Conduta Espírita
André Luiz
(Parte
10)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Conduta
Espírita, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelo
médium Waldo Vieira e
publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Cabem, dentro de um
centro espírita bem
orientado, palestras e
discussões de natureza
política?
Não.
Segundo André Luiz, o
espírita deve repelir
acordos políticos e não
comerciar com o voto dos
companheiros de Ideal,
sobre quem a sua palavra
ou cooperação possam
exercer alguma
influência. De igual
forma, cabe-lhe também
impedir que se realizem
palestras e discussões
de ordem política nas
sedes das instituições
doutrinárias, jamais
olvidando que o serviço
de evangelização é a
tarefa essencial da Casa
espírita. (Conduta
Espírita, cap. 10.)
B. Com relação ao uso da
tribuna doutrinária em
uma Casa espírita, qual
a recomendação de André
Luiz?
Segundo ele, deve a
instituição espírita
oferecer a tribuna
doutrinária apenas a
pessoas conhecidas dos
irmãos dirigentes da
Casa, para não
acumpliciar-se,
inadvertidamente, com
pregações de princípios
estranhos aos postulados
espíritas. Quem
se ilumina, recebe a
responsabilidade de
preservar a luz.
(Conduta Espírita, cap.
11.)
C. Devemos evitar na
Casa espírita angariar
donativos por meio de
coletas, peditórios ou
vendas de tômbolas?
Sim.
Tal prática não se
coaduna com as
finalidades espíritas e
pode, além disso, ser
tomada à conta de
pagamento por
benefícios. A pureza da
prática da Doutrina
Espírita deve ser
preservada a todo custo.
(Conduta Espírita,
cap. 11.)
Texto para leitura
89.
Nos embates políticos
– Nos itens abaixo estão
reproduzidos os
conselhos dados por
André Luiz com
referência à conduta
espírita nos chamados
embates políticos.
(Conduta Espírita, cap.
10.)
90.
Situar em posição clara
e definida as aspirações
sociais e os ideais
espíritas cristãos, sem
confundir os interesses
de César com os deveres
para com o Senhor. Só o
Espírito possui
eternidade. (Conduta
Espírita, cap. 10.)
91.
Distanciar-se do
partidarismo extremado.
Paixão em campo, sombra
em torno. (Conduta
Espírita, cap. 10.)
92.
Em nenhuma oportunidade,
transformar a tribuna
espírita em palanque de
propaganda política, nem
mesmo com sutilezas
comovedoras em nome da
caridade. O
despistamento favorece a
dominação do mal.
(Conduta Espírita, cap.
10.)
93.
Cumprir os deveres de
cidadão e eleitor,
escolhendo os candidatos
aos postos eletivos,
segundo os ditames da
própria consciência,
sem, contudo, enlear-se
nas malhas do fanatismo
de grei. O discernimento
é caminho para o acerto.
(Conduta Espírita, cap.
10.)
94.
Repelir acordos
políticos que, com o
empenho da consciência
individual, pretextem
defender os princípios
doutrinários ou aliciar
prestígio social para a
Doutrina, em troca de
votos ou solidariedade a
partidos e candidatos. O
Espiritismo não pactua
com interesses puramente
terrenos. (Conduta
Espírita, cap. 10.)
95.
Não comerciar com o voto
dos companheiros de
Ideal, sobre quem a sua
palavra ou cooperação
possam exercer alguma
influência. A fé nunca
será produto para o
mercado humano.
(Conduta Espírita, cap.
10.)
96.
Por nenhum pretexto,
condenar aqueles que se
acham investidos com
responsabilidades
administrativas de
interesse público, mas
sim orar em favor deles,
a fim de que se
desincumbam
satisfatoriamente dos
compromissos assumidos.
Para que o bem se faça,
é preciso que o auxílio
da prece se contraponha
ao látego da crítica.
(Conduta Espírita, cap.
10.)
97.
Impedir palestras e
discussões de ordem
política nas sedes das
instituições
doutrinárias, não
olvidando que o serviço
de evangelização é
tarefa essencial. A
rigor, não há
representantes oficiais
do Espiritismo em setor
algum da política
humana. (Conduta
Espírita, cap. 10.)
98.
Jesus asseverou: “Nenhum
servo pode servir a dois
senhores”. (Lucas,
16:13.)
99.
No templo – Nos
tópicos seguintes
registramos as
recomendações dadas por
André Luiz no tocante à
conduta espírita no
recinto do templo.
(Conduta Espírita, cap.
11.)
100.
Entrar pontualmente no
templo espírita para
tomar parte das
reuniões, sem provocar
alarido ou perturbações.
O templo é local
previamente escolhido
para encontro com as
Forças Superiores.
(Conduta Espírita, cap.
11.)
101.
Dedicar a melhor atenção
aos doutrinadores, sem
conversação, bocejo ou
tosse bulhenta, para que
seja mantido o justo
respeito ao lar da
oração. Os atos da
criatura revelam-lhe os
propósitos. (Conduta
Espírita, cap. 11.)
102.
Evitar aplausos e
manifestações outras, as
quais, apesar de
interpretarem atitudes
sinceras, por vezes
geram desentendimentos e
desequilíbrios vários. O
silêncio favorece a
ordem.(Conduta
Espírita, cap. 11.)
103.
Com espontaneidade,
privar-se dos primeiros
lugares no auditório,
reservando-os para
visitantes e pessoas
fisicamente menos
capazes. O exemplo do
bem começa nos gestos
pequeninos. (Conduta
Espírita, cap. 11.)
104.
Coibir-se de evocar a
presença de determinada
entidade, no curso das
sessões, aceitando, sem
exigência, os ditames da
Esfera Superior no que
tange ao bem geral. A
harmonia dos pensamentos
condiciona a paz e o
progresso de todos.
(Conduta Espírita, cap.
11.)
105.
Acostumar-se a não
confundir preguiça ou
timidez com humildade,
abraçando os encargos
que lhe couberem, com
desassombro e valor. A
disposição de servir,
por si só, já simplifica
os obstáculos.
(Conduta Espírita, cap.
11.)
106.
Desaprovar a conservação
de retratos, quadros,
legendas ou quaisquer
objetos que possam ser
tidos na conta de
apetrechos para ritual,
tão usados em diversos
meios religiosos. Os
aparatos exteriores têm
cristalizado a fé em
todas as civilizações
terrenas. (Conduta
Espírita, cap. 11.)
107.
Oferecer a tribuna
doutrinária apenas a
pessoas conhecidas dos
irmãos dirigentes da
Casa, para não
acumpliciar-se,
inadvertidamente, com
pregações de princípios
estranhos aos postulados
espíritas. Quem
se ilumina, recebe a
responsabilidade de
preservar a luz.
(Conduta Espírita, cap.
11.)
108.
Nas reuniões
doutrinárias, jamais
angariar donativos por
meio de coletas,
peditórios ou vendas de
tômbolas(1),
à vista dos
inconvenientes que
apresentam, de vez que
tais expedientes podem
ser tomados à conta de
pagamento por
benefícios. A pureza da
prática da Doutrina
Espírita deve ser
preservada a todo custo.
(Conduta Espírita, cap.
11.)
109.
Fechando o cap. 11,
André Luiz reproduziu
uma informação
atribuída, segundo
Mateus, a Jesus de
Nazaré: “Porque onde
estiverem dois ou três
reunidos em meu nome, aí
estou eu no meio deles”.
(Mateus, 18:20.)
(Continua no próximo
número.)
(1)
Tômbola: espécie de loto
em que é preciso
completar um cartão para
ganhar; jogo de azar que
consiste em impelir, por
meio de uma manivela,
uma esfera de marfim
sobre um tabuleiro com
várias cavidades de
cores diferentes,
ganhando o jogador que
tiver previamente
escolhido a cor
sorteada; (Bras.)
espécie de loteria, de
sociedade para fins
beneficentes, com
prêmios não em dinheiro,
mas em objetos.