Damos continuidade ao
estudo metódico e
sequencial do livro
Vida e Sexo, de
autoria de Emmanuel,
obra mediúnica
psicografada por
Francisco Cândido Xavier
e publicada pela FEB. O
estudo baseia-se na 2ª
edição do livro,
publicada em 1971.
Questões preliminares
A. Por que em alguns
homens encontramos, às
vezes, traços de
feminilidade?
Através de milênios e
milênios, o Espírito
passa por fieira imensa
de reencarnações, ora em
posição de feminilidade,
ora em condições de
masculinidade, o que
sedimenta o fenômeno da
bissexualidade, mais ou
menos pronunciado, em
quase todas as
criaturas. O homem e a
mulher serão, assim, de
maneira respectiva,
acentuadamente masculino
ou acentuadamente
feminina, sem
especificação
psicológica absoluta. À
face disso, a
individualidade em
trânsito da experiência
feminina para a
masculina, ao envergar o
corpo físico,
demonstrará fatalmente
os traços da
feminilidade em que terá
estagiado por muitos
séculos, em que pese o
corpo de formação
masculina que agora
utiliza, verificando-se
o mesmo fato com
referência à mulher em
igual situação. (Vida
e Sexo, pp. 90 e 91.)
B. Pode um homem ser
obrigado, na
reencarnação seguinte,
renascer em um corpo
morfologicamente
feminino?
O Espírito, ao
reencarnar, pode,
obviamente, tomar um
corpo feminino ou
masculino, atendendo-se
ao imperativo de
encargos particulares em
determinado setor de
ação, ou ao cumprimento
de obrigações
regenerativas. Contudo,
o homem que abusou das
faculdades genésicas,
arruinando a existência
de outras pessoas com a
destruição de uniões
construtivas e lares
diversos, é em muitos
casos induzido a buscar
nova posição, no
renascimento físico, em
corpo morfologicamente
feminino, aprendendo, em
regime de prisão, a
reajustar os próprios
sentimentos, ocorrendo o
mesmo com a mulher que
tenha agido de igual
modo. (Obra citada,
pág. 91.)
C. Que lição podemos
tirar do caso da mulher
adúltera salva do
apedrejamento devido à
interferência de Jesus?
A lição que decorre da
sentença dita por Jesus
– “Atire-lhe a primeira
pedra aquele que estiver
isento de pecado” –
mostra-nos que não
devemos julgar com mais
severidade os outros do
que nos julgamos a nós
mesmos. Jesus fez da
indulgência um dever
para nós todos, porque
não há ninguém que não
necessite de
indulgência. “Antes de
profligarmos a alguém
uma falta – propõe-nos o
Espiritismo, confirmando
o ensinamento do Mestre
–, vejamos se a mesma
censura não nos pode ser
feita.” (Obra citada,
pág. 93.)
Texto para leitura
144. A vida espiritual
pura e simples rege-se
por afinidades eletivas
essenciais; contudo,
através de milênios e
milênios, o Espírito
passa por fieira imensa
de reencarnações, ora em
posição de feminilidade,
ora em condições de
masculinidade, o que
sedimenta o fenômeno da
bissexualidade, mais ou
menos pronunciado, em
quase todas as
criaturas. (PÁG. 90)
145. O homem e a mulher
serão, assim, de maneira
respectiva,
acentuadamente masculino
ou acentuadamente
feminina, sem
especificação
psicológica absoluta. À
face disso, a
individualidade em
trânsito da experiência
feminina para a
masculina, ao envergar o
corpo físico,
demonstrará fatalmente
os traços da
feminilidade em que terá
estagiado por muitos
séculos, em que pese o
corpo de formação
masculina que a
segregue, verificando-se
o mesmo com referência à
mulher em igual
situação. (PÁG. 91)
146. O Espírito, ao
renascer entre os
homens, pode,
obviamente, tomar um
corpo feminino ou
masculino, atendendo-se
ao imperativo de
encargos particulares em
determinado setor de
ação, ou ao cumprimento
de obrigações
regenerativas. (PÁG. 91)
147. O homem que abusou
das faculdades
genésicas, arruinando a
existência de outras
pessoas com a destruição
de uniões construtivas e
lares diversos, é em
muitos casos induzido a
buscar nova posição, no
renascimento físico, em
corpo morfologicamente
feminino, aprendendo, em
regime de prisão, a
reajustar os próprios
sentimentos, ocorrendo o
mesmo com a mulher que
tenha agido de igual
modo. (PÁG. 91)
148. Em muitos casos,
Espíritos cultos e
sensíveis, aspirando a
realizar tarefas
específicas na elevação
de agrupamentos humanos
e na elevação de si
próprios, rogam dos
Instrutores espirituais
que os assistem a
própria internação no
campo físico, em
vestimenta carnal oposta
à estrutura psicológica
pela qual
transitoriamente se
definem. (PÁGS. 91 e 92)
149. Observadas as
tendências homossexuais
dos companheiros
reencarnados nessa faixa
de prova ou de
experiência, é forçoso
se lhes dê o amparo
educativo adequado,
tanto quanto se
administra instrução à
maioria heterossexual,
sabendo-se que todos os
assuntos nessa área da
evolução e da vida se
especificam na
intimidade da
consciência de cada um.
(PÁG. 92)
150. Adultério e
prostituição – Ao
dizer à multidão,
reportando-se à mulher
flagrada em adultério:
“Atire-lhe a primeira
pedra aquele que estiver
isento de pecado”, Jesus
fez da indulgência um
dever para nós todos,
porque não há ninguém
que não necessite de
indulgência. A sentença
de Jesus ensina que não
devemos julgar com mais
severidade os outros, do
que nos julgamos a nós
mesmos. “Antes de
profligarmos a alguém
uma falta – propõe-nos o
Espiritismo –, vejamos
se a mesma censura não
nos pode ser feita.”
(PÁG. 93)
151. No rol das
defecções, deserções,
fraquezas e delitos do
mundo, os problemas
afetivos se mostram de
tal modo encravados no
ser humano que,
provavelmente, nenhuma
pessoa da Terra haja
escapado, em suas
múltiplas existências,
aos chamados “erros de
amor”. (PÁGS. 93 e 94)
152. Desses embates
multimilenares restam,
ainda, por feridas
sangrentas no organismo
social, o adultério, que
será classificado, no
futuro, na patologia das
doenças da alma,
extinguindo-se, por fim,
com remédio adequado, e
a prostituição, que
reúne em si homens e
mulheres que se entregam
às relações sexuais,
mediante paga. (PÁG. 94)
153. O lenocínio de
hoje, embora situado
fora da lei, é o
herdeiro dos bordéis
autorizados em muitas
regiões. (PÁG. 95)
154. Na Grécia e na Roma
antigas, os
estabelecimentos dessa
natureza eram
constantemente nutridos
por levas de jovens
mulheres orientais,
direta ou indiretamente
adquiridas, à feição de
alimárias, para misteres
de aluguel. E tantos
foram os desvarios dos
Espíritos em evolução no
planeta – entre os quais
poucos de nós não nos
achamos incluídos – que
Jesus, personalizando na
mulher sofredora a
família humana,
pronunciou a
inesquecível sentença,
convocando os homens,
supostamente puros em
matéria de sexualidade,
a lançarem sobre a
companheira infeliz a
primeira pedra. (PÁG.
95)
155. Quando cada
criatura for respeitada
em seu foro íntimo, para
que o amor se consagre
por vínculo divino,
muito mais de alma para
alma que de corpo para
corpo, os conceitos de
adultério e prostituição
se farão distanciados do
cotidiano, de vez que a
compreensão apaziguará o
coração humano e a
chamada desventura
afetiva não terá razão
de ser. (PÁGS. 95 e 96)
(Continua no próximo número.)
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