Afinidade
O homem
permanece
envolto em largo
oceano de
pensamentos,
nutrindo-se de
substância
mental, em
grande
proporção. Toda
criatura
absorve, sem
perceber, a
influência
alheia nos
recursos
imponderáveis
que lhe
equilibram a
existência.
Em forma de
impulsos e
estímulos, a
alma recolhe,
nos pensamentos
que atrai, as
forças de
sustentação que
lhe garantem as
tarefas no lugar
em que se
coloca.
O homem poderá
estender muito
longe o raio de
suas próprias
realizações, na
ordem material
do mundo, mas,
sem a energia
mental na base
de suas
manifestações,
efetivamente
nada conseguirá.
Sem os raios
vivos e
diferenciados
dessa força, os
valores
evolutivos
dormiriam
latentes, em
todas as
direções.
A mente, em
qualquer plano,
emite e recebe,
dá e recolhe,
renovando-se
constantemente
para o alto
destino que lhe
compete atingir.
Estamos
assimilando
correntes
mentais, de
maneira
permanente.
De modo
imperceptível,
“ingerimos
pensamentos”, a
cada instante,
projetando, em
torno de nossa
individualidade,
as forças que
acalentamos em
nós mesmos.
Por isso, quem
não se habilite
a conhecimentos
mais altos, quem
não exercite a
vontade para
sobrepor-se às
circunstâncias
de ordem
inferior,
padecerá,
invariavelmente,
a imposição do
meio em que se
localiza.
Somos afetados
pelas vibrações
de paisagens,
pessoas e coisas
que nos cercam.
Se nos confiamos
às impressões
alheias de
enfermidade e
amargura,
apressadamente
se nos altera o
“tônus mental”,
inclinando-nos à
franca
receptividade de
moléstias
indefiníveis. Se
nos devotamos ao
convívio com
pessoas operosas
e dinâmicas,
encontramos
valioso
sustentáculo aos
nossos
propósitos de
trabalho e
realização.
Princípios
idênticos regem
as nossas
relações uns com
os outros,
encarnados e
desencarnados.
Conversações
alimentam
conversações.
Pensamentos
ampliam
pensamentos.
Demoramo-nos com
que se afina
conosco.
Falamos sempre
ou sempre agimos
pelo grupo de
espíritos a que
nos ligamos.
Nossa inspiração
está filiada ao
conjunto dos que
sentem como nós,
tanto quanto a
fonte está
comandada pela
nascente.
Somos obsidiados
por amigos
desencarnados ou
não e auxiliados
por benfeitores,
em qualquer
plano da vida,
de conformidade
com a nossa
condição mental.
Daí, o
imperativo de
nossa constante
renovação para o
bem infinito.
Trabalhar
incessantemente
é dever.
Servir é
elevar-se.
Aprender é
conquistar novos
horizontes.
Amar é
engrandecer-se.
Trabalhando e
servindo,
aprendendo e
amando, a nossa
vida íntima se
ilumina e se
aperfeiçoa,
entrando
gradativamente
em contato com
os grandes
gênios da
imortalidade
gloriosa.
Do livro
Roteiro,
obra mediúnica
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.
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