Mediunidade e
Educação
“Espíritas:
amai-vos; este o
primeiro
ensinamento;
instruí-vos;
este o segundo.”
(1)
Todas as chagas
morais da
sociedade são
provenientes da
má educação, da
falta de
instrução e de
estudo. É pela
educação que as
gerações se
transformam, se
aperfeiçoam,
aprendem a
governar-se,
conduzir-se como
seres
conscientes e
racionais.
Todos temos
necessidade de
instrução, tanto
intelectual
quanto
espiritual e
também de amor.
Através do amor
valorizamos a
vida e pela
sabedoria somos
pela vida
valorizados.
Portanto, amor e
sabedoria devem
caminhar sempre
juntos.
Estudar e servir
são rotas
inevitáveis na
obra de
elevação, em
qualquer plano
de vida. O
conhecimento
patrocina a
nossa
libertação,
colocando-nos a
caminho de novos
horizontes, com
boas
oportunidades de
fazer as
melhores
escolhas, para
que as nossas ideias e
exemplos
reflitam os
ensinamentos que
Jesus nos
deixou, através
do seu
Evangelho.
Quando se
lançavam na
França, os
fundamentos do
Espiritismo,
iluminadas
entidades que
organizavam a
Codificação,
utilizando-se da
personalidade
missionária de
Allan Kardec, já
despertavam os
obreiros da
primeira hora,
para a
necessidade da
instrução, com a
comunicação do
Espírito de
Verdade
exortando
incisivo:
“Espíritas:
amai-vos; este o
primeiro
ensinamento;
instruí-vos,
este o segundo”.
Então, há muito
que a
Espiritualidade
Superior vem
conclamando,
insistindo,
através de
sucessivas
mensagens, pela
necessidade do
estudo e do
trabalho nas
fileiras
renovadoras do
Espiritismo.
Dessa forma,
amor e
instrução,
tem sido a
palavra de ordem
dos mensageiros
de Cristo.
E os obreiros da
vez somos nós,
na condição de
medianeiros, de
receptores da
Espiritualidade,
temos o dever de
nos colocarmos
em condições de
mais amplo
discernimento da
vida dos homens
e dos Espíritos,
nos afinizando
com os
princípios
elevados,
através do
estudo, da
fixação dos
ensinos
Espíritas.
A maioria dos
homens
habituou-se a
crer que médium
só é aquele que
em mesa
específica de
trabalhos
mediúnicos
psicografa ou
fala, ouve ou vê
os Espíritos,
alivia ou cura
os enfermos.
Esse é o
pensamento
errôneo,
geralmente,
difundido além
das fronteiras
do Espiritismo,
pois ao
discutirmos tema
elevado, em
qualquer lugar e
hora, somos,
muitas vezes,
intérpretes de
Espíritos sérios
que de nós se
aproximam,
atraídos pela
seriedade da
conversação.
Ao contrário, em
momento de
invigilância
vocabular, no
trato com
problemas
humanos,
atraímos
Espíritos
desajustados
que,
sintonizados
conosco, nos
fazem porta-voz
de suas
induções. Com as
luzes da
Doutrina
Espírita o
médium
educar-se-á para
vigiar as
próprias
comunicações e
aplicar sua
faculdade para o
bem de todos.
O Espiritismo
oferece regras
normativas para
o bom exercício
da mediunidade,
tornando-a fonte
de luz e
esclarecimento,
para que o
medianeiro não
caminhe às
cegas, sem rumo.
O médium que se
dedica ao
aprendizado
possibilita a
sua própria
defesa
resguardando-se
contra processos
obsessivos,
vigia a própria
vida, disciplina
as emoções,
cultiva as
virtudes cristãs
e oferece ao
Senhor,
multiplicados,
os talentos que
por empréstimo
lhe foram
confiados e
estará, no
silêncio de suas
dores,
preparando o seu
caminho de
elevação para o
Alto, exercendo
sua mediunidade
com Jesus.
Conforme
advertência de
O Evangelho
segundo o
Espiritismo,
Capítulo XVI,
item 6: “O
médium, que não
se instrui, é
operário
negligente, cuja
ferramenta será
destruída pelas
traças ou
roubada pelos
ladrões”.
A Doutrina
Espírita é
portadora de
importantes
informações que
oferecem ao
médium segurança
e harmonia
íntima, porém
requer demorado
e frequente
estudo e bem
estruturada
reflexão para
que, melhor
assimilada, seja
mais facilmente
vivida. Os
Benfeitores
Espirituais
estudam sempre,
para se tornarem
mais úteis no
esclarecimento e
no consolo. Se
nós, médiuns,
esperamos
auxílio de
nossos
protetores
amigos, é lícito
que os mentores
espirituais,
também, esperem
o nosso esforço
para o bom
desempenho das
tarefas que nos
foram confiadas.
Aprofundemos,
por nossa vez, o
pensamento no
estudo da
revelação
kardequiana,
reservando algum
tempo do dia, da
semana, ao
estudo
frequente, a fim
de nos
impregnarmos da
convicção e da
renovação
indispensáveis à
preservação do
patrimônio
espiritual com o
qual
despertaremos
além da vida
orgânica.
(1)
KARDEC, Allan. O
Evangelho
segundo o
Espiritismo.
Capítulo VI,
item 5 - 3ª ed.
São Paulo: FEESP,
1991.
Bibliografia:
XAVIER,
Francisco
Cândido.
Pensamento e
Vida (Pelo
Espírito
Emmanuel). 9ª
ed. Rio de
Janeiro: Lição
4, 1991.
PERALVA,
Martins.
Estudando o
Evangelho.
11ªed. Rio de
Janeiro: FEB,
Cap. 45 - 2010.