Damos sequência ao
estudo metódico e sequencial do livro
Médiuns e Mediunidade,
de autoria de
Cairbar Schutel,
publicado originalmente
em 1923 pela Casa
Editora O Clarim, de
Matão (SP). O estudo
basear-se-á na 7ª edição
da obra, publicada em
1977.
Questões preliminares
A. É importante o ato de
orar no começo e no
final da sessão
mediúnica?
Sim. Trata-se de uma
providência importante
cuja finalidade é, no
começo da sessão,
solicitar a proteção
divina e, no final dela,
agradecer o auxílio
dispensado. Essa prece,
diz Cairbar, representa
ao mesmo tempo um ato de
humildade e um sinal de
reconhecimento.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. VII - Considerações
doutrinárias - A
condenação do Clero -
Métodos dos trabalhos -
A prece - A invocação.)
B. É verdade que cada um
de nós está sob a
proteção de um Anjo da
Guarda?
Sim. É doutrina corrente
em todas as escolas
espiritualistas que cada
um de nós está sob a
proteção de um Anjo da
Guarda, que tem a
obrigação e ao mesmo
tempo o prazer de velar
pelos seus protegidos e
guiá-los para a Verdade.
O Espiritismo não
condena esta doutrina,
ao contrário,
estimula-a, propaga-a e
desenvolve-a de modo que
a Fé e o Conhecimento
vivifique mais os
corações. Todos nós,
para atravessarmos esta
floresta da vida,
precisamos de um Guia,
que não nos deve perder
de vistas, e que, ao
tomarmos o corpo carnal,
prometeu-nos a sua
contínua assistência.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. VIII - A Doutrina
do anjo da guarda - O
guia espiritual - Os
espíritos familiares.)
C. A mediunidade é a
mediadora dos ensinos do
Anjo Guardião?
Evidentemente. A
mediunidade é o
instrumento pelo qual
nos vêm os ensinamentos
do Anjo da Guarda,
sendo, por isso,
indispensável o seu
desenvolvimento.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. VIII - A Doutrina
do anjo da guarda - O
guia espiritual - Os
espíritos familiares.)
Texto para leitura
55. Reportando-se à
sessão descrita
anteriormente, Cairbar
diz que seu círculo de
experimentações era
composto de católicos,
mas todos eles eram
católicos como todo
mundo o é, ou seja,
ignorantes do
Catolicismo. (Médiuns
e Mediunidade, cap. VII
- Considerações
doutrinárias - A
condenação do Clero -
Métodos dos trabalhos -
A prece - A invocação.)
56. Já se ouvia então
falar nas comunicações
diabólicas, bem como os
padres esbravejarem do
púlpito afirmando que o
Satanás era o autor das
manifestações espíritas.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. VII - Considerações
doutrinárias - A
condenação do Clero -
Métodos dos trabalhos -
A prece - A invocação.)
57. Seu amigo padre J.
B. Van-Esse, vigário da
paróquia, já se havia
apoderado da imprensa
local, em que escrevia
seus aranzéis, com que
pretendia aniquilar a
Doutrina Espírita e suas
manifestações.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. VII - Considerações
doutrinárias - A
condenação do Clero -
Métodos dos trabalhos -
A prece - A invocação.)
58. Cairbar não via,
porém, nos artigos e
sermões dos padres senão
explosões de ódio e de
despeito, presos aos
pequeninos interesses do
mundo. “Suas palavras
recendiam o fumo da
ignorância clerical” e
não o enganavam, porque
ele sabia que os padres
desconhecem as
Escrituras e, quando
citam trechos bíblicos,
os interpretam à letra
para os acomodarem aos
seus interesses de
seita. (Médiuns e
Mediunidade, cap. VII -
Considerações
doutrinárias - A
condenação do Clero -
Métodos dos trabalhos -
A prece - A invocação.)
59. Além disso, a ideia
do Diabo e do Inferno
Eterno não se casava com
o estado espiritual em
que ele e seus
companheiros se achavam,
propensos a buscar o Bem
e a Verdade. Todas essas
questões eram, porém,
consideradas e
discutidas depois das
experiências que o grupo
fazia. (Médiuns e
Mediunidade, cap. VII -
Considerações
doutrinárias - A
condenação do Clero -
Métodos dos trabalhos -
A prece - A invocação.)
60. Quanto à obtenção
dos fenômenos, Cairbar
lembra que não há
necessidade de muitas
pessoas, mas sim de uma
que seja médium e,
também, muita paciência.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. VII - Considerações
doutrinárias - A
condenação do Clero -
Métodos dos trabalhos -
A prece - A invocação.)
61. É que as
experiências com a
mesinha tomavam muito
tempo, pela dificuldade
do processo de
comunicação.(1)
Às vezes, obtêm-se
manifestações já no
primeiro dia; outras
vezes são precisas
muitas sessões. Por isso
convém não tentar
experiências se não
houver desejo de
prosseguir, sendo muito
útil metodizar os
trabalhos, iniciando-os
com uma série de
sessões, por exemplo,
quinze a vinte, sendo
duas a três vezes por
semana, a uma hora certa
e no mesmo lugar.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. VII - Considerações
doutrinárias - A
condenação do Clero -
Métodos dos trabalhos -
A prece - A invocação.)
62. Fato digno de nota é
que, segundo Cairbar,
muitas vezes, nessas
reuniões, em vez de se
darem os fenômenos
esperados, dão-se outros
ainda mais
interessantes, sobretudo
quando se acham
presentes médiuns de
outras faculdades, como
os médiuns escreventes e
os falantes. (Médiuns
e Mediunidade, cap. VII
- Considerações
doutrinárias - A
condenação do Clero -
Métodos dos trabalhos -
A prece - A invocação.)
63. Uma providência
também importante
sugerida por Cairbar é,
no começo da sessão,
solicitar a proteção
divina e, no final dela,
agradecer o auxílio
dispensado. Trata-se de
uma prece que representa
ao mesmo tempo um ato de
humildade e um sinal de
reconhecimento.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. VII - Considerações
doutrinárias - A
condenação do Clero -
Métodos dos trabalhos -
A prece - A invocação.)
64. No caso de invocação(2),
é sempre preferível
chamar parentes ou
amigos, que se
manifestarão facilmente,
salvo no caso de não
poderem, por motivos que
o estudante depois
saberá. Seria ainda
preferível, no caso de
experiência, não invocar
este ou aquele Espírito,
mas procurar obter a
identidade do que se
comunicar
espontaneamente.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. VII - Considerações
doutrinárias - A
condenação do Clero -
Métodos dos trabalhos -
A prece - A invocação.)
65. É doutrina corrente
em todas as escolas
espiritualistas que cada
um de nós está sob a
proteção de um Anjo da
Guarda, que tem a
obrigação e ao mesmo
tempo o prazer de velar
pelos seus protegidos e
guiá-los para a Verdade.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. VIII - A Doutrina
do anjo da guarda - O
guia espiritual - Os
espíritos familiares.)
66. O Espiritismo não
condena esta doutrina,
ao contrário,
estimula-a, propaga-a e
desenvolve-a de modo que
a Fé e o Conhecimento
vivifique mais os
corações. Todos nós,
para atravessarmos esta
floresta da vida,
precisamos de um Guia,
que não nos deve perder
de vistas, e que, ao
tomarmos o corpo carnal,
prometeu-nos a sua
contínua assistência.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. VIII - A Doutrina
do anjo da guarda - O
guia espiritual - Os
espíritos familiares.)
67. A doutrina do Anjo
da Guarda é uma doutrina
de Luz e de Amor. Esta
proposição não admite
contestações entre os
espiritualistas.
Parece-nos, portanto,
claro e lógico que esse
guia seja evocado por
nós, sempre que
necessitarmos da sua
opinião para um fim
moral. (Médiuns e
Mediunidade, cap. VIII -
A Doutrina do anjo da
guarda - O guia
espiritual - Os
espíritos familiares.)
68. Contudo, como pode
ele responder às nossas
perguntas? Como poderá
nos ensinar,
instruir-nos, para que
desempenhe a tarefa a
que se propôs?
(Médiuns e Mediunidade,
cap. VIII - A Doutrina
do anjo da guarda - O
guia espiritual - Os
espíritos familiares.)
69. Está claro que o
Anjo da Guarda é um
Espírito e esse Espírito
deve forçosamente ser
mais adiantado que seu
protegido para poder
ensiná-lo, guiá-lo, e
que o faz obedecendo às
leis da mediunidade. O
Apóstolo Paulo confirma
esta verdade, e Jesus
fala do Espírito que
deveriam receber os que
nele cressem.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. VIII - A Doutrina
do anjo da guarda - O
guia espiritual - Os
espíritos familiares.)
70. A mediunidade é,
pois, a mediadora dos
ensinos do Anjo
Guardião, sendo, por
isso, indispensável o
seu desenvolvimento.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. VIII - A Doutrina
do anjo da guarda - O
guia espiritual - Os
espíritos familiares.)
71. O Espiritismo
ensina, ainda, que os
Espíritos familiares
também nos auxiliam e
protegem. Geralmente,
são eles que desenvolvem
os nossos dons, porque,
pela sua condição de
inferioridade em relação
ao Espírito Guia, estão
mais em contacto
conosco. (Médiuns e
Mediunidade, cap. VIII -
A Doutrina do anjo da
guarda - O guia
espiritual - Os
espíritos familiares.)
(Continua no próximo
número.)
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