Damos sequência ao
estudo metódico e sequencial do livro
Médiuns e Mediunidade,
de autoria de
Cairbar Schutel,
publicado originalmente
em 1923 pela Casa
Editora O Clarim, de
Matão (SP). O estudo
basear-se-á na 7ª edição
da obra, publicada em
1977.
Questões preliminares
A. Quanto à consciência
que o médium tem com
relação à mensagem
psicografada, como se
classificam os médiuns
psicógrafos?
São eles mecânicos,
semimecânicos ou
intuitivos. O médium
mecânico não tem
consciência alguma do
que escreve. O médium
semimecânico tem
consciência instantânea
das palavras ou das
frases à medida que
escreve. Os médiuns
intuitivos são aqueles
com quem os Espíritos se
comunicam pelo
pensamento e cuja mão é
guiada pela vontade.
Estes médiuns são muito
comuns, mas estão
sujeitos a erros, porque
às vezes não podem
discernir o que provém
dos Espíritos e o que
deles vem. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XIII -
Médiuns escreventes:
mecânico, intuitivo,
polígrafo, iletrado,
poliglota.)
B. Qual é a diferença
entre médium polígrafo e
médium poliglota?
Médium polígrafo é
aquele cuja escrita muda
conforme o Espírito que
se comunica, ou que é
apto para reproduzir a
escrita que o Espírito
tinha quando encarnado.
Médium poliglota é o que
tem a faculdade de
escrever ou de falar em
idiomas que ignora, mas
são raríssimos.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XIII - Médiuns
escreventes: mecânico,
intuitivo, polígrafo,
iletrado, poliglota.)
C. O desenvolvimento e o
exercício da mediunidade
oferecem perigo?
Não. Pensamos que não há
perigo no
desenvolvimento e
exercício da
mediunidade, desde que
se não faça mau uso
desse dom e que dele se
utilize com critério. Se
o uso da mediunidade não
oferece perigo, o abuso
é, sim, perigoso. Temos,
pois, de evitá-lo
sempre. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XIV -
Perigos da mediunidade -
Fé e assistência
espírita - A prática da
virtude.)
Texto para leitura
104. No decorrer das
experiências o
experimentador
verificará qual a
mediunidade que se
desenvolve: se é médium
mecânico, semimecânico
ou intuitivo, polígrafo,
iletrado ou poliglota.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XIII - Médiuns
escreventes: mecânico,
intuitivo, polígrafo,
iletrado, poliglota.)
105. Médium mecânico: é
aquele cuja mão recebe
uma impulsão
involuntária e que não
tem consciência alguma
do que escreve. Estes
médiuns são raros.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XIII - Médiuns
escreventes: mecânico,
intuitivo, polígrafo,
iletrado, poliglota.)
106. Médium semimecânico:
é aquele cuja mão anda
involuntariamente, mas
que tem consciência
instantânea das palavras
ou das frases à medida
que escreve. São os mais
comuns. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XIII -
Médiuns escreventes:
mecânico, intuitivo,
polígrafo, iletrado,
poliglota.)
107. Médiuns intuitivos:
são aqueles com quem os
Espíritos se comunicam
pelo pensamento e cuja
mão é guiada pela
vontade. Diferem dos
médiuns inspirados
porque estes últimos não
necessitam de escrever,
ao passo que o médium
intuitivo escreve o
pensamento que é
sugerido
instantaneamente a
respeito de um assunto
determinado e provocado.
Estes médiuns são muito
comuns, mas estão muito
sujeitos a erros, porque
às vezes não podem
discernir o que provém
dos Espíritos e o que
deles vem. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XIII -
Médiuns escreventes:
mecânico, intuitivo,
polígrafo, iletrado,
poliglota.)
108. Médium polígrafo: é
aquele cuja escrita muda
conforme o Espírito que
se comunica; ou que é
apto para reproduzir a
escrita que o Espírito
tinha quando encarnado.
O primeiro caso é muito
comum; o segundo, o da
identidade da escrita é
mais raro. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XIII -
Médiuns escreventes:
mecânico, intuitivo,
polígrafo, iletrado,
poliglota.)
109. Médium iletrado:
escreve como médium, sem
saber ler nem escrever.
(Médiuns e
Mediunidade, cap. XIII -
Médiuns escreventes:
mecânico, intuitivo,
polígrafo, iletrado,
poliglota.)
110. Médium poliglota: é
o que tem a faculdade de
escrever ou de falar em
idiomas que ignora. São
raríssimos. (Médiuns
e Mediunidade, cap. XIII
- Médiuns escreventes:
mecânico, intuitivo,
polígrafo, iletrado,
poliglota.)
111. Dissemos que a
mediunidade mecânica é
rara, e por isso mesmo
interessantíssima.
Stainton Moses foi um
grande médium mecânico.
É assim que por muito
tempo ele sustentava
discussões com Espíritos
que escreviam pelo seu
braço; enquanto ele lia
um livro qualquer.
Infelizmente não tivemos
ainda a felicidade de
encontrar um médium
mecânico escrevente. Já
trabalhamos com um
médium mecânico-falante,
que fez parte do nosso
núcleo. Encontramos
também médiuns iletrados
escreventes. (Médiuns
e Mediunidade, cap. XIII
- Médiuns escreventes:
mecânico, intuitivo,
polígrafo, iletrado,
poliglota.)
112. Uma senhora, com
quem experimentamos uma
vez, e que por sinal era
muito incrédula, a ponto
de julgar que tudo
findava com a morte, nos
veio pedir uma sessão,
em que ela própria
serviu de médium por
insistência nossa. Era
nosso intuito cultivar
essa médium, que se
poderia desenvolver
muito bem, mas foram
tais as caraminholas que
lhe puseram na cabeça,
que nunca mais voltou à
nossa casa! (Médiuns
e Mediunidade, cap. XIII
- Médiuns escreventes:
mecânico, intuitivo,
polígrafo, iletrado,
poliglota.)
113. Outra, sempre
atarefada com serviços
domésticos, não quis
dispor de uma hora todos
os dias para o
desenvolvimento do seu
dom e exercício de sua
missão. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XIII -
Médiuns escreventes:
mecânico, intuitivo,
polígrafo, iletrado,
poliglota.)
114. Temos encontrado
diversos médiuns
semimecânicos. Nesta
mediunidade, embora
tenha o médium
consciência do que
escreve, à medida que
vai escrevendo sente
andar involuntariamente
a sua mão. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XIII -
Médiuns escreventes:
mecânico, intuitivo,
polígrafo, iletrado,
poliglota.)
115. Estes médiuns fazem
narrações de fatos que
lhes são inteiramente
desconhecidos e, quando
bem desenvolvidos,
prestam ótimo serviço à
causa da imortalidade.
Com estes intermediários
dos Espíritos temos
obtido muitas provas de
identidade de
comunicantes invisíveis.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XIII - Médiuns
escreventes: mecânico,
intuitivo, polígrafo,
iletrado, poliglota.)
116. No núcleo espírita
que frequentamos, nunca
observamos um só caso de
obsessão ou desarranjo
mental, nem tampouco
desequilíbrios de
médiuns, pois, na
verdade, não nos tem
faltado ótima
assistência espiritual.
Além disso, acresce que
aqueles com quem
realizamos as nossas
experiências, honra lhes
seja feita, eram pessoas
humildes, simples, de
bons sentimentos e
crentes em Jesus. Isto
vem confirmar as
palavras do Mestre:
aquele que crer em mim,
será salvo. (Médiuns
e Mediunidade, cap. XIV
- Perigos da mediunidade
- Fé e assistência
espírita - A prática da
virtude.)
117. Pensamos que não há
perigo no
desenvolvimento e
exercício da
mediunidade, desde que
se não faça mau uso
desse dom, e que dele se
utilize com critério. Um
médium desenvolvido
torna-se um aparelho
pronto para funcionar;
mas existe como que uma
chave que abre e fecha o
aparelho; é o próprio
médium que,
utilizando-se de sua
liberdade e de sua
vontade, pode ou não
consentir que o seu
instrumento seja
utilizado por outro.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XIV - Perigos da
mediunidade - Fé e
assistência espírita - A
prática da virtude.)
118. Aqui admiramos
ainda a Providência
Divina, cujas leis
sábias não excluem por
forma alguma o
livre-arbítrio do homem,
que é sempre respeitado.
Não se diga, portanto,
que o médium
desenvolvido está
sujeito à obsessão,
porque tem o seu
aparelho pronto para
funcionar. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XIV -
Perigos da mediunidade -
Fé e assistência
espírita - A prática da
virtude.)
119. Os maiores físicos
e químicos possuem as
melhores balanças de
precisão e instrumentos
de mais perfeição para
uso de seus trabalhos, e
estão menos sujeitos a
vê-los prejudicados do
que o taverneiro, cuja
balança ronceira vive
desprezada no balcão.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XIV - Perigos da
mediunidade - Fé e
assistência espírita - A
prática da virtude.)
120. O uso da
mediunidade não oferece
perigo; o abuso, sim, é
perigoso. O ácido
sulfúrico dá excelente
limonada febrífuga, mas,
se for ingerida em dose
alta, é veneno. Tudo
precisa ser bem
aplicado: o próprio
alimento com que nos
alimentamos, tomado em
excesso, produz
indigestão. O querosene
é combustível útil, mas
incendeia; o ácido
nítrico tem utilidade
extraordinária; a
glicerina não só tem
diversas aplicações
terapêuticas, como
também é boa substância
alimentícia; mas o ácido
nítrico com a glicerina
forma substância
explosiva. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XIV -
Perigos da mediunidade -
Fé e assistência
espírita - A prática da
virtude.)
121. Desde que as
intenções do leitor
sejam boas, os estudos
sejam feitos com atenção
e se dirija com
critério, tome sem medo
o lápis, chame seu
Espírito Protetor,
implore a proteção de
Deus, e verá que se
desenvolverá sua
mediunidade.
Primeiramente um ligeiro
tremor, depois algumas
contrações no braço,
depois ainda um pequeno
adormecimento, e
manifestar-se-á sua
mediunidade escrevente,
e a sua mão será
arrastada com o lápis.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XIV - Perigos da
mediunidade - Fé e
assistência espírita - A
prática da virtude.)
122. Faça esse exercício
pelo espaço de meia
hora; todos os dias ou
três vezes por semana.
Findo o tempo
determinado de cada
experiência, deixe o
lápis e agradeça a Deus
o auxilio que lhe
concedeu. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XIV -
Perigos da mediunidade -
Fé e assistência
espírita - A prática da
virtude.)
123. Verificada a
mediunidade, pode também
o estudante dirigir-se a
um espírita prático,
pois hoje os há em toda
parte, e, com ele, fazer
suas experiências.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XIV - Perigos da
mediunidade - Fé e
assistência espírita - A
prática da virtude.)
124. É importante
lembrar que a prática
das virtudes é um
excelente preservativo
contra a influência dos
Espíritos inferiores.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XIV - Perigos da
mediunidade - Fé e
assistência espírita - A
prática da virtude.) (Continua no próximo
número.)
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