Convicção da
vida espiritual
-“Não
adianta!
Certeza, certeza
mesmo, do que
acontece depois
da morte ninguém
tem. Não existem
provas...”
Observamos que
por mais que o
tempo passe, em
meio aos
movimentos
dentro da
divulgação sobre
a vida
espiritual,
mediunidade,
reencarnação, e
tantos outros
temas de
relevância
inquestionável,
em palestras
escritas ou em
oratórias nas
tribunas
espíritas ou
espiritualistas,
volta e meia
deparamos com
comentários como
esse, que nos
sinalizam a
necessidade
urgente de
modificação de
atitudes e
compreensão de
certas coisas.
Inadiável
entender que
atingimos a
efervescência de
uma fase nas
sociedades
humanas em que,
para tudo, se
exige a exibição
imediata da
utilidadedo que
se pratica,
expõe, descobre,
e naquilo que se
defende. Porque,
em tempos de
tecnologia
avançada, e
disseminada em
todos os níveis
mais vulgares de
um cotidiano em
que se apertam
botões na
certeza de que,
de forma
instantânea, as
contas são assim
pagas, o livro
virtual é, deste
modo, folheado;
o filme que
poucas décadas
atrás só era
acessível no
cinema, ou na
TV, é então
assistido na
tela pequena de
um smartphone ou
notebook.
Deve-se atender
à verdade de que
a convicção na
nossa realidade
espiritual
maior,
definitiva, cuja
certeza se pede
com urgência
para a vitória
sobre males
milenares que
assolam a
jornada humana,
só acontece a
partir de uma
adequação da
exposição destas
mesmas
realidades,
focando-se no
contexto do
mundo atual em
que vivemos!
Assim,
pergunta-se: os
relatos dos
experimentos de
Crookes, das
mesas girantes e
pranchetas
escreventes, de
todo o contexto
do Pentateuco
elaborado pelos
Espíritos em
séculos
anteriores, mas
de difícil
estudo para as
gerações atuais
inseridas numa
era da
informática de
avanços
assombrosos a
cada quinquênio
findo, se tornam
obsoletos, e
devem ser
atirados ao
lixo? Obviamente
que não!
Todavia, a
prática deste
mesmo conteúdo a
ser estudado
pelo buscador
sincero das
verdades
espirituais deve
ser,
urgentemente,
adaptada às
mentes das
atuais gerações
em trânsito pela
Terra! Deve-se,
para tanto,
acomodar a
verdade teórica
à aplicabilidade
cotidiana de um
mundo mergulhado
em nova fase de
suas lutas
coletivas! Por
que, então, não
se observar o
que a própria
ciência vem
obtendo em
termos de
progresso de
compreensão das
dinâmicas
energéticas, nas
áreas da Física
Quântica, e em
tantas outras
frentes, a fim
de se aliar
entendimentos
que devem
convergir para o
objetivo final
do bem-estar do
homem?
Por que não se
falar
abertamente em
episódios
mediúnicos
diários, havidos
no dia a dia de
tantas pessoas
que vivenciam
minúcias
intuitivas,
premonitórias,
psicográficas,
de vidência, e
que deixam
passar essas
experiências sem
um olhar mais
detido, que
revelaria esta
outra face mais
vasta da Vida,
facetas do nosso
lar maior e
definitivo, após
os sucessivos
períodos de
curta estadia
reencarnados
neste mundo?
Afirmações como
a que introduz
este artigo se
repetem como eco
insistente
porque, no
cotidiano
massificante das
pessoas, não
mais se observa
o interesse do
esclarecimento
simples, através
do diálogo
comum, a partir
dos próprios
indivíduos
envolvidos com o
estudo do
Espiritismo, e
com a sua
divulgação mais
ou menos
ostensiva. No
ambiente das
práticas diárias
de cada um de
nós; na hora do
almoço, ou do
lazer de fim de
semana!
Acredita-se,
tacitamente,
estar, esta
tarefa, relegada
aos poucos
vultos
proeminentes do
Movimento
Espírita, que de
forma periódica
atingem algumas
centenas de
seres com seus
discursos e
palestras, em
muitos casos
inspirados; mas
que, ao que se
percebe, em
termos práticos
funcionam junto
ao despertamento
mais acelerado
de consciências,
da mesma forma
anestésica de
outras práticas
religiosas
mecânicas,
repetitivas,
cujos ouvintes
esquecem de todo
o conteúdo
ouvido, passada
apenas meia hora
da prédica ou do
sermão nos
púlpitos.
No entanto, é
preciso mais!
Necessário o
envolvimento de
todos aqueles
que já
adquiriram, por
caminhos
diversos,
convicções
próprias da
verdade deste
mundo
maior,pulsante,
dinâmico, dentro
e fora de nós,
caro leitor -
sem intimidação
e sem modéstia!
Porque as
pessoas precisam
ser lembradas
com maior
frequência, em
meio aos
tumultos e
correrias dos
nossos tempos,
de que episódios
reputados não
mais que como
simples, sem
maior
importância:
aquela impressão
aparentemente
destituída de
lógica de que
iria telefonar
um parente que,
para sua
surpresa, de
repente lhe
telefona de
fato, ou bate à
porta; aquele
sonho estranho,
cujo conteúdo
surpreendentemente
se confirmou;
aquele
reconhecimento
forte e estranho
experimentado a
respeito de
alguém que nunca
foi visto antes,
e outras tantas
vivências, tidas
como sem lógica,
e para as quais
o lado racional
não acha
explicação por
mais que se
teime, não
passam de
indícios claros
de desempenho
mediúnico
involuntário,
inconsciente,
dosEspíritos
reencarnados
que todos somos!
É necessário que
se conte por aí,
sem medo de se
passar por
maluco, que uma
TV ligou sozinha
em casa; que
algum objeto
insolitamente se
mexeu; que um
“sonho”
esquisito se
realizou; que um
parente
desencarnado,
através destes
mesmos “sonhos”,
lhe deu um aviso
que se efetivou;
que se sente
esquisita
atração
despropositada
por este ou
aquele país, sem
nunca se ter ido
lá, ou que se
teve a certeza
de que conhecia
algum lugar
visitado, onde
nunca se esteve
antes!
Deve-se contar
sobre se estar
preso no corpo
pela manhã sem
conseguir se
mexer, ainda que
devidamente
“acordado”;
deve-se falar
sobre pessoas
que aparecem à
nossa frente e
“somem”, sem
explicação
plausível... E,
estejam certos,
impossível que
ao menos um
destes fenômenos
de ordem
espiritual não
tenha
acontecidoalguma
vez na vida,
para todos nós!
Porque refletem
leis naturais, e
apenas que ainda
não explicadas
pelo avanço
lento de nossa
ciência material
terrena!
São esses fatos,
dentre tantos
outros, caros
leitores, a
mesma doutrina
espírita
descrita no
Pentateuco,
ainda
acontecendo, em
todas as épocas,
nas nossas
rotinas diárias!
Na prática!
Indícios claros
de que todos
somos Espíritos
reencarnados em
intercâmbio
constante com as
dimensões
energéticas
circundantes,
das quais
viemos, e para
cujos domínios
fatalmente
voltaremos!
São indícios de
mediunidade
espontânea,
claros,
particularizados
em sua
expressão, em
cada um de nós!
Dados, portanto,
frontais,
indiscutíveis,
que,
contrariando
frequentemente a
assertiva do
começo desta
exposição, nos
demonstram, aqui
mesmo, que há
inúmeros fatos
comprobatórios
de que a vida
existe e
persiste fora do
corpo físico!
Não somente ao
desencarnarmos,
portanto, mas
ainda estando
aqui, nos sobram
evidências de
que temos toda
uma história que
escrevemos em
outros lugares e
épocas,
determinantes do
nosso momento
presente; e que
continuaremos
modulando agora,
para construir
de maneira
melhor o nosso
porvir!
Só que se
trata,esta
certeza, de
convicção
pessoal e
intransferível,
porque
justificada
pelas nossas
vivências
pessoais,
existindo à
conta de uma
marca d’água!
Sim! Por mais
brilhantes sejam
os discursos dos
palestrantes
espíritas mais
ou menos
destacados; por
mais sublime
seja o exemplo
da trajetória do
querido Chico
Xavier, com sua
obra social e
mediúnica
missionária! Se
o que se deseja
é um progresso
real,
individual, e da
qualidade
evolutiva da
vida neste
pequeno planeta
azul, onde em
tantas fases são
acolhidos os
mesmos milhares
de Espíritos em
avanço
consciencial
lento; se é que
o que se quer
não é que o
Espiritismo, de
modo inevitável,
se torne mais
uma coleção de
dogmas
engarrafados,
contraproducentes,
mofados dentro
de livros
doutrinários que
possuem, é fato,
o seu valor
inquestionável
como fontes
teóricas
imprescindíveis
a um estudo
sério de
verdades
universais; mas
livros esses
que, no entanto,
só podem
justificar a sua
utilidade dentro
da dinâmica
atualizada de um
contexto
vital–não na
letra apenas,
como nos
pontificou o
Cristo – mas no
espírito da
letra, fora
dospretendidos
formatos
definitivos de
entendimento ou
de
significados...
Se o que se
pretende,com
sinceridade,é
iniciativa
própria para se
adquirir esta
mesma certeza e
convicção, aqui
e agora, das
nossas origens
espirituais, e
consequente
retorno às
moradas onde
todas as ilusões
serão desfeitas,
façamos então,
cada qual, a
nossa parte,
nesta tarefa de
auxílio mútuo na
trajetória
evolutiva
conjunta!
Estudemos, sim,
os livros
basilares;
estejamos
abertos para as
contribuições
novas,
literárias e
orais; mas,
acima de tudo,
mantenhamos os
pés no chão da
aplicação
prática daquilo
que as teorias e
doutrinas
espíritas nos
ensinam– falando
com naturalidade
a respeito, e
nos detendo mais
nos
acontecimentos
que as
exemplificam! No
segredo da
simplicidade da
verdade das
coisas!
Sejamos
proativos! Não
esperemos,
passivamente, as
grandes
palestras, assim
como se espera a
missa de
domingo, para
depois se
retomar os
padrões
engessados de se
viver. Porque,
em tempos em que
o que se exige
em termos de
evolução
espiritual real
seja a
autenticidade de
intenções e de
atitudes neste
sentido,
qualquer caminho
para as verdades
divinas será
válido, amigo
leitor– desde
que seja
examinado com
sinceridade, e
praticado, antes
de tudo, por
cada um de nós!