Damos sequência ao
estudo metódico e sequencial do livro
Médiuns e Mediunidade,
de autoria de
Cairbar Schutel,
publicado originalmente
em 1923 pela Casa
Editora O Clarim, de
Matão (SP). O estudo
basear-se-á na 7ª edição
da obra, publicada em
1977.
Questões preliminares
A. De todos os meios de
comunicação, qual é o
mais simples e mais
cômodo?
É a escrita manual, que
é também o meio mais
completo. É para essa
modalidade mediúnica que
devemos convergir todos
os esforços, porque ela
permite estabelecer
relações com os
Espíritos, tão seguidas
e regulares como as há
entre nós; tanto mais
que é por meio dela que
os Espíritos revelam
melhor a sua natureza,
grande perfeição ou
inferioridade.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XI - Médiuns
escreventes ou
psicógrafos.)
B. Para obter bons
resultados por meio da
mediunidade, quais devem
ser os cuidados?
Coisa importante a
observar é a calma e o
recolhimento, juntos ao
desejo ardente e a firme
vontade de ser bem
sucedido. Além disso, as
experiências devem ser
feitas em nome de Deus,
rogando por meio da
prece a permissão
indispensável ao êxito
da tarefa. (Obra
citada, cap. XI -
Médiuns escreventes ou
psicógrafos.)
C. O conhecimento d´O
Livro dos Médiuns é
importante aos que se
dedicam às experiências
no campo da mediunidade?
Sim. Todas as pessoas,
materialistas ou
espiritualistas,
precisam entender que
para o bom êxito dos
seus esforços é
importante estudar O
Livro dos Médiuns,
de Allan Kardec, a fim
de, com mais segurança,
prosseguirem nas suas
experiências. (Obra
citada, cap. XII -
Considerações sobre a
oração e sobre a crença
- Necessidade da
experimentação.)
Texto para leitura
89. De todos os meios de
comunicação, a escrita
manual é a mais simples
e cômoda, e, sobretudo,
a mais completa. É para
esta que devem convergir
todos os esforços porque
ela permite estabelecer
relações com os
Espíritos, tão seguidas
e regulares como as há
entre nós; tanto mais
que é por meio dela que
os Espíritos revelam
melhor a sua natureza,
grande perfeição ou
inferioridade. Pela
facilidade que têm de se
exprimir, dão-nos a
conhecer os seus
pensamentos íntimos e
colocam-nos no caso de
os julgar e apreciar
como realmente são.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XI - Médiuns
escreventes ou
psicógrafos.)
90. A faculdade de
escrever, no médium, é
além disso a mais
suscetível de se
desenvolver pelo
exercício. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XI -
Médiuns escreventes ou
psicógrafos.)
91. O processo para
escrever é dos mais
simples, como dissemos.
Consiste unicamente em
pegar-se um lápis e
colocar-se na posição de
quem vai escrever, sobre
uma folha de papel.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XI - Médiuns
escreventes ou
psicógrafos.)
92. Convém arredar tudo
o que possa evitar o
movimento da mão; é
mesmo preferível que
esta não esteja apoiada
no papel. A ponta do
lápis deve ficar
suficientemente
encostada para traçar,
mas de modo que não
ofereça resistência.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XI - Médiuns
escreventes ou
psicógrafos.)
93. O primeiro indício
de uma predisposição
para escrever é uma
espécie de tremor no
braço e na mão, que
pouco a pouco é
arrastada por um impulso
irresistível. Certos
médiuns escrevem
correntemente e com
facilidade logo ao
começar, às vezes mesmo
desde a primeira sessão,
o que, porém, é muito
raro; outros por muito
tempo fazem traços e
verdadeiros exercícios
caligráficos. Os
Espíritos dizem que é
para lhes desenvolver a
mão. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XI -
Médiuns escreventes ou
psicógrafos.)
94. Se esses exercícios
se prolongam por muito
tempo e não passam de
traços, deve-se
abandonar esse gênero de
mediunidade. (Médiuns
e Mediunidade, cap. XI -
Médiuns escreventes ou
psicógrafos.)
95. Coisa importante a
observar é a calma e o
recolhimento, juntos ao
desejo ardente e a firme
vontade de ser bem
sucedido. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XI -
Médiuns escreventes ou
psicógrafos.)
96. Geralmente é um só
Espírito que desenvolve
o médium, até que este
esteja preparado para se
comunicar com outro
Espírito. O seu papel é
o de um professor que
deixa de ser útil quando
o discípulo é bastante
hábil. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XI -
Médiuns escreventes ou
psicógrafos.)
97. Estas experiências
devem ser feitas, por um
determinado tempo, em
dias e horas certas e
pelo espaço de tempo de
meia hora, mais ou
menos, para cada sessão.
(Médiuns e
Mediunidade, cap. XI -
Médiuns escreventes ou
psicógrafos.)
98. Sobre as fórmulas
para invocação nenhuma é
preferida, mas as
espíritas, que são
crentes em Deus, devem
fazer suas experiências
em nome de Deus. Por
exemplo, a seguinte
prece preenche, quando
dita com o coração, o
cumprimento do dever
para com o Pai Celeste:
"Rogo a Deus Todo
Poderoso permitir que
meu Anjo da Guarda se
comunique comigo, ou um
dos meus Espíritas
familiares, sob a
direção do meu Anjo da
Guarda, e me faça
escrever". (Médiuns e
Mediunidade, cap. XI -
Médiuns escreventes ou
psicógrafos.)
99. O materialista, o
ateu, sem dúvida
blasonará da nossa
doutrina; mas não
importa, todas as novas
verdades têm sofrido o
repúdio e o sarcasmo dos
ignorantes. (Médiuns
e Mediunidade, cap. XII
- Considerações sobre a
oração e sobre a crença
- Necessidade da
experimentação.)
100. O Espiritismo é
tolerante, não exige uma
crença cega, e para os
que não creem nos
poderes superiores, não
os obriga mesmo a
solicitar auxilio desses
poderes. O Espiritismo é
que dá a crença; a sua
missão é exclusivamente
essa. Por isso os
descrentes, até que se
convençam da
sobrevivência humana,
ficam excluídos da
obrigação da oração, do
dever da prece: basta
que façam as suas
experiências nos limites
da civilidade e se
compenetrem de que são
estudantes e não
mestres. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XII -
Considerações sobre a
oração e sobre a crença
- Necessidade da
experimentação.)
101. Os materialistas,
tanto quanto os
espiritualistas,
precisam, porém, não se
esquecer de que para o
bom êxito dos seus
esforços, dada que seja
a primeira prova de
mediunidade, devem
estudar O Livro dos
Médiuns, de Allan
Kardec, a fim de, com
mais segurança,
prosseguirem nas suas
experiências.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XII - Considerações
sobre a oração e sobre a
crença - Necessidade da
experimentação.)
102. Já dissemos que o
nosso fim é despertar
inteligências, por isso
não publicamos mais que
um pálido resumo de tão
importante obra. No
decurso das nossas
experiências com a
mesinha tivemos a
felicidade de ver o
nosso médium de
tiptologia, convertido
em médium escrevente, o
que muito concorreu para
facilitar os nossos
estudos e firmar em nós
a crença na
imortalidade,
convencendo-nos da
possibilidade de se
poderem os Espíritos
comunicar com os
viventes, tais eram as
provas surpreendentes
que nos assoberbavam.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XII - Considerações
sobre a oração e sobre a
crença - Necessidade da
experimentação.)
103. Nosso grupo, de 6 a
8 pessoas, reunia-se aos
sábados, aparecendo logo
depois mais dois médiuns
escreventes, que se
desenvolveram com a
maior facilidade. Mas,
durante a semana,
estudávamos para
prevenir os insucessos e
desenvolver, por nossa
vez, o dom do
discernimento dos
Espíritos, que também é
uma das formas de
mediunidade, segundo
afirma o Apóstolo Paulo
em sua Epístola aos
Coríntios, que já
citamos. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XII -
Considerações sobre a
oração e sobre a crença
- Necessidade da
experimentação.)
(Continua no próximo
número.)
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