Entre falsas vozes
Se a preguiça te pede: “Descansa!”,
responde-lhe com algum acréscimo de
esforço no trabalho que espera por teu
concurso.
Se a vaidade te afirma: “Ninguém existe
maior que tu!”, retribui com a
humildade, reconhecendo que não passamos
de meros servidores da vida, entre os
nossos irmãos de luta.
Se o orgulho te diz: “Não cedas!”,
aprende a esquecer-se, auxiliando
sempre.
Se o ciúme te segreda aos ouvidos: “A
posse é tua!”, guarda silêncio em tua
alma e procura entender que o amor e o
bem são bênçãos do Céu, extensivas a
todos.
Se o egoísmo te aconselha: “Retém!”,
abre as tuas mãos e distribui a bondade
com os que te cercam.
Se a revolta te assevera: “Reage e
reivindica os teus direitos!”, aguarda a
Justiça Divina, trabalhando e servindo
com mais abnegação.
Se a maldade te sugere: “Vinga-te!”,
considera que mais vale amparar
constantemente o companheiro, quanto
temos sido auxiliados por Jesus, a fim
de que o amor fulgure em nossas vidas.
Os falsos profetas vivem nos recessos de
nosso próprio ser. Surgem, cada dia,
invariáveis, na forma da intriga ou da
maledicência, da leviandade ou da
indisciplina, induzindo-nos a cerrar o
coração contra a consciência.
Se aceitamos Jesus em nosso roteiro,
ouçamos o que nos diz o seu ensinamento
e apliquemo-nos a pratica de suas Lições
Sublimes.
Olvidemos as insinuações da ignorância e
da treva, da crueldade e da má fé, que
nos enrijecem o sentimento e, de coração
unido à Vontade do Mestre, vendo a vida
por seus olhos e ouvindo os nossos
irmãos, através de seus ouvidos,
estaremos realmente habituados à posição
de intérpretes do seu Infinito Amor, em
qualquer parte.
Do livro Levantar e Seguir, obra
mediúnica psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier.