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Clássicos do Espiritismo
Ano 9 - N° 430 - 6 de Setembro de 2015
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Médiuns e Mediunidade

Cairbar Schutel

(Parte 7) 

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Médiuns e Mediunidade, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1923 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP). O estudo basear-se-á na 7ª edição da obra, publicada em 1977.

Questões preliminares 

A. Quanto à consciência que o médium tem com relação à mensagem psicografada, como se classificam os médiuns psicógrafos?

São eles mecânicos, semimecânicos ou intuitivos. O médium mecânico não tem consciência alguma do que escreve. O médium semimecânico tem consciência instantânea das palavras ou das frases à medida que escreve. Os médiuns intuitivos são aqueles com quem os Espíritos se comunicam pelo pensamento e cuja mão é guiada pela vontade. Estes médiuns são muito comuns, mas estão sujeitos a erros, porque às vezes não podem discernir o que provém dos Espíritos e o que deles vem. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIII - Médiuns escreventes: mecânico, intuitivo, polígrafo, iletrado, poliglota.)

B. Qual é a diferença entre médium polígrafo e médium poliglota?

Médium polígrafo é aquele cuja escrita muda conforme o Espírito que se comunica, ou que é apto para reproduzir a escrita que o Espírito tinha quando encarnado. Médium poliglota é o que tem a faculdade de escrever ou de falar em idiomas que ignora, mas são raríssimos. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIII - Médiuns escreventes: mecânico, intuitivo, polígrafo, iletrado, poliglota.)

C. O desenvolvimento e o exercício da mediunidade oferecem perigo?

Não. Pensamos que não há perigo no desenvolvimento e exercício da mediunidade, desde que se não faça mau uso desse dom e que dele se utilize com critério. Se o uso da mediunidade não oferece perigo, o abuso é, sim, perigoso. Temos, pois, de evitá-lo sempre. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIV - Perigos da mediunidade - Fé e assistência espírita - A prática da virtude.) 

Texto para leitura 

104. No decorrer das experiências o experimentador verificará qual a mediunidade que se desenvolve: se é médium mecânico, semimecânico ou intuitivo, polígrafo, iletrado ou poliglota. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIII - Médiuns escreventes: mecânico, intuitivo, polígrafo, iletrado, poliglota.)

105. Médium mecânico: é aquele cuja mão recebe uma impulsão involuntária e que não tem consciência alguma do que escreve. Estes médiuns são raros. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIII - Médiuns escreventes: mecânico, intuitivo, polígrafo, iletrado, poliglota.)

106. Médium semimecânico: é aquele cuja mão anda involuntariamente, mas que tem consciência instantânea das palavras ou das frases à medida que escreve. São os mais comuns. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIII - Médiuns escreventes: mecânico, intuitivo, polígrafo, iletrado, poliglota.)

107. Médiuns intuitivos: são aqueles com quem os Espíritos se comunicam pelo pensamento e cuja mão é guiada pela vontade. Diferem dos médiuns inspirados porque estes últimos não necessitam de escrever, ao passo que o médium intuitivo escreve o pensamento que é sugerido instantaneamente a respeito de um assunto determinado e provocado. Estes médiuns são muito comuns, mas estão muito sujeitos a erros, porque às vezes não podem discernir o que provém dos Espíritos e o que deles vem. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIII - Médiuns escreventes: mecânico, intuitivo, polígrafo, iletrado, poliglota.)

108. Médium polígrafo: é aquele cuja escrita muda conforme o Espírito que se comunica; ou que é apto para reproduzir a escrita que o Espírito tinha quando encarnado. O primeiro caso é muito comum; o segundo, o da identidade da escrita é mais raro. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIII - Médiuns escreventes: mecânico, intuitivo, polígrafo, iletrado, poliglota.)

109. Médium iletrado: escreve como médium, sem saber ler nem escrever. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIII - Médiuns escreventes: mecânico, intuitivo, polígrafo, iletrado, poliglota.)

110. Médium poliglota: é o que tem a faculdade de escrever ou de falar em idiomas que ignora. São raríssimos. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIII - Médiuns escreventes: mecânico, intuitivo, polígrafo, iletrado, poliglota.)

111. Dissemos que a mediunidade mecânica é rara, e por isso mesmo interessantíssima. Stainton Moses foi um grande médium mecânico. É assim que por muito tempo ele sustentava discussões com Espíritos que escreviam pelo seu braço; enquanto ele lia um livro qualquer. Infelizmente não tivemos ainda a felicidade de encontrar um médium mecânico escrevente. Já trabalhamos com um médium mecânico-falante, que fez parte do nosso núcleo. Encontramos também médiuns iletrados escreventes. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIII - Médiuns escreventes: mecânico, intuitivo, polígrafo, iletrado, poliglota.)

112. Uma senhora, com quem experimentamos uma vez, e que por sinal era muito incrédula, a ponto de julgar que tudo findava com a morte, nos veio pedir uma sessão, em que ela própria serviu de médium por insistência nossa. Era nosso intuito cultivar essa médium, que se poderia desenvolver muito bem, mas foram tais as caraminholas que lhe puseram na cabeça, que nunca mais voltou à nossa casa! (Médiuns e Mediunidade, cap. XIII - Médiuns escreventes: mecânico, intuitivo, polígrafo, iletrado, poliglota.)

113. Outra, sempre atarefada com serviços domésticos, não quis dispor de uma hora todos os dias para o desenvolvimento do seu dom e exercício de sua missão. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIII - Médiuns escreventes: mecânico, intuitivo, polígrafo, iletrado, poliglota.)

114. Temos encontrado diversos médiuns semimecânicos. Nesta mediunidade, embora tenha o médium consciência do que escreve, à medida que vai escrevendo sente andar involuntariamente a sua mão. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIII - Médiuns escreventes: mecânico, intuitivo, polígrafo, iletrado, poliglota.)

115. Estes médiuns fazem narrações de fatos que lhes são inteiramente desconhecidos e, quando bem desenvolvidos, prestam ótimo serviço à causa da imortalidade. Com estes intermediários dos Espíritos temos obtido muitas provas de identidade de comunicantes invisíveis. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIII - Médiuns escreventes: mecânico, intuitivo, polígrafo, iletrado, poliglota.)

116. No núcleo espírita que frequentamos, nunca observamos um só caso de obsessão ou desarranjo mental, nem tampouco desequilíbrios de médiuns, pois, na verdade, não nos tem faltado ótima assistência espiritual. Além disso, acresce que aqueles com quem realizamos as nossas experiências, honra lhes seja feita, eram pessoas humildes, simples, de bons sentimentos e crentes em Jesus. Isto vem confirmar as palavras do Mestre: aquele que crer em mim, será salvo. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIV - Perigos da mediunidade - Fé e assistência espírita - A prática da virtude.)

117. Pensamos que não há perigo no desenvolvimento e exercício da mediunidade, desde que se não faça mau uso desse dom, e que dele se utilize com critério. Um médium desenvolvido torna-se um aparelho pronto para funcionar; mas existe como que uma chave que abre e fecha o aparelho; é o próprio médium que, utilizando-se de sua liberdade e de sua vontade, pode ou não consentir que o seu instrumento seja utilizado por outro. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIV - Perigos da mediunidade - Fé e assistência espírita - A prática da virtude.)

118. Aqui admiramos ainda a Providência Divina, cujas leis sábias não excluem por forma alguma o livre-arbítrio do homem, que é sempre respeitado. Não se diga, portanto, que o médium desenvolvido está sujeito à obsessão, porque tem o seu aparelho pronto para funcionar. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIV - Perigos da mediunidade - Fé e assistência espírita - A prática da virtude.)

119. Os maiores físicos e químicos possuem as melhores balanças de precisão e instrumentos de mais perfeição para uso de seus trabalhos, e estão menos sujeitos a vê-los prejudicados do que o taverneiro, cuja balança ronceira vive desprezada no balcão. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIV - Perigos da mediunidade - Fé e assistência espírita - A prática da virtude.)

120. O uso da mediunidade não oferece perigo; o abuso, sim, é perigoso. O ácido sulfúrico dá excelente limonada febrífuga, mas, se for ingerida em dose alta, é veneno. Tudo precisa ser bem aplicado: o próprio alimento com que nos alimentamos, tomado em excesso, produz indigestão. O querosene é combustível útil, mas incendeia; o ácido nítrico tem utilidade extraordinária; a glicerina não só tem diversas aplicações terapêuticas, como também é boa substância alimentícia; mas o ácido nítrico com a glicerina forma substância explosiva. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIV - Perigos da mediunidade - Fé e assistência espírita - A prática da virtude.)

121. Desde que as intenções do leitor sejam boas, os estudos sejam feitos com atenção e se dirija com critério, tome sem medo o lápis, chame seu Espírito Protetor, implore a proteção de Deus, e verá que se desenvolverá sua mediunidade. Primeiramente um ligeiro tremor, depois algumas contrações no braço, depois ainda um pequeno adormecimento, e manifestar-se-á sua mediunidade escrevente, e a sua mão será arrastada com o lápis. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIV - Perigos da mediunidade - Fé e assistência espírita - A prática da virtude.)

122. Faça esse exercício pelo espaço de meia hora; todos os dias ou três vezes por semana. Findo o tempo determinado de cada experiência, deixe o lápis e agradeça a Deus o auxilio que lhe concedeu. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIV - Perigos da mediunidade - Fé e assistência espírita - A prática da virtude.)

123. Verificada a mediunidade, pode também o estudante dirigir-se a um espírita prático, pois hoje os há em toda parte, e, com ele, fazer suas experiências. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIV - Perigos da mediunidade - Fé e assistência espírita - A prática da virtude.)

124. É importante lembrar que a prática das virtudes é um excelente preservativo contra a influência dos Espíritos inferiores. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIV - Perigos da mediunidade - Fé e assistência espírita - A prática da virtude.)  (Continua no próximo número.) 




 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita