Índices
perversos - I
O Espírito
Joanna de
Ângelis
esclarece (na
obra No Rumo
da Felicidade
psicografada
pelo médium
Divaldo P.
Franco) que “A
decadência atual
da ética
responde pela
degradação da
sociedade,
prenunciando o
fim de um ciclo
de evolução, que
cede lugar a uma
nova consciência
de amor e de
dever para a
construção da
paz e da
felicidade”.
Enquanto
aguardamos tais
mudanças, o
nosso amado
Brasil, que
outrora recebeu
o prognóstico de
um dia vir a
agasalhar a
alcunha de
“coração do
mundo e pátria
do evangelho”,
ainda produz
estatísticas
sociais
deploráveis e
vergonhosas.
Como nação
economicamente
emergente seria
de se esperar
que já tivesse
pelo menos
obtido avanços
substanciais em
áreas e
dimensões
críticas que
poderiam, de
certo, aliviar a
existência das
almas que aqui
vivem. Mas,
infelizmente,
não se observa
no cenário atual
sequer traços de
tais
realizações, e
pode-se também
cogitar que
sejam algo
improvável de
serem alcançadas
a médio prazo.
Afinal, em pleno
século 21 há
vilarejos
brasileiros que
ainda não foram
sequer
contemplados com
a energia
elétrica. Ou
seja, há gente
vivendo no
Brasil –
refiro-me aqui,
por exemplo, às
400 famílias que
vivem em São
Francisco de
Assis do Piauí,
conforme
reportou o
Jornal da Globo
recentemente
– que não tem
acesso à TV, aos
eletrodomésticos,
aos
computadores, a
um mínimo de
modernidade,
enfim. A prova
coletiva dessas
pessoas é, entre
outras coisas,
viver à margem
das conquistas
tecnológicas e
do conforto.
É bom recordar
que isso
acontece num
país que aspira
ter assento
permanente no
conselho da ONU
e influir em
decisões
globais, mas que
não consegue
sequer dar conta
das necessidades
básicas do seu
próprio povo.
Não bastasse
isso, ainda
chega ao
desplante de
atrair outros
povos tão
necessitados
quanto o nosso
por pura
demagogia e
irresponsabilidade.
Veja-se, a
propósito, a
lamentável
condição em que
vivem os
haitianos em
terras
brasileiras.
Tais aberrações
ocorrem – é
sempre
pertinente
lembrar – numa
nação que pelo
quinto ano
seguido consegue
a façanha de ser
a pior entre 30
nações com as
maiores cargas
tributárias do
mundo. Dito de
outra forma, “o
Brasil é o que
tem o pior
sistema de
serviços
públicos de
qualidade pelo
que a população
paga de
impostos”. Em
decorrência de
tamanho
descalabro, a
vida do cidadão
comum torna-se
cada vez mais
penosa.
No entanto, a
bazófia contida
no discurso
oficial não
consegue
explicar – com
um mínimo de
coerência e
precisão –
certas atitudes,
ações e
políticas de
governo que
denigrem o nosso
país e que
tornam a vida
dos seus
cidadãos uma
expiação
permanente.
Definitivamente,
não precisava
ser assim,
bastasse o
interesse
coletivo ser
colocado acima
dos partidários.
Por isso, somos
todos convocados
a bancar um
doloroso ajuste
fiscal – que
suga os nossos
recursos sem
contrapartidas e
estimula a
ganância
incontida das
organizações que
aqui operam –,
porque nossos
governantes
atuais
simplesmente não
conseguiram
executar as
mudanças e
reformas
necessárias à
nação.
Muitos
brasileiros –
notadamente
aqueles que têm
condições –
estão deixando o
país em busca de
melhores
oportunidades de
trabalho e de
prosperidade em
outras regiões
do mundo.
Decepcionados
com as crises
aqui produzidas
e com a falta de
direção na
administração do
país, eles
tentam dar novos
rumos às suas
vidas em terras
estrangeiras. Em
consequência, o
país vem
perdendo mão de
obra altamente
qualificada,
assim como
valioso capital
humano, que
tenta a sorte em
outras plagas
mais favoráveis.
Em outras
palavras, são
pessoas
produtivas e
preparadas que
estão deixando o
Brasil; pessoas
que já não
aguentam mais
carregar o peso
sufocante do
estado em suas
costas.
Para os que
ficam,
entretanto, as
perspectivas são
sombrias. Apesar
da considerável
renovação
encetada nos
quadros
congressuais,
não foi viável
sequer
implementar uma
modesta mudança
na agenda
política do país
como a adoção,
por exemplo, do
voto distrital
misto – prática
corriqueira nas
principais
democracias do
planeta. No
final, o que se
tem é “mais do
mesmo”, isto é,
incompetência e
má-fé. No
entanto, sem
reformas
institucionais
de peso não há
avanços – não
nos iludamos
ainda mais.
Jesus asseverou
que
no mundo
teríamos
aflições, mas
acrescentava ao
mesmo tempo:
“tende bom
ânimo, eu venci
o mundo” (João,
16: 33).
Para nós
brasileiros,
essa
recomendação se
aplica
cabalmente.
Afinal de
contas,
convivemos com a
carestia,
desmandos e
malversação dos
recursos
públicos que nos
levam a
enfrentar mais
uma provação
coletiva. Mas
assim como Jesus
venceu a
humanidade
perversa, nós
também haveremos
de vencer a ação
maléfica de
políticos
corruptos,
mesquinhos e
insensíveis que
enxameiam essa
nação.
Desse modo, para
nós,
interessados na
prevalência do
bem sobre a
Terra, vencer
tal desafio
significará a
vitória da fé e
da confiança em
Deus
todo-poderoso.
Para eles que
apenas
vislumbram o
ganho fácil e as
conquistas
efêmeras
configurará
outra derrota
moral com graves
implicações para
o futuro dos
seus Espíritos.