo, em busca de um futuro melhor para a humanidade, ao presentear o Encontro Nacional de Jovens Espíritas (ENJE) com a sua presença, pelas 10h00min, onde falou aos jovens.

Na parte da tarde, o salão da Associação de Comerciantes de Lisboa, em pleno centro da capital portuguesa, encheu-se por completo para ouvir Divaldo Franco fazer brilhante e bem humorada palestra sobre o Amor, que é e sempre foi a tônica a atingir, em busca de um devir melhor.
 

Divaldo referiu-se ao genocídio doscristãos armênios, por ocasião da I Guerra Mundial, por parte do Império Otomano, narrando um caso concreto de uma jovem muçulmana que, em contato com o Cristianismo, perdoou ao assassino dos seus pais e das suas 2 irmãs.

Antes da palestra, o músico Paulo Fregedo cantou e dedilhou na viola uma lindíssima música de agradecimento a Divaldo Franco, intitulada "Obrigado Divaldo", que acabou por ser cantada pelas centenas de pessoas presentes.

Após dezenas ou centenas de autógrafos, de um belo momento musical, e de brilhante palestra, o evento terminou com demorada ovação por parte dos presentes, de pé, sentindo-se o enorme carinho, ternura e amor que o orador desperta por onde passa.

Federação Espírita Portu-guesa – No dia 26 de abril, o auditório da Federação Espírita Portuguesa (FEP) viu sua lotação esgotada para a participação no seminário ministrado por Divaldo Franco.

O tema escolhido por Divaldo, Compromissos Iluminativos, cativou a audiência  que  se manteve atenta e 

emsintonia com o orador durante as 3 horas do seminário.

Após o término da palestra, o encerramento coube ao Coro e Orquestra Electroacústica da FEP.

Terminava então, com essa atividade, o ciclo de palestras e seminários do estimado orador em terras lusitanas.


Colaboraram nesta reportagem com texto e fotos: José Carlos Miranda Lucas e Vanusa Johns.

 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita