A paz de Jesus
“Deixo-vos a
paz, a minha paz
vos dou: não
vo-la dou como o
mundo dá. Não se
turbe o vosso
coração, nem se
atemorize.” -
João, 14:27
Em tese, o homem
deseja a paz,
porém, quando
detém o poder,
promove a
guerra.
Os líderes de
massas proclamam
a união e a
concórdia,
entretanto, suas
proposições são
desagregadoras e
conflitantes com
o objetivo de
harmonia e paz.
Veem-se em todos
os lugares os
entrechoques de
opiniões
egoísticas, o
arrebatamento de
vaidades mal
dissimuladas, a
incontida
manifestação da
prepotência
aliada ao uso e
ao abuso do
direito pela
força em
detrimento da
força pelo
direito.
A humanidade
sofre, chora,
desespera-se.
Onde encontrar a
paz almejada?
O mundo move-se
na efervescência
de disputas
ambiciosas,
agita-se num
torvelinho de
interesses
escusos e de
paixões
aviltantes.
Muitos dos que
poderiam trazer
a tranquilidade
e a esperança de
um futuro melhor
inoculam na alma
do homem o vírus
da dúvida ou o
veneno do temor,
apontando dois
absurdos
extremos como os
pontos finais da
jornada do homem
aqui, na Terra:
1.) um céu
beato, maçante,
de perenal
ociosidade e de
infindo estado
contemplativo,
incompatível com
o Criador que
jamais se fez
ocioso.
Observemos o
ensinamento de
Jesus contido no
Evangelho de
João, capítulo
5, v. 17: “Meu
Pai trabalha até
agora, e eu
trabalho
também”;
2.) um
inferno em
perpétua
ebulição, de
suplícios
eternos,
diametralmente
oposto ao bom
senso, antítese
da bondade e da
justiça de
Deus.
Nada obstante, o
homem pode
alcançar a paz,
não a paz
fantasiosa que o
mundo oferece,
mas a paz de
consciência do
dever cumprido,
a paz de
espírito daquele
que busca no
Evangelho o
roteiro seguro,
a paz de quem
tem Jesus como
modelo e que,
reconhecendo-se
em erro,
esforça-se para
corrigir-se.
A Doutrina
Espírita
mostra-nos que,
por meio das
vidas
sucessivas, das
múltiplas
experiências nos
mais diversos
estágios
evolutivos, Deus
– AMOR, BONDADE
e JUSTIÇA
infinitos –
dá-nos sempre
novas
oportunidades
para chegarmos à
condição de
Espíritos puros,
o que não é
possível
alcançarmos em
uma única
encarnação.