Mãe: uma dádiva
divina
Todos os dias do
ano, das nossas
vidas e da
história serão
sempre muito
pouco para
enaltecer e
homenagear as
múltiplas e
profundas
dimensões da
mulher porque,
paulatinamente,
com o decorrer
dos séculos, a
sua influência
benéfica tem
vindo a fazer-se
sentir, bem como
o desejo para
que ela se
posicione no
lugar, a que,
por mérito
próprio, tem
direito no seio
da sociedade,
sendo cada vez
mais
evidenciado,
principalmente
por todos
aqueles que, sem
preconceitos,
com toda a
humildade e
gratidão,
reconhecem a
insubstituabilidade
daquele ser
humano
maravilhoso.
A Mulher vem
assumindo, com
espírito de
tolerância,
também de
firmeza, a
posição merecida
de, em todos os
domínios, estar
ao lado do
Homem,
partilhando
valores,
sentimentos,
emoções e
funções
profissionais,
numa sociedade
muito exigente,
extremamente
competitiva,
todavia, ainda
muito dominada
por um certo
setor masculino
que, receando
perder
prerrogativas,
continua, de
forma muito
sub-reptícia,
algo velada e
envergonhada, a
conceber normas
jurídico-legais,
para controlar
os sistemas:
político,
religioso,
empresarial e
ainda familiar,
em muitos lares,
para evitar a
justa ascensão
da Mulher.
Entre as muitas
e sublimes
dimensões que a
Mulher assume na
sociedade,
provavelmente a
sua condição de
Mãe (quando
realmente o
deseja e
consegue) será,
porventura, o
seu, ou pelo
menos, um dos
seus expoentes
máximos, porque,
para além das
inúmeras
tarefas,
difíceis e,
quantas vezes,
incompreendidas,
que quase sempre
tem de
desempenhar, ela
é a única pessoa
a poder atingir
tão grande
felicidade:
gerar e dar à
luz um filho,
com sofrimento,
alegria e amor,
mas também como
resultado da sua
entrega generosa
a um homem que
igualmente ama
(ou já amou).
Impossível
igualar uma
relação tão
profunda.
Ser Mãe em toda
a sua plenitude
de Mulher,
verdadeiramente
humana, em todo
o seu esplendor,
é uma condição
que nenhum outro
ser poderá
igualar ou
substituir
porque, embora
verdade, não só
a constituição
biológica como a
sensibilidade
sentimental são
caraterísticas
que existem
genuinamente na
Mulher e, além
disso, ela
comporta uma
intuição muito
apurada para a
proteção do/s
seu/s filho/s,
tornando-se
pouco credível
que ela possa
ser substituída
a partir da
concepção e
aplicação de
leis.
Importa
refletir,
positivamente,
sobre a
importância, que
em nossos dias,
significa ter
Mãe; interessa
meditar,
profundamente,
no contributo
que a Mulher-Mãe
dá à humanidade,
no sentido da
criação,
educação e
formação que ela
proporciona aos
seus filhos, em
vista da
necessidade de
uma sociedade
equilibrada: em
princípios,
valores,
sentimentos,
emoções e
desenvolvimento
harmonioso da
pessoa humana.
Mas também é
necessário que
se valorize, se
proteja e se
conceda às
Mulheres
condições para
que elas possam
exercer o seu
papel maior, que
é ser Mãe,
porque, afinal,
a Mãe é, por um
conjunto de
qualidades,
capacidades,
virtudes,
valores e
sentimentos, o
centro da
família, a
moderadora, a
protetora, a
administradora,
a educadora, a
apaziguadora, a
única que,
paciente e
generosamente,
sabe escutar,
harmonizar
posições dos
restantes
elementos da
família,
encobrir quando
é necessário
amparar.
A família, sendo
a base e a
principal célula
da sociedade,
será tanto mais
responsável por
um mundo justo,
quanto melhor
for a preparação
dos seus
elementos
constituintes,
sendo certo que
a figura
maternal, quando
verdadeira e
humanamente
existe, é
decisiva para a
interiorização,
realização e
consolidação de
valores e boas
práticas
comunitárias,
precisamente a
partir da
intervenção
sensata e
amorosa da Mãe.
O poder
matriarcal, no
seio da família,
será um fator de
estabilidade,
uma garantia de
compreensão e
tolerância,
perante
situações
anormais
provocadas, ou
não, por algum
elemento do
agregado
familiar; será
fonte de amor,
de carinho e de
aconchego,
finalmente,
significará o
poder moderador,
conciliador e
solucionador de
conflitos. O
poder da Mãe
impõe-se pelas
suas virtudes,
valores e
sentimentos
naturais; não é
conquistado pela
força, nem pelo
divisionismo da
família, e muito
menos pela
intervenção e
intromissão de
elementos
estranhos.
Conhece-se bem o
papel da Mãe na
criação,
educação e
preparação para
a vida dos seus
filhos, pelos
quais tudo faz,
até ao limite
dos maiores
sacrifícios. A
credibilidade da
Mãe e o
reconhecimento
da sua
necessidade
formal e prática
são de tal
maneira visíveis
e aceitos que,
em grande parte
das separações
matrimoniais,
quando há
filhos, estes
são entregues à
guarda da Mãe,
naturalmente,
com algumas
exceções bem
fundamentadas.
Igualmente se
julga saber que
o abandono dos
filhos, por
parte do pai, é
muito maior do
que pela Mãe,
como também
parece um dado
adquirido que,
na maior parte
das situações,
são os avós
maternos que
apoiam a mãe na
criação e
educação dos
filhos,
podendo-se
inferir que, em
regra, os pais,
aqui reportados
aos homens, são
menos
responsáveis do
que as mães, em
muitas
situações,
designadamente:
por imaturidade,
por
egocentrismo,
por não serem
capazes de
abdicar de
certos vícios e
formas de vida.
É indiscutível
que há muitas e
boas exceções,
como também é
verdade que
existem mães que
se revelam
incapazes para
cuidar dos seus
filhos, nalguns
casos, porém,
sem terem
qualquer culpa,
porque são
surpreendidas
por homens e/ou
jovens sem
quaisquer
princípios,
valores e
sentimentos
humanos.
O exercício das
funções de Mãe,
quando assumido
em todas as suas
dimensões,
enfrentando
diferentes e
complexas
dificuldades,
revela bem a
grandeza desta
condição sublime
da Mulher-Mãe,
eminentemente
feminina, e que
por tudo isto
deveria ser mais
respeitada, mais
protegida, mais
reconhecida nos
seus direitos,
enquanto Mulher,
Cidadã e
Trabalhadora.
Não é nada fácil
ser Mãe, ainda
que a análise
parta de um
homem, na medida
em que, ao longo
da história da
humanidade, a
Mãe tem arcado
com as maiores
responsabilidades
na família e na
sociedade
porque, em
primeira
instância, é ela
que prepara
homens e
mulheres para o
mundo; é ela que
ensina as
primeiras
palavras, as
boas maneiras,
os bons hábitos.
Quem não se
sente honrado,
feliz e
abençoado por
ter a Mãe
presente, sempre
do seu lado, nas
alegrias e nas
tristezas, nos
sucessos e nos
fracassos, na
saúde e na
doença? Quantas
pessoas em
geral, e quantos
filhos, em
particular,
suspiram pela
sua Mãe, ou
porque ela
faleceu, ou
porque teve de
abandonar o lar,
por razões que
nem sempre serão
da sua exclusiva
responsabilidade?
A Mãe, em toda a
sua plenitude, é
indispensável.
Quantas vezes ao
longo da vida
recorremos à
nossa Mãe: para
nos ajudar,
material e/ou
espiritualmente;
quantas vezes
ela nos negou a
sua ajuda?
Quantas vezes
nós nos
interrogamos,
profundamente
ansiosos: Mãe,
onde estás?
Ajuda-me! Não me
abandones, Mãe!
É muito difícil
refletir ou
escrever sobre a
Mãe, em geral; e
sobre a nossa
Mãe, em
particular, sem
que os
sentimentos de
amor, de saudade
ou até de
arrependimento,
pelo que de
errado tenhamos
feito, contra a
nossa Mãe, nos
chamem à razão,
nos alertem para
a riqueza que
temos, ou
perdemos, ou
ainda que
maltratamos.
De fato, ter Mãe
é a maior
riqueza que se
pode obter neste
mundo. Quando a
nossa Mãe se nos
revela com todo
o seu amor, sem
limites, nem
julgamentos e
condenações
prévios, nem
exigências de
nenhuma natureza
e que,
simultaneamente,
nos defende, nos
elogia, nos
projeta para a
vida e para a
sociedade,
então,
consideremo-nos
as pessoas mais
felizes e mais
ricas do mundo,
porque é
impossível uma
felicidade maior
do que termos a
nossa Mãe.
Reconhecendo-se
como
insubstituíveis
as funções de
Mãe, numa
sociedade
civilizada,
defensora e
praticante dos
mais elementares
valores do amor,
da dignidade e
da felicidade, é
tempo de se
engrandecer a
Mulher, nesta
sua dimensão
ímpar,
concedendo-lhe
as condições
necessárias para
que ela tenha um
papel mais ativo
e decisivo na
formação das
mulheres e dos
homens que, num
futuro próximo,
nos vão
governar, porque
cada vez mais se
faz sentir a
necessidade de
uma sociedade
mais humana,
mais justa e
fraterna.
As Mães de todo
o mundo
transportam nos
seus ventres e
lançam para a
luz do dia
crianças que
carecem, não só
enquanto tais,
mas durante toda
a vida, dos
valores e
sentimentos que
suas mães podem
e, certamente,
lhes transmitem.
Nota-se muito
bem a diferença
de uma criança
que está sob a
proteção e amor
de sua mãe,
daquela que não
tem ou nunca
teve essa bênção
divina.
Como é triste
ouvir os choros
lancinantes de
uma criança, ou
até de um
adulto, a chamar
pela sua Mãe, a
pedir-lhe
socorro, a
pedir-lhe
comida,
agasalho,
proteção e amor.
Como estas
situações
penetram bem
fundo na
consciência de
quem sabe o que
é ter uma Mãe: o
sorriso
carinhoso da
Mulher que
primeiro se ama
na vida, a
doçura de um
beijinho, a
suavidade de uma
carícia terna e
meiga e, também
de uma
“palmadinha”
para nos chamar
a atenção das
nossas
traquinices.
Como é bom ter a
Mãe do nosso
lado, sem
condições, nem
exigências, e
sempre junto de
nós, qual
baluarte de
defesa das
nossas
fragilidades!
Como é imenso o
amor de Mãe que
pelos seus
filhos é capaz
de vencer tudo e
todos. Como é
essencial o
acompanhamento
de uma Mãe, ao
longo das nossas
vidas. Como o
mundo seria
melhor se nós
ouvíssemos os
sábios conselhos
das nossas mães,
os valores e
sentimentos que
elas nos
transmitem.
E como será bom
para uma Mãe
receber dos seus
filhos o
respeito, a
admiração, o
amor
incondicional.
E, quando
necessário, tal
Mãe poder contar
com o filho,
igualmente, do
seu lado e com
ele resolver os
problemas da
vida. Como será
gratificante
para uma Mãe
saber que o seu
filho lhe
proporcionará as
melhores
condições de
vida, que ele a
visitará
frequentemente,
ou que a terá
junto de si, se
a vida lhe
permitir,
porque, em
quaisquer
situações, a Mãe
saberá sempre
compreender o
filho e,
enquanto puder,
mesmo na
velhice, mesmo
privando-se de
bens essenciais
à sua vida e
saúde, ela, essa
Mãe extremosa e
amorosa,
continuará a
velar pela
felicidade do
seu filho e,
quantas vezes,
dos netos.
Seria muito
significativo –
e revelaria boa
formação e
sentimentos
nobres – se toda
pessoa que,
sendo detentora
de qualquer
poder,
especialmente os
líderes
políticos,
legislativos e
executivos, bem
como de todas as
atividades,
adotasse medidas
justas, humanas
e adequadas à
proteção das
famílias em
geral, e das
Mães em
particular.
Afinal, foram e
continuam a ser
elas, as nossas
Mães, aquelas
que nos ajudaram
a chegar até
onde estamos; a
elas devemos
muitos dos
nossos sucessos,
do nosso
conforto e
felicidade. Sem
as nossas Mães
do nosso lado,
sem o seu amor,
carinho,
tolerância e
auxílio,
provavelmente,
não passaríamos
de vulgares
criaturas, sem
valores,
sentimentos e,
eventualmente,
sem rumo na
vida.
Por tudo isto, e
não é nada
pouco,
governantes, que
também são
filhos, protegei
as vossas Mães,
as nossas Mães,
defendei as Mães
de todo o mundo,
porque, sem
elas, seríamos
incompletos.
Amemos as nossas
Mães.
Respeitemo-las
através do Amor,
da Doação, da
Ética, da
Gratidão, da
Lealdade e da
Honestidade. É o
mínimo dos
mínimos que por
elas podemos
fazer.
Mãe Querida,
onde quer que
estejas, um
beijo, com
imenso amor, do
teu filho.
Blog Pessoal:
http://diamantinobartolo.blogspot.com