Damos continuidade ao
estudo metódico e
sequencial do livro
Vida e Sexo, de
autoria de Emmanuel,
obra mediúnica
psicografada por
Francisco Cândido Xavier
e publicada pela FEB. O
estudo baseia-se na 2ª
edição do livro,
publicada em 1971.
Questões preliminares
A. O celibato voluntário
agrada a Deus?
Conforme é dito nas
questões 698 e 699 de “O
Livro dos Espíritos”, o
celibato nem sempre
agrada a Deus. Quando,
porém, a criatura adota
o celibato com o
objetivo de se dedicar,
de modo mais completo,
ao serviço da
Humanidade, a situação
se altera, porque todo
sacrifício pessoal é
meritório, quando feito
para o bem. “Quanto
maior o sacrifício,
tanto maior o mérito”,
asseveram os imortais.
Os que conseguem
abster-se da comunhão
afetiva, com o fim de se
fazerem mais úteis ao
próximo, decerto que
traçam a si mesmos
escaladas mais rápidas
aos cimos do
aperfeiçoamento.
(Vida e Sexo, pp. 97 e
98.)
B. O homem deve amar a
sua alma, mas cuidar
também do corpo. Que
significa tal
pensamento?
Significa que é preciso
cuidar do instrumento
físico de que nos
valemos quando estamos
reencarnados.
“Desatender às
necessidades que a
própria Natureza indica,
é desatender a lei de
Deus”, ensina a lição
contida no item 11 do
cap. XVII de “O
Evangelho segundo o
Espiritismo”. “Sereis,
porventura, mais
perfeitos se,
martirizando o corpo,
não vos tornardes menos
egoístas, nem menos
orgulhosos e mais
caritativos para com o
vosso próximo? Não, a
perfeição não está
nisso, está toda nas
reformas por que
fizerdes passar o vosso
Espírito. Dobrai-o,
submetei-o, humilhai-o,
mortificai-o: esse o
meio de o tornardes
dócil à vontade de Deus
e o único de alcançardes
a perfeição.” (Obra
citada, pp. 101 e 102.)
C. É correto afirmar que
toda criatura humana
carreia consigo
determinada carga de
impulsos eróticos?
Sim. Cada homem e cada
mulher que ainda não se
angelizou(1)
ou que não se encontre
em processo de bloqueio
das possibilidades
criativas, no corpo ou
na alma, traz maior ou
menor percentagem de
anseios sexuais, a se
expressarem por sede de
apoio afetivo, e é
claramente, nas lavras
da experiência, errando
e acertando e tornando a
errar para acertar com
mais segurança, que cada
um de nós conseguirá
sublimar os sentimentos
que nos são próprios, de
modo a erguer-nos em
definitivo para a
conquista da felicidade
celeste e do Amor
Universal. (Obra
citada, pág. 104.)
Texto para leitura
156. Abstinência e
celibato – O
celibato voluntário,
conforme esclarecem os
itens 698 e 699 de “O
Livro dos Espíritos”,
nem sempre agrada a
Deus. Quando, porém, a
criatura adota o
celibato com o objetivo
de se dedicar, de modo
mais completo, ao
serviço da Humanidade, a
situação se altera,
porque todo sacrifício
pessoal é meritório,
quando feito para o bem.
“Quanto maior o
sacrifício, tanto maior
o mérito”, asseveram os
imortais. (PÁG. 97)
157. Os que consigam
abster-se da comunhão
afetiva, com o fim de se
fazerem mais úteis ao
próximo, decerto que
traçam a si mesmos
escaladas mais rápidas
aos cimos do
aperfeiçoamento. (PÁG.
98)
158. Agindo assim, por
amor, a serviço dos
semelhantes, eles
convertem a existência,
sem ligações sexuais, em
caminho de acesso à
sublimação,
ambientando-se em
diferentes climas de
criatividade, porquanto
a energia sexual neles
não estancou o próprio
fluxo – essa energia
simplesmente se canaliza
para outros objetivos,
os de natureza
espiritual. (PÁG. 98)
159. Abstinência e
celibato, seja por
decisão súbita do homem
ou da mulher,
interessados em educar
os próprios impulsos,
seja por deliberação
assumida, antes do
renascimento na esfera
física, em obediência a
fins específicos, não
contam indiferença e nem
anestesia do sentimento.
(PÁGS. 99 e 100)
160. Constituem, sim,
tentames louváveis do
ser – experiências de
caráter transitório –,
nos quais a fome de
alimento afetivo se lhes
transforma no imo do
coração em fogo
purificador,
acrisolando-lhes as
tendências ou
transfigurando essas
mesmas tendências em
clima de produção do bem
comum, através do qual,
pela doação de uma vida,
se efetua o apoio
espiritual ou a
iluminação de inúmeras
outras. (PÁG. 100)
161. Carga erótica
– Aprendemos no
Espiritismo que o homem
deve amar a sua alma,
mas cuidar também de seu
corpo. “Desatender às
necessidades que a
própria Natureza indica,
é desatender a lei de
Deus”, ensina a lição
contida no item 11 do
cap. XVII de “O
Evangelho segundo o
Espiritismo”. “Sereis,
porventura, mais
perfeitos se,
martirizando o corpo,
não vos tornardes menos
egoístas, nem menos
orgulhosos e mais
caritativos para com o
vosso próximo? Não, a
perfeição não está
nisso, está toda nas
reformas por que
fizerdes passar o vosso
Espírito. Dobrai-o,
submetei-o, humilhai-o,
mortificai-o: esse o
meio de o tornardes
dócil à vontade de Deus
e o único de alcançardes
a perfeição.” (PÁGS. 101
e 102)
162. O instinto sexual,
exprimindo amor em
expansão incessante,
nasce nas profundezas da
vida, orientando os
processos da evolução.
Toda criatura consciente
traz consigo,
devidamente
estratificada, a herança
incomensurável das
experiências sexuais,
vividas nos reinos
inferiores da Natureza.
(PÁG. 102)
163. Depreende-se disso
que toda criatura na
Terra transporta em si
mesma determinada taxa
de carga erótica, de
que, em verdade, não se
libertará unicamente ao
preço de palavras e
votos brilhantes, mas à
custa de experiência e
trabalho, de vez que
instintos e paixões são
energias e estados
inerentes à alma de cada
um, que as leis da
Criação não destroem e
sim auxiliam cada pessoa
a transformar e elevar,
no rumo da perfeição.
(PÁG. 103)
164. É fácil entender,
portanto, que do
erotismo, como fator de
magnetismo sexual
humano, na romagem
terrestre, não partilham
tão somente as
inteligências que já se
angelizaram, em minoria
absoluta no Plano
Físico, e os irmãos da
Humanidade internados
provisoriamente nas
celas da idiotia. (PÁG.
103)
165. Os Espíritos
sublimados se atraem uns
aos outros por laços de
amor considerado divino,
por enquanto
inabordáveis a nós que
ainda compartilhamos das
tendências e aspirações,
dificuldades e provas do
gênero humano. Quanto
aos companheiros
temporariamente
bloqueados por cérebros
deficientes, atravessam
períodos mais ou menos
longos de silêncio
emocional, destinados a
reparações e reajustes,
quase sempre solicitados
por eles mesmos. (PÁG.
103)
166. Assim, toda
criatura humana carreia
consigo determinada
carga de impulsos
eróticos, que ela mesma
aprende, gradativamente,
a orientar para o bem e
a valorizar para a vida.
Não nos achamos, diante
do sexo, à frente de um
despenhadeiro para as
trevas, mas sim perante
a fonte viva das
energias em que a
Sabedoria do Universo
situou o laboratório das
formas físicas e a usina
dos estímulos
espirituais mais
intensos para a execução
das tarefas que
esposamos, visando ao
progresso dos homens.
(PÁG. 104)
167. Cada homem e cada
mulher que ainda não se
angelizou(1)
ou que não se encontre
em processo de bloqueio
das possibilidades
criativas, no corpo ou
na alma, traz,
evidentemente, maior ou
menor percentagem de
anseios sexuais, a se
expressarem por sede de
apoio afetivo, e é
claramente, nas lavras
da experiência, errando
e acertando e tornando a
errar para acertar com
mais segurança, que cada
um de nós conseguirá
sublimar os sentimentos
que nos são próprios, de
modo a erguer-nos em
definitivo para a
conquista da felicidade
celeste e do Amor
Universal. (PÁG. 104)
168. Sexo e religião
– A necessidade da
reencarnação para o
progresso da criatura
humana está claramente
posta no item 166 de “O
Livro dos Espíritos”.
Para alcançar a
perfeição, é
indispensável sofrer a
prova de uma nova
existência corporal.
(PÁG. 105)
169. A criatura que
abraça encargos de
natureza religiosa está
procurando para si mesma
aguilhões regeneradores
ou educativos, de vez
que ordenações de
caráter externo não
transfiguram
milagrosamente o mundo
íntimo. As realizações
da fé se concretizam à
base de porfiadas lutas
da alma; ninguém se
burila de um dia para
outro. (PÁGS. 105 e 106)
(Continua no próximo número.)
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