Damos continuidade ao
estudo metódico e
sequencial do livro
Vida e Sexo, de
autoria de Emmanuel,
obra mediúnica
psicografada por
Francisco Cândido Xavier
e publicada pela FEB. O
estudo baseia-se na 2ª
edição do livro,
publicada em 1971.
Questões preliminares
A. Pode nascer no seio
de uma família um
Espírito completamente
estranho aos demais
membros da família?
Sim. Embora os que
encarnam numa mesma
família sejam,
geralmente, Espíritos
simpáticos, ligados por
anteriores relações, que
se expressam por uma
afeição recíproca na
vida terrena, podem
nascer no seio dela
Espíritos estranhos uns
aos outros e afastados
entre si por antipatias
anteriores, que se
traduzem na Terra por um
mútuo antagonismo que aí
lhes serve de provação.
Existem pais e filhos,
irmãos e parentes outros
que se repelem, desde os
primeiros contactos.
(Vida e Sexo, pp. 69 e
70.)
B. Como Emmanuel
conceitua a família e
sua importância em nossa
vida?
Emmanuel diz-nos que, de
todos os institutos
sociais existentes na
Terra, a família é o
mais importante, do
ponto de vista dos
alicerces morais que
regem a vida. Atendendo
aos impositivos do
progresso, nós nos
revezamos na arena do
mundo, ora envergando a
posição de pais, ora
desempenhando o papel de
filhos, aprendendo,
gradativamente, na
carteira do corpo
físico, as lições
profundas do amor, que
nos soerguerá um dia, em
definitivo, da Terra
para os Céus. (Obra
citada, pp. 74 e 75.)
C. Que pensar do aborto
injustificável?
O aborto injustificável
é um crime ante as leis
de Deus. Ademais, como é
possível impedir o
nascimento de uma
criança se somos nós
mesmos quem,
habitualmente, planifica
a formação da família
antes do renascimento
terrestre?(Obra
citada, pp. 73 e 75.)
Texto para leitura
105. Claro que nem todos
os filhos aparecem no
lar à conta da
desvinculação afetiva,
porquanto milhões de
Espíritos tomam a
estrutura física, no
desempenho de encargos
simples ou complexos,
valendo-se da
colaboração dos pais, à
maneira de amigos que se
entreajudam, nas faixas
da confiança e da
afinidade recíprocas.
(PÁG. 67)
106. As relações entre
pais e filhos
constituem, no entanto,
clima ideal para a
libertação de quantos se
jungiram entre si, de
modo inconveniente, nos
desregramentos emotivos
em nome do amor. É por
isso que a sabedoria da
Natureza faculta o
reencontro, sob as teias
da parentela, de quantos
se desvairaram nos
desmandos de ordem
sexual, até que os
companheiros do
pretérito, reencarnados
na posição de filhos,
atinjam a juventude, na
existência nova,
elegendo novos parceiros
para a sua vida afetiva.
(PÁG. 67)
107. Pais que sofrem na
entrega das jovens que o
lar lhes confiou, aos
companheiros que as
requisitam para o
matrimônio, estão quase
sempre renunciando à
companhia de antigas
afeições que eles mesmos
conduziram mal no
passado. E o mesmo se dá
com as mães, ao se
separarem de filhos que
lhes lembram, embora
inconscientemente, as
ligações do passado.
(PÁG. 68)
108. Aversões –
Em “O Evangelho segundo
o Espiritismo”, cap.
XIV, item 8, aprendemos
que os que encarnam
numa mesma família são,
as mais das vezes,
Espíritos simpáticos,
ligados por anteriores
relações, que se
expressam por uma
afeição recíproca na
vida terrena. Pode,
contudo, acontecer sejam
esses Espíritos
completamente estranhos
uns aos outros e
afastados entre si por
antipatias anteriores,
que se traduzem na Terra
por um mútuo antagonismo
que aí lhes serve de
provação. (PÁG. 69)
109. Existem pais e
filhos, irmãos e
parentes outros que, não
raro, se repelem, desde
os primeiros contactos.
(PÁG. 70)
110. É que, arraigado no
labirinto de existências
menos felizes, o
problema das reações
negativas, culpas,
remorsos, vinganças e
tantos outros está
presente no quadro
familiar, em que o ódio
acumulado no passado se
exterioriza por meio de
manifestações
catalogáveis na
patologia da mente, como
os crimes de
infanticídio que vez por
outra registra a
imprensa. (PÁG. 70)
111. Indubitavelmente, o
tratamento psicológico,
visando à cura mental e
à sublimação da
personalidade, é o
caminho ideal para
semelhantes pacientes.
Médicos e analistas
conseguirão também
efetuar prodígios de
compreensão e de amor,
liberando enfermos dessa
espécie; no entanto, o
estudo da reencarnação é
igualmente chamado a
funcionar, na obra de
salvamento. (PÁGS. 70 e
71)
112. As vítimas desses
crimes não são, como
alguém poderia pensar,
arrebatadas para o céu
ou o inferno teológicos.
Se forem pessoas
compenetradas quanto às
leis de amor e perdão,
promovem-se a trabalho
digno na
Espiritualidade, às
vezes até mesmo em
auxílio a seus algozes.
Na maioria dos casos,
porém, persistem no
caminho daqueles que
lhes dilapidaram a vida
profunda,
transformando-se em
perseguidores magoados
ou vingativos que, mais
tarde, acabam
reconduzidos, pelos
princípios cármicos, ao
renascimento junto
deles, a fim de sanarem,
pela convivência, os
complexos de crueldade
que ainda nutram no ser.
(PÁG. 71)
113. Quando isso
acontece, o apostolado
de reajuste há de
iniciar-se nos pais,
porquanto, despertos
para a lógica e para o
entendimento, são
convocados pela
sabedoria da vida ao
apaziguamento e à
renovação. É por isso
que se torna
indispensável amar e
desculpar, compreender e
servir, sempre, de modo
a que sofrimento e
dissensão desapareçam,
para que, na base da
compreensão e da
bondade, as crianças de
hoje se levantem na
condição de Espíritos
reajustados perante as
Leis do Universo. (PÁG.
72)
114. Aborto – Os
imortais ensinam, no
item 358 d’ O Livro
dos Espíritos, que a
provocação do aborto
injustificável, em
qualquer período da
gestação, constitui um
crime ante as leis de
Deus. (PÁG. 73)
115. De todos os
institutos sociais
existentes na Terra, a
família é o mais
importante, do ponto de
vista dos alicerces
morais que regem a vida.
É pela conjunção sexual
entre o homem e a mulher
que a Humanidade se
perpetua no planeta.
(PÁG. 74)
116. Não é difícil
entender que nós, os
Espíritos eternos,
atendendo aos
impositivos do
progresso, nos revezamos
na arena do mundo, ora
envergando a posição de
pais, ora desempenhando
o papel de filhos,
aprendendo,
gradativamente, na
carteira do corpo
físico, as lições
profundas do amor, que
nos soerguerá um dia, em
definitivo, da Terra
para os Céus. (PÁGS. 74
e 75)
117. Tendo em mente tais
informações, fica
evidenciada a calamidade
que representa o aborto
criminoso, praticado
exclusivamente pela fuga
ao dever, porquanto
somos nós mesmos quem,
habitualmente, planifica
a formação da família
antes do renascimento
terrestre, com o amparo
e a supervisão de
instrutores beneméritos,
à maneira da casa que
levantamos no mundo, com
o apoio de arquitetos e
técnicos distintos.
(PÁG. 75) (Continua no próximo número.)
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