AYLTON PAIVA
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Lins, SP (Brasil)
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Responsabilidade
e amor para com
a sociedade
“Fazei aos
homens tudo o
que queirais que
eles vos façam,
pois é nisto que
consistem a lei
e os profetas.”
(Mateus,
7:12)
Comentando essa
afirmação de
Jesus, Allan
Kardec elucida:
“Amar o
próximo como a
si mesmo: fazer
pelos outros o
que quereríamos
que os outros
fizessem por nós
é a expressão
mais completa da
caridade, porque
resume todos os
deveres do homem
para com o
próximo. Não
podemos
encontrar guia
mais seguro, a
tal respeito,
que tomar para
padrão, do que
devemos fazer
aos outros,
aquilo que para
nós desejamos.
Com esse direito
exigiríamos dos
nossos
semelhantes
melhor proceder,
mais
indulgência,
mais
benevolência e
devotamento para
conosco, do que
os temos para
com eles? A
prática dessas
máximas tende à
destruição do
egoísmo. Quando
as adotarem para
regra de conduta
e para base de
suas
instituições, os
homens
compreenderão a
verdadeira
fraternidade e
farão que entre
eles reinem a
paz e a justiça.
Não mais haverá
ódios, nem
dissensões, mas
tão somente
união, concórdia
e benevolência
mútua”. (O
Evangelho
segundo o
Espiritismo,
cap. XI, itens 2
e 4, Allan
Kardec, ed.
FEB.)
Neste
significativo
momento da
sociedade
brasileira é
relevante que
apliquemos a
exortação de
Jesus e os
esclarecimentos
de Allan Kardec
para sopesarmos
a nossa
responsabilidade
e capacidade de
amar o povo
brasileiro,
procurando da
melhor maneira
possível
escolher entre
os dois cidadãos
concorrentes ao
cargo eletivo de
Presidente da
República do
Brasil.
Todos nós
desejamos o
melhor governo a
fim de que a
vida dos
brasileiros,
principalmente
dos mais
carentes,
continue a
melhorar.
É necessário que
profunda
reflexão
aclare-nos a
importância dos
princípios da
justiça e da
solidariedade
que no seio da
sociedade
brasileira sejam
exigidos da
parte dos
dirigentes
públicos, seja
no Poder
Legislativo
quanto no
Executivo.
É muito comum
homens públicos
postulando
cargos
apresentarem-se
como grandes
realizadores em
suas esferas de
atribuições e
competências.
Alguns chegam a
se vangloriar da
honestidade.
Ora, eles são
eleitos para
gerirem bem e
com honestidade
as coisas
públicas. Devem
administrar com
propriedade as
esferas de
atuação,
conforme
atribuições dos
cargos. A
eficiência,
nesses casos,
não deve ser
motivo para
autoelogio ou
autopromoção,
porém
simplesmente o
cumprimento do
dever no
exercício dos
cargos que já
assumiram ou
irão assumir.
Esse amor à
coletividade
impõe-nos, como
cidadãos, a
alfabetização
política ou a
conscientização
de nossos
direitos e
deveres no
exercício da
cidadania.
Quanto mais
formos cidadãos
conscientes,
honestos, sérios
e responsáveis,
melhor faremos o
julgamento do
candidato ao
cargo político
quando ele
pleiteá-lo.
Nossa sociedade
não será mais
justa, solidária
e fraterna com o
aparecimento de
“pessoas
messiânicas” que
surgem
facilmente à
época dos
pleitos,
contudo, haverá
esse
aperfeiçoamento
com a
participação de
todos os
cidadãos. Não só
no ato da
escolha, porém,
e sobretudo, no
acompanhamento
dos atos desses
agentes
públicos, sejam
legisladores ou
executores.
Por consequência,
o aprimoramento
da sociedade
depende da
melhoria
consciencial
política dos
cidadãos que
deverão saber
escolher os seus
representantes
nos cargos
eletivos e se
prepararem
individual e
coletivamente
para exigir com
eficácia que
eles cumpram os
seus deveres;
que nada mais
farão do que
executar as
tarefas que
pretenderam
assumir.
Sintamos, pois,
que a cidadania
é grave
responsabilidade
para ser
exercida,sendo
mesmo um ato de
amor ao próximo
e à
coletividade.