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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 426 - 9 de Agosto de 2015

WALDENIR APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, SP (Brasil)
 

 

 
O esforço próprio
 

“A pessoa que se habitua a ser invariavelmente servida em todas
as situações não sabe agir sozinha em situação alguma.” (Emmanuel,
em “Fonte Viva”, item 82, psicografia de Francisco C. Xavier.)


Sem qualquer sombra de dúvida, a nossa felicidade não depende de ninguém, pois que podemos, perfeitamente, encontrar a serenidade que desejamos a partir da paz interior que com esforço adquirimos.

Enquanto a criatura humana depositar seus sonhos de ventura na dependência do que fazem as outras pessoas, por certo, terá imensa dificuldade em viver a plenitude de suas realizações.

Precisamos, com urgência, entender que o progresso, em todos os aspectos, que precisamos fazer, depende única e exclusivamente dos nossos esforços, pois que sendo filhos de Deus, temos todas as oportunidades e condições de crescimento interior, uma vez que os verdadeiros e definitivos valores são aqueles que dizem respeito à eternidade.

Hoje, mais do que em qualquer época da humanidade, sabemos que somos compostos de duas naturezas; a física e a espiritual. Tudo o que se relaciona com a matéria é efêmero, passageiro, momentâneo, pois que ninguém consegue segurar definitivamente a juventude, a saúde, a beleza, a força física; em verdade tudo passa. Já espiritualmente a configuração é outra, pois que as conquistas do Espírito são inalteráveis: a bondade, o amor, a paciência, a tolerância, a solidariedade, o amor e tanto mais.

Assim sendo, para viver bem e em paz não precisamos que os outros vivam da mesma forma. Basta que montemos a nossa existência na plena convicção de que tudo depende do nosso esforço próprio e nada nos abalará os firmes propósitos de serenidade interior.

Importa, sim, que vivamos em consonância com os preceitos cristãos; isso, obviamente, é inadiável e imprescindível. Qualquer outra direção que tomemos, por mais promissora e atraente que seja, mais cedo ou mais tarde se apresentará como ilusão, fantasia e decepção.

Não estamos impedidos de desfrutar o conforto que o mundo físico nos proporciona, desde que fixemos o ideal em conquistar os valores que de forma absoluta incorporarão ao nosso patrimônio espiritual, pois que, fora da matéria, despidos do corpo, continuaremos a viver, carregando conosco os mesmos sonhos de paz e as mesmas buscas pela felicidade definitiva.

Então, deixemos que as pessoas vivam como queiram, sejam elas pais, filhos, irmãos, cônjuges etc. Ajudemos quando possível, caso trilhem por caminhos perniciosos ou confusos, mas sigamos o nosso roteiro, baseados nas lições imorredouras do Cristo, esse Mestre notável que nos colocou às mãos valioso manancial de grandes e belas informações.

Portanto, apontemos nossas forças na correção dos nossos defeitos, concentrando todo o interesse em corrigi-los, substituindo-os por conquistas íntimas que permanecerão sempre conosco.

Aprendamos a servir, a repartir, a renunciar, a silenciar, a trabalhar sempre mais, a ouvir muito, falar menos, a esperar mais um pouco, a não julgar a ninguém, a não criticar, a não querer que as pessoas sejam como queremos ou imaginamos, enfim, a amar mais, muito mais... desinteressadamente.

Quando conseguirmos agir assim, ninguém poderá impedir a nossa felicidade.


 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita