Conta Cezar Carneiro de
Souza, em seu livro
“Encontros com Chico Xavier”
(Editora e Livraria do
Centro Espírita Aurélio
Agostinho, Uberaba, MG) o
interessante caso:
Registramos este caso,
ocorrido, altas horas da
madrugada, no costumeiro
bate-papo evangélico na
cozinha da Comunhão
Espírita-Cristã.
Cavalheiro maduro, um tanto
sisudo, aparentando, pela
fraseologia com que se
exprimia, singular interesse
por assuntos de ordem
científica, postando-se ao
lado do Chico, interpela-o
sobre nosso ego, a origem do
espírito e do Universo, com
suas galáxias, e tantas
coisas mais, ainda
inabordáveis pela ciência
humana.
Com a fisionomia enigmática,
o Chico aguardou que aquele
senhor completasse suas
indagações e, respeitoso,
assim se expressou:
– Nesta encarnação, meu
compromisso é com o
Evangelho de Jesus e o
Espiritismo... O que mais me
interessa mesmo é a parte
moral.
Meditou instantes rápidos e
concluiu:
– Não vou me aprofundar em
Ciências, porque, se
avançamos meio metro numa
direção, deparamos com o
infinito; avançamos mais um
metro noutra direção e
divisamos novamente o
infinito.
Dito isto, calou-se.
Notamos que o distinto
cavalheiro, desapontado, se
recolheu, pensativo, sem
estímulo para continuar
perguntando.
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