Conduta Espírita
André Luiz
(Parte
5)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Conduta
Espírita, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelo
médium Waldo Vieira e
publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. A prece e a
meditação, antes da
atividade mediúnica, são
providências
importantes?
Sim.
A preparação da própria
alma por meio da prece e
da meditação, antes da
atividade mediúnica, é
essencial ao bom êxito
do trabalho. A oração,
diz André, é luz na alma
refletindo a Luz Divina.
(Conduta Espírita,
cap. 4.)
B. É possível ao médium
reprimir, durante a
manifestação mediúnica,
gemidos, gritos e gestos
violentos?
Claro que é possível.
Cabe ao médium controlar
as manifestações
mediúnicas que veicula,
reprimindo, quanto
possível, a respiração
ofegante, os gemidos,
gritos, batimentos de
mãos e pés ou quaisquer
gestos violentos. O
medianeiro é, e sempre
será, o responsável
direto pela mensagem de
que se faz portador.
(Conduta Espírita, cap.
4.)
C. Diz André Luiz que o
médium carrega consigo
os maiores inimigos de
si próprio. A que ele se
refere?
André Luiz refere-se aí
aos fatos que podem
levar o médium à queda.
Ele não deve, por
exemplo, tirar proveito
material das produções
que obtenha. E lhe é
absolutamente
indispensável fugir aos
perigos que ameaçam a
mediunidade, como sejam
a ambição, a ausência de
autocrítica, a falta de
perseverança no bem e a
vaidade com que se julga
invulnerável.
(Conduta Espírita, cap.
4.)
Texto para leitura
32.
Reportando-se aos
deveres e atribuições
dos médiuns, André Luiz
consignou no capítulo 4
da obra em estudo as
recomendações a seguir
reproduzidas.
33.
O médium deve
esquivar-se à suposição
de que detém
responsabilidades ou
missões de avultada
transcendência,
reconhecendo-se humilde
portador de tarefas
comuns, conquanto graves
e importantes como as de
qualquer outra pessoa. O
seareiro do Cristo é
sempre servo, e servo do
amor.
34.
No horário disponível
entre as obrigações
familiares e o trabalho
que lhe garante a
subsistência, deve ele
vencer os imprevistos
que lhe possam impedir o
comparecimento às
sessões, tais como
visitas inesperadas,
fenômenos climatéricos e
outros motivos,
sustentando lealdade ao
próprio dever. Sem
euforia íntima não há
exercício mediúnico
produtivo.
35.
É-lhe preciso preparar a
própria alma em prece e
meditação, antes da
atividade mediúnica,
evitando, porém,
concentrar-se
mentalmente para
semelhante mister
durante as explanações
doutrinárias, salvo
quando lhe caibam
tarefas especiais
concomitantes, a fim de
que não se prive do
ensinamento. A oração é
luz na alma refletindo a
Luz Divina.
36.
Importante controlar as
manifestações mediúnicas
que veicula, reprimindo,
quanto possível,
respiração ofegante,
gemidos, gritos e
contorções, batimentos
de mãos e pés ou
quaisquer gestos
violentos. O medianeiro
será sempre o
responsável direto pela
mensagem de que se faz
portador.
37.
Cabe ao médium silenciar
qualquer prurido de
evidência pessoal na
produção desse ou
daquele fenômeno. A
espontaneidade é o selo
de crédito em nossas
comunicações com o Reino
do Espírito.
38.
É fundamental, mesmo
indiretamente, não
retirar proveito
material das produções
que obtenha. Não há
serviço santificante na
mediunidade vinculada a
interesses inferiores.
39.
Importa-lhe extinguir
obstáculos, preocupações
e impressões negativas
que se relacionem com o
intercâmbio mediúnico,
quais sejam, a questão
da consciência vigilante
ou da inconsciência
sonambúlica durante o
transe, os temores
inúteis e as
suscetibilidades
doentias, guiando-se
pela fé raciocinada e
pelo devotamento aos
semelhantes. Quem se
propõe avançar no bem,
deve olvidar toda causa
de perturbação.
40.
Ainda quando provenha de
círculos
bem-intencionados, deve
o médium recusar o
tóxico da lisonja. No
rastro do orgulho, segue
a ruína.
41.
Indispensável lhe é
fugir aos perigos que
ameaçam a mediunidade,
como sejam a ambição, a
ausência de autocrítica,
a falta de perseverança
no bem e a vaidade com
que se julga
invulnerável. O
medianeiro carrega
consigo os maiores
inimigos de si próprio.
(Conduta Espírita,
cap. 4.)
42.
Fechando o capítulo,
André transcreve outro
conhecido ensinamento
dado por Paulo de Tarso:
“Mas
a manifestação do
Espírito é dada a cada
um, para o que for
útil.” — Paulo. (I
Coríntios, 12:7.)
(Continua no próximo
número.)