Entenda o que
aconteceu
com o
Cristianismo!
Desde
os primeiros
relatos dos
evangelistas até
os dias de hoje,
a história do
cristianismo
apresentou uma
série de fatos
altamente
significativos,
cuja compreensão
permite o
desenvolvimento
de análises
doutrinárias com
base na
realidade:
1) Até o ano de
70 d.C.,
Jerusalém
centralizava a
liderança, passando
posteriormente
para Roma até o
fim do século
I.
2) Do ano de 270
até o ano 370,
não existiam
altares nas
igrejas; a
partir daí, com
recursos
“extraídos” dos
fiéis, foram
criados os
altares cada vez
mais suntuosos.
3) No ano de 400
d.C., foi
instituído o
sinal da cruz ao
invés do peixe,
alterando um
símbolo por
outro que
expressava mais
a questão física
e o sofrimento
material do que
a essência
espiritual dos
ensinamentos.
4) Em 500 d.C.,
“criou-se” o
purgatório.
5) Em 553 d.C.,
o 2º Concílio de
Constantinopla
condenou as
opiniões de
Orígenes,
reencarnacionista
e grande teólogo
cristão, bem
como as ideias
palingenésicas
(vidas
sucessivas) dos
gnósticos. Esta
atitude da
Igreja levou a
reações tais
como a do
cardeal Nicolau
de Cusa que
sustentou, em
pleno Vaticano,
a pluralidade
das vidas e dos
mundos
habitados, com a
concordância do
Papa Eugênio IV
(1431-1447).
Havia, e houve
sempre, esse
interesse em
sepultar o
conhecimento da
reencarnação;
então, ao invés
de uma concepção
simples e clara
do destino,
passou a ser
necessária a
criação de
dogmas que
lançaram a
obscuridade
sobre os
problemas da
vida, revoltando
a razão e afastando
o homem lúcido
de Deus.
O 2° Concílio de
Constantinopla,
ao condenar a
doutrina da
reencarnação,
considerou-a
heresia.
Passou-se,
então, a
perseguir seus
adeptos com uma
ferocidade
inigualável.
Curiosamente não
estava o Papa presente
no Concílio. Aliás,
aproveitando a
oportunidade,
lembramos que,
com a
justificativa da
ausência papal,
poderá a Igreja
voltar
atrás quando
quiser.
6) Valorização
crescente do
símbolo da Cruz
que era o
símbolo do
sofrimento
físico do
Cristo. Em
função da
necessidade do
domínio e
exercício de
autoridade sobre
os fiéis, houve
uma crescente
valorização do
sofrimento, ao
invés do estudo
da filosofia
cristã.
7) Em 609 d.C.,
foi criado o
culto à virgem
Maria e
a invocação dos
“Santos”.
8) Em 610, o
papado foi
oficialmente
estabelecido
pelo imperador
Focas, que
outorgou a
Bonifácio o
título de Bispo
Universal.
9) Em 787,
estabeleceu-se o
culto ou devoção
às imagens, à
cruz e às
relíquias.
10) Em 998,
criou-se a festa
de “Todos os
Santos” e a de
“Finados”.
11) Em 1054, os
gregos
insatisfeitos
com algumas
posturas da
igreja, criam a
Igreja Ortodoxa
Grega.
12) Em 1074,
estabeleceu-se o
celibato
clerical, um
verdadeiro
atentado à
natureza humana, gerando
inúmeros
sacrifícios,
sofrimentos e
desvios de
religiosos
sinceros.
13) Em 1200,
inventa-se o
rosário!
14) Em 1215
cria-se a
confissão
auricular, ao
contrário dos
tempos
apostólicos que
era pública (o
que evitava a
reincidência do
“pecado”). Sem
dúvida, a maior
vítima passou a
ser a mulher
piedosa e
sensível.
Submeteu-se a
longos
interrogatórios
íntimos, diante
de um homem
solteiro, muitas
vezes
traumatizado por
um celibato mal
resolvido pelo
seu psiquismo.
Lançam-se de
joelhos as
mulheres,
crentes de
estarem na
frente do
representante de
Deus, aos pés de
um homem
cheio das mesmas
(ou maiores)
fraquezas, na
enganosa
suposição de que
o sacerdote é a
representação da
divindade...E
daí...
15) Em 1264,
institui-se a
festa “Sagrado
Coração de
Jesus” e também
a do “Santíssimo
Sacramento”.
16) Em 1311,
aparece a oração
da Ave Maria (Santa
Maria, mãe de
Deus, ao invés
de mãe de Jesus).
17) Em 1414,
inicia-se a
institucionalização
da Hóstia, ou
Eucaristia. Sob
as aparências de
pão e vinho há o
“milagre”, sob
alegação de
estes
ingredientes
conterem o
corpo, o sangue,
a alma e a
divindade de
Jesus Cristo,
fenômeno que se
renovaria em
todas as missas.
18) Em 1517,
Martinho Lutero
reage contra os
desvios do
Cristianismo
original e cria
o cisma
protestante.
19) Em 1529,
organiza-se a
Igreja
Luterana.
20) Em 1533,
surge a Igreja
Anglicana
Episcopal,
instituída por
Henrique VIII.
21) Em 1536, com
Calvino, surge a
Igreja
Presbiteriana da
França.
22) Em 1560,
temos a Igreja
presbiteriana
escocesa com as
famosas
pregações de
John Knox.
23) Em 1606, na
Holanda, aparece
a Igreja Batista
de John Smith.
24) Em 1612, com
Thomas Helwys,
surge também a
Igreja Batista.
25) Em 1739, com
John e Charles
Wesley, cria-se
a Igreja
metodista na
Inglaterra.
26) Em 1830,
surge o dogma da Imaculada
Conceição.
27) Em 1870, já
com a autoridade
bastante em
descrédito, e
tendo sofrido
inúmeros cismas,
a Igreja, não
mais chamada de
Cristã, mas de
Católica
Apostólica
Romana, resolve decretar
que o Papa era
infalível, e
assim, num
esforço, deter o
poder absoluto e
inquestionável
do papa sobre
seus fiéis. O
papa Pio IX
promulgou o
decreto da
infalibilidade
papal. O
referido decreto assinala
a decadência e a
ausência de
autoridade do
Vaticano, em
face da evolução
científica,
filosófica e
religiosa da
humanidade.
Curiosamente, a
Igreja que nunca
atribuiu um
título real à
figura do Cristo
(desnecessário),
assim que viu
desmoronar o
trono de
absolutismo, com
vitórias da
República e do
direito em todos
os países
desenvolvidos,
criou a imagem
do Cristo-Rei
para o ápice dos
seus altares.
As fogueiras da
Inquisição, que
imolaram
inúmeros corpos,
não conseguiram
reduzir às
cinzas as ideias
genuinamente
cristãs. O
conceito da
reencarnação,
respaldado por
Jesus, ressurgiu
depois em
diversos
movimentos como,
por exemplo,
através da
doutrina
espírita.
Notas do Autor:
Com referências
às datas:
1) No item 4 -
sobre a data de
"criação" do
Purgatório, em
"O Céu e o
Inferno" de A.
Kardec, Cap. V,
temos que “O
Evangelho não
faz menção
alguma do
purgatório, que
só foi admitido
pela Igreja no
ano de 593" (por
Gregório I),
diferente da data
citada.
2) No item 13 é
citado o ano de
1200 como o da
invenção do
rosário, mas uma
outra fonte
("Documentário
Secreto do
Vaticano", de
Josué B.
Paulino) traz
como autor do
rosário Pedro, o
ermitão, em
1090.
3) No item 14 é
citado o ano de
1215 para o
início da
confissão
auricular. Da
mesma fonte
anterior,
extraio a data
de 758 d.C. para
a criação da
confissão
auricular pelas
ordens
religiosas do
Oriente.
4) Onde é citada
a oração da "Ave
Maria",
complemento que
foi em 1317, por
ordem de João
XXII: todos são
obrigados a
rezar a "Ave
Maria".
5) no item 16 é
citado o ano de
1414 para a
instituição da
hóstia. Em
"História dos
Concílios
Ecumênicos", de
Giuseppe
Alberigo,
tenho que a
hóstia foi
criação do
Concílio de
Trento, entre os
anos de 1545 e
1563.
6) No item 26, é
citado o ano de
1830 para o
dogma da
imaculada
Conceição
(concepção), mas
de acordo com a
fonte citada
anteriormente,
p.368, rodapé,
foi no ano de
1854, pelo Papa
Pio IX.
Agradecemos a
contribuição do
estudioso José Ricardo Basílio da
Cunha – SP, com
referência
às seis notas
acima.
Ricardo Di
Bernardi é
médico
homeopata.