Conduta Espírita
André Luiz
(Parte
11)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Conduta
Espírita, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelo
médium Waldo Vieira e
publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Na relação entre a
Casa espírita e as
organizações políticas,
que nos recomenda André
Luiz?
André Luiz é, nesse
sentido, categórico:
seja qual for o
pretexto, nunca devemos
permitir que as
instituições espíritas
venham a depender
econômica, moral ou
juridicamente de pessoa
ou organização meramente
política, de modo a
evitar que sejam
prejudicadas em sua
liberdade de ação e em
seu caráter impessoal. A
obra espírita cristã não
se compadece com
qualquer cativeiro.
(Conduta Espírita, cap.
12.)
B. No vocabulário
espírita, cabem as
palavras sorte, acaso e
milagre?
Não
cabem. Devemos usar com
prudência ou substituir
toda expressão verbal
que indique costumes,
práticas, ideias
políticas, sociais ou
religiosas, contrárias
ao pensamento espírita,
quais sejam sorte,
acaso, sobrenatural,
milagre e outras,
preferindo-se, em
qualquer circunstância,
o uso da terminologia
doutrinária pura.
(Conduta Espírita, cap.
13.)
C. Qual é, no tocante à
divulgação da doutrina
espírita, a principal
propaganda?
A
propaganda principal é
aquela desenvolvida
pelos nossos próprios
atos, através da
exemplificação eloquente
de nossa reforma íntima,
nos padrões do
Evangelho. Quanto ao
proselitismo de ocasião,
a doutrina espírita o
dispensa. (Conduta
Espírita, cap. 13.)
Texto para leitura
110.
Na obra assistencial
– Pelo menos uma vez por
semana, cumprir o dever
de dedicar-se à
assistência, em favor
dos irmãos menos
felizes, visitando e
distribuindo auxílios a
enfermos e lares menos
aquinhoados. Quem ajuda
hoje, amanhã será
ajudado. (Conduta
Espírita, cap. 12.)
111.
Prestar serviço
espiritual e material
nas casas assistenciais
de internação coletiva,
sem perceber
remunerações e sem criar
constrangimento às
pessoas auxiliadas. Só
impõe restrições ao bem
quem se acomoda com o
mal. (Conduta
Espírita, cap. 12.)
112.
Na casa assistencial de
caráter espírita,
alimentar a simplicidade
doutrinária, desistindo
da exibição de quaisquer
objetos, construções ou
medidas que expressem
supérfluo ou luxo. O
conforto excessivo
humilha as criaturas
menos afortunadas.
(Conduta Espírita, cap.
12.)
113.
Viver em familiaridade
respeitosa com todos,
desde o servo menor até
o dirigente mais
responsável e
categorizado, nos lares
e escolas, hospitais e
postos de socorro
fraterno. A humildade
assegura a visita
contínua dos Emissários
do Senhor. (Conduta
Espírita, cap. 12.)
114.
Jamais reter,
inutilmente, os excessos
no guarda-roupa e na
despensa, objetos sem
uso e reservas
financeiras que podem
estar em movimento nos
serviços assistenciais.
Não há bens produtivos
em regime de estagnação.
(Conduta Espírita, cap.
12.)
115.
Converter em socorro ou
utilidades, para os
menos felizes, relíquias
e presentes, joias e
lembranças afetivas de
familiares e amigos
desencarnados, ciente de
que os valores materiais
sem proveito, mantidos
em nome daqueles que já
partiram, representam
para eles amargo peso na
consciência. Posse
inútil, grilhão mental.
(Conduta Espírita, cap.
12.)
116.
Seja qual for o
pretexto, nunca permitir
que as instituições
espíritas venham a
depender econômica,
moral ou juridicamente
de pessoa ou organização
meramente política, de
modo a evitar que sejam
prejudicadas em sua
liberdade de ação e em
seu caráter impessoal. A
obra espírita cristã não
se compadece com
qualquer cativeiro.
(Conduta Espírita, cap.
12.)
117.
Sempre que os movimentos
doutrinários, em
particular os de
assistência social,
envolvam a aceitação de
muitos donativos,
apresentar
periodicamente os
quadros estatísticos dos
recebimentos e
distribuições, como
satisfação justa e
necessária aos
cooperadores. O desejo
de acertar aumenta o
crédito de confiança.
(Conduta Espírita, cap.
12.)
118.
Organizar a diretoria e
o corpo administrativo
das instituições
assistenciais
exclusivamente com
aqueles companheiros que
se eximam de perceber
ordenados, laborando
apenas com finalidade
cristã, gratuitamente. O
trabalho desinteressado
sustenta a dignidade e o
respeito nas boas obras.
(Conduta Espírita, cap.
12.)
119.
Paulo escreveu aos
Colossenses: “E quanto
fizerdes, por palavras
ou por obras, fazei tudo
em nome do Senhor Jesus,
dando a Ele graças a
Deus, o Pai.” (Colossenses,
3:17.)
120.
Na propaganda –
Escudar-se na humildade
constante, ao
desenvolver qualquer
atividade de propaganda
doutrinária, evitando
alarde, sensacionalismo,
demonstrações
publicitárias
pretensiosas ou métodos
de ação suscetíveis de
perturbar a
tranquilidade pública.
Sem orientação segura,
não há propaganda
produtiva. (Conduta
Espírita, cap. 13.)
121.
Com critério e
temperança, estender a
propaganda libertadora
dos postulados espíritas
até ao recesso das
penitenciárias e das
colônias de isolamento
sanitário, sem depreciar
crenças ou sentimentos.
Os mais doentes requerem
maior ajuda. (Conduta
Espírita, cap. 13.)
122.
Incentivar o intercâmbio
fraterno entre as
pessoas e as
organizações
doutrinárias, através de
cartas e publicações,
livros e mensagens,
visitas e certames
especializados, buscando
a unificação das tarefas
e o esclarecimento
comum. A permuta de
experiências equilibra o
progresso geral.
(Conduta Espírita, cap.
13.)
123.
Pelo rádio ou pela
imprensa leiga, não se
estender demasiadamente,
a fim de não afastar o
aprendiz incipiente. A
Doutrina deve ser
ministrada em pequenas
porções. (Conduta
Espírita, cap. 13.)
124.
Para não se desviar das
finalidades espíritas,
selecionar, com
ponderação e bom senso,
os meios usados na
propaganda, mormente
aqueles que se
relacionem com
atividades comerciais ou
mundanas. Torna-se
inútil a elevação dos
objetivos, sempre que
haja rebaixamento moral
nos meios. (Conduta
Espírita, cap. 13.)
125.
Usar com prudência ou
substituir toda
expressão verbal que
indique costumes,
práticas, ideias
políticas, sociais ou
religiosas, contrárias
ao pensamento espírita,
quais sejam sorte,
acaso, sobrenatural,
milagre e outras,
preferindo-se, em
qualquer circunstância,
o uso da terminologia
doutrinária pura. Uma
palavra inadequada pode
macular a bandeira mais
nobre. (Conduta
Espírita, cap. 13.)
126.
Arredar de si qualquer
ansiedade, no tocante à
modificação rápida do
ponto de vista dos
companheiros. A fé
significa um prêmio da
experiência. (Conduta
Espírita, cap. 13.)
127.
Conquanto precisemos
batalhar incansavelmente
no esclarecimento geral,
usando processos justos
e honestos, não esquecer
que a propaganda
principal é sempre
aquela desenvolvida
pelos próprios atos da
criatura, através da
exemplificação eloquente
de nossa reforma íntima,
nos padrões do
Evangelho. A Doutrina
Espírita prescinde do
proselitismo de ocasião.
(Conduta Espírita, cap.
13.)
128.
Fechando o cap. 13,
André Luiz reproduziu
uma informação atribuída
a João Batista: “É
necessário que Ele
cresça e que eu
diminua.” (João,
3:30.) (Continua no próximo
número.)