FELINTO ELÍZIO
DUARTE CAMPELO
felintoelizio@gmail.com
Maceió, Alagoas
(Brasil)
|
|
Casamento
O casamento é
uma tradição
adotada por
todos os povos
desde a mais
remota
antiguidade.
O ato de
consorciarem-se
duas pessoas de
sexos opostos
sempre se deu
por livre união,
pelas mais
diversas
formalidades
civis ou
diferentes
cerimônias e
rituais
religiosos,
variando
conforme a
época, o país, a
crença.
Todos os dias,
jovens
enamorados
unem-se pelos
liames afetivos.
Querem eles que
seja um enlace
duradouro, pleno
de felicidade.
Um casamento
estável,
independentemente
de haver sido
oficializado ou
não, lastreia-se
no amor puro,
sincero, leal,
diferente da
paixão
desvairada que
se esvai quando
satisfeito o
desejo.
Rapazes e moças
casadoiras não
se iludam com a
lenda de almas
gêmeas. Elas são
apenas Espíritos
afins,
estagiando no
mesmo grau de
desenvolvimento,
sujeitos às
vicissitudes que
a vida material
oferece. São
individualidades
diferentes,
independentes,
com pensamentos
próprios.
A vida de
casados não é só
lua de mel, não
é só poesia, não
é um mar de
rosas ou um lago
azul de águas
plácidas,
cristalinas,
transparentes
como cantam e
decantam os
poetas e
romancistas; por
vezes as rosas
tendem a se
descolorirem,
murcharem, as
águas turvam-se,
encapelam-se. A
vida a dois é um
laboratório de
experiências
onde, ao calor
do cadinho, se
devem purificar
aqueles que
optarem pelo
matrimônio.
Por isso mesmo,
creiam que,
sozinho, o amor
não é capaz de
consolidar um
casamento. Há
outros
componentes
imprescindíveis
para tornar uma
união sólida,
durável ou mesmo
perpétua.
São ingredientes
tais como um
pouco de paixão
moderada,
humildade,
compreensão,
tolerância,
paciência,
renúncia.
Aos cônjuges
cabe aprenderem
a renunciar a
determinado
costume e gostos
a bem da
harmonia
doméstica; devem
eles exercitar a
paciência para
eliminar áreas
de atrito
desgastantes;
necessitam da
tolerância que
releva faltas e
omissões para
manter uma
convivência
sadia, sem
rusgas; carecem
de muita
compreensão para
administrarem
diferenças sem
quebra da
tranquilidade e
da paz no lar;
precisam ser
humildes para
reconhecerem
suas próprias
limitações e
aceitarem as do
seu parceiro,
abafando a
vaidade,
recalcando o
orgulho,
extirpando a
prepotência,
sentimentos
inferiores tão
comuns aos seres
humanos; é
importante
manterem acesa a
chama da paixão
recíproca que
sustenta a
atração física e
dá equilíbrio ao
relacionamento
íntimo,
dissipador
natural das
tensões
provocadas pela
vida moderna.
A condição
humana nos faz
dependentes de
bens materiais e
a pouca evolução
espiritual nos
leva à busca
incessante do
deleite em
sensações
físicas.
A vida a dois
envolve nuanças
às vezes
esquecidas. À
esposa não basta
ser apenas “a
esposa”, é
preciso ser
mulher, viver o
lado feminino;
ao esposo não é
lícito ser
somente “o
esposo”, é
essencial ser
marido atuante
que participa,
interage,
ampara, sabe
manter viva a
chama da paixão
que aquece o
coração e estar
presente tanto
nas horas de
alegria como nos
momentos de
tristeza.
Por fim,
queremos falar
aos jovens que,
lembrando o
Evangelho de
Jesus, em
Mateus, 26:41:
não olvidem o
ensinamento
“VIGIAI E ORAI”.
A oração é o elo
luminoso entre
criatura e
Criador, além do
que nos
condiciona a
vigiar para que
aquela paixão, a
humildade, a
compreensão, a
tolerância, a
paciência e a
renúncia não
sejam exauridas
e permaneçam
vivas como
sustentáculo do
remanescente
amor que nunca
deverá ser
esvaecido.