Todas as
aquisições
guardam o preço
que lhes
corresponde.
Enquanto na
Terra,
permutamos
sempre em
determinados
valores certas
utilidades de
que a nossa vida
carece.
Compramos o
livro que nos
ensina, pagamos
o ingresso ao
parque de
diversões,
adquirimos o
comprimido para
a dor de cabeça.
Somos devedores,
nas escolas, nos
bancos, nos
armazéns e nas
farmácias.
Por toda parte
os recursos
ordinários da
alimentação e do
vestuário exigem
nosso esforço na
capacidade de
alcançá-los.
Em todos os
lugares, os
instrutores
competentes,
nessa ou naquela
matéria cultural
em que iniciamos
a inteligência,
reclamam
honorários
justos.
Pagamos, cada
dia,
ensinamentos,
suprimentos,
dívidas e
prestações.
E, para isso,
compete-nos
trabalhar
infatigavelmente
usando o suor, a
humildade, a
diligência, a
iniciativa, a
coragem e a
renunciação.
Entretanto, há
uma classe de
orientadores que
nos trazem os
talentos da
virtude, sem
exigir
pagamento.
Lecionam
paciência e
bondade,
tolerância e
perdão.
Ajudam-nos a
edificar o
santuário da fé
e induzem-nos à
vigilância sobre
nós mesmos.
Amparam-nos, à
distância, com
os raios de sua
força,
mantendo-nos em
posição de
alerta, no
desempenho de
nossos deveres.
Constrangem-nos
a meditar em
nossas próprias
necessidades de
melhoria íntima
e conduzem-nos
sem perceber a
valiosas
experiências de
renovação
interior.
Esses
professores
gratuitos são os
nossos
Adversários.
São realmente
Aqueles que
ainda não nos
podem
compreender e
guiam-nos, por
isso mesmo, à
perseverança no
bem ou aqueles
que ainda não
conseguimos
entender e, por
isso mesmo, nos
conduzem à
desistência do
mal.
“Amai aos vossos
inimigos” –
disse o Mestre.
E repetiremos
por nossa vez: -
Amemos Aqueles
que nos
contrariam,
aproveitando a
oportunidade que
nos oferecem ao
autoaperfeiçoamento
e, sem ônus do
ouro e sem o
sacrifício do
suor,
alcançaremos por
intermédio Deles
sublimes
talentos
espirituais para
a vida eterna.
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