No dia 13/12/2009, em nossa
edição 137, dissemos nesta
seção, com base no que os
principais dicionários
indicavam – entre eles, o
conhecido dicionário Aurélio
–, que a palavra
necropsia era escrita
assim mesmo, sem nenhum
acento gráfico.
Com a reforma ortográfica
vigente a partir de 2009, o
novo Vocabulário Ortográfico
da Língua Portuguesa (VOLP)
passou a admitir também a
forma necrópsia,
rendendo-se naturalmente à
pronúncia usual desse
vocábulo nos países que
adotam o português como
idioma oficial.
Desse modo, quando nos
quisermos referir ao exame
de um cadáver, tanto faz
escrever necropsia ou
necrópsia.
Em caso de dúvida, deve o
leitor consultar o VOLP
clicando em:
http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23
*
No capítulo dos equívocos
comuns no uso do idioma, eis
mais cinco exemplos:
“O Palmeiras empatou em 2 a
2.”
O correto: “O Palmeiras
empatou por 2 a 2.”
Explicação: em frases assim,
em caso de vitória, derrota
ou empate, usa-se a
preposição “por”. Exemplos:
O time empatou por 1 a 1. O
Vasco ganhou por 2 a 1. O
Santos perdeu por 3 a 2.
“Ela ficou contente por
causa que ninguém se
machucou.”
O correto: “Ela ficou
contente porque ninguém se
machucou.”
Explicação: a locução “por
causa que” não existe.
Devemos usar em casos assim
a conjunção porque.
“À medida em que ele falava,
tudo se acalmava.”
O correto: “À medida que ele
falava, tudo se acalmava.”
Explicação: a locução “à
medida em que” constitui um
equívoco.
“Os torcedores tem razão em
protestar.”
O correto: “Os torcedores
têm razão em protestar.”
Explicação: o presente do
indicativo do verbo “ter”
apresenta as seguintes
formas: eu tenho, tu tens,
ele tem; nós temos, vós
tendes, eles têm. Note-se
que a forma do plural é
graficamente acentuada.
Verifica-se o mesmo com o
verbo “vir”: eu venho, tu
vens, ele vem; nós vimos,
vós vindes, eles vêm.
“Ele sentou na mesa para
comer.”
O correto: “Ele sentou-se à
mesa para comer.”
Explicação: as pessoas
educadas não se sentam na
mesa para comer, mas à mesa,
isto é, próximas dela.