Parentes
enfermos
Como tratarei os
parentes
enfermos?
Pergunta muitas
vezes repetida e
analisada.
De nossa parte,
responderemos
aos amigos que
no-la endereçam,
segundo o
critério da
imortalidade.
Ainda mais.
Esclareceremos
que irmãos
enfermos não são
unicamente
aqueles que a
radiografia
revela ou que a
experiência
médica registra.
Além das
moléstias que se
manifestam no
corpo físico,
temos ainda
aquelas outras
que se entranham
na alma, por
enquanto
arredadas da
patologia comum.
Se consegues,
assim, perceber
os sofrimentos
daqueles que se
te vinculam à
existência,
conserva-os
contigo, tanto
quanto puderes.
Quanto mais
pesem no
orçamento de
tempo e
possibilidades a
que te prendas,
mais
necessitados se
mostram de
proteção e
segurança.
Em muitas
ocasiões, talvez
possas situá-los
em recintos
pagos, com o
beneplácito da
tua bolsa.
Entretanto,
embora te
reverenciemos os
impulsos de
generosidade,
não vacilamos em
reformular o
apelo à tua
misericórdia
para que os
mantenhas no
calor da própria
ternura.
São eles filhos
imobilizados no
leito, a te
pedirem socorro.
Ascendentes que
se fizeram
valetudinários(1)
e te rogam
assistência,
enquanto
aguardam a
cirurgia da
morte.
Companheiros
encarcerados em
moléstias
difíceis ou
irmãos outros em
transes graves
da vida
orgânica.
Além deles
encontramos
ainda os doentes
mentais,
supostamente
sadios, aqueles
que passaram a
evidenciar
comportamento
infeliz. Os
caídos em
experiências
amargas no campo
afetivo. Os
desmemoriados
diante das
obrigações que
assumiram e os
que carregam
obsessões
ocultas que lhes
desfiguram a
imagem.
Diante dos
parentes
enfermos, se te
reconheces com
saúde e
equilíbrio, a
fim de
observá-los,
compadece-te
deles e
guarda-os no
clima da própria
presença, quanto
isso se faça
possível.
Todos eles são a
continuidade de
nossos débitos
ou
prolongamentos
de nossa própria
ternura.
Recordemos que a
morte é somente
mudança, que nos
reencontraremos
todos, agora ou
no futuro, e
doemos àqueles
corações que nos
cercam todo o
amor que esperam
de nós ou que
nos solicitam, a
fim de se
complementarem
na evolução a
realizar ou no
trabalho a
fazer.
Abençoa Hoje os
que Amanhã te
Abençoarão...
(1)
Valetudinário:
diz-se de, ou
indivíduo de
compleição muito
fraca, doentio,
enfermiço,
achacadiço ou,
até, inválido.
Do livro
Caminhos de
Volta, obra
mediúnica
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier. |