Preocupações
exageradas
“Não queirais
entesourar para
vós tesouros na
Terra, onde a
ferrugem e a
traça os
consomem, e onde
os ladrões os
desterram e
roubam.”.
(Jesus/Mateus)
É muito natural
que a criatura
humana se
preocupe com o
futuro, alias, é
medida de
prudência zelar
para que no dia
de amanhã não
sejamos um peso
econômico para a
família ou para
a sociedade. O
que realmente a
palavra
evangélica nos
informa é a
necessidade de
se evitar as
preocupações
excessivas,
aquelas que nos
conduzem a
expectativas
angustiantes por
conquistas,
muitas vezes,
supérfluas ou
mesmo
descabidas.
Ao homem basta o
necessário, o
indispensável.
Se procurássemos
viver assim
haveria, na
sociedade, uma
melhor
distribuição de
renda, igualdade
de oportunidade
e mais chances
de realização a
todos. Mas, em
verdade, o que
observamos é a
ganância, a
avareza e o
egoísmo
residindo em
nossos corações,
fatores
desencadeantes
de grandes
quotas de
sofrimento e
dor.
Hoje, mais do
que nunca,
podemos perceber
que as
diferenças
econômicas e
sociais criam
entre pessoas e
povos situações
extremamente
embaraçosas e
conflitantes,
onde crescem a
insatisfação, a
insegurança e a
violência, sendo
que as vítimas
somos nós
mesmos.
Recomenda Jesus,
com imensa
sabedoria, que
não devemos
entesourar na
Terra, antes
sugere a riqueza
espiritual. Os
bens materiais
são efêmeros,
passageiros,
enquanto as
conquistas
espirituais são
eternas, nos
acompanhando
além da vida
física, pela
eternidade.
Façamos uso dos
recursos que a
vida física
exige, mas
evitando que
sejamos
dominados pelo
acentuado desejo
de possuir
sempre mais,
pois aquilo que
nos sobra acaba
por faltar a
outro.
E, quando não
temos mesmo o
necessário,
quando as
dificuldades
apresentadas nos
privam dos itens
básicos para
nossa
sobrevivência,
continuemos
acreditando e
buscando,
através da força
de vontade,
encontrar o
caminho que nos
permitirá o
equilíbrio.
Assim o Cristo
nos ensina, ao
informar: “Não
andeis
cuidadosos da
vossa vida, que
comereis, nem
para o vosso
corpo, que
vestirei”.
Recomendam os
ensinamentos
cristãos que a
cada dia terá o
seu cuidado,
pedindo que não
nos aflijamos
pelo dia
seguinte, sempre
enfatizando que
Deus, conhecendo
as nossas
necessidades,
providenciará
para que nada
nos falte.
Procuremos,
então, juntar
nosso tesouro no
mundo
espiritual, para
onde seguiremos
quando
completarmos
nossos dias aqui
na Terra. Existe
muito trabalho a
ser feito em
favor de
crianças
carentes,
material e
afetivamente.
Mães
desesperadas
imploram por um
pouco de comida
para seus
filhos. Pais
desempregados e
aflitos batem de
porta em porta à
procura de
trabalho. Jovens
desorientados
seguem pela vida
buscando um
referencial
digno de
comportamento
para tomarem
como exemplo.
Familiares
problemáticos
esperam nossa
compreensão e
paciência.
Idosos sem lar
esperam ações
solidárias que
visem
abrigá-los.
Doentes sem
recursos
agonizam em
leitos de dor.
Instituições
assistenciais
esperam por
trabalhos
voluntários e
muito mais.
Agindo assim,
fraternalmente,
estaremos
entesourando no
“céu”, onde a
ferrugem e a
traça não atuam
e os ladrões não
roubam. E, à
medida que nos
preocupamos em
socorrer quem
sofre, além de
esquecer os
nossos problemas
e aflições, pela
lei de
compensação,
somos também
socorridos pela
bondade divina.
Cuidemos, sim,
das coisas que
dizem respeito
ao nosso corpo
passageiro, mas
jamais olvidemos
a necessidade
urgente de zelar
pelos assuntos
relacionados com
o Espírito
eterno.