Damos sequência ao
estudo metódico e sequencial do livro
Médiuns e Mediunidade,
de autoria de
Cairbar Schutel,
publicado originalmente
em 1923 pela Casa
Editora O Clarim, de
Matão (SP). O estudo
basear-se-á na 7ª edição
da obra, publicada em
1977.
Questões preliminares
A. O meio exerce
influência na produção
dos fenômenos
mediúnicos?
Sim. As condições e o
meio têm uma influência
considerável na produção
do fenômeno. E um fato
sabido é que somente os
Espíritos Guias conhecem
bem os fenômenos que se
podem produzir em certos
meios e em certas
condições.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XV - Orientação aos
descrentes -
Contribuição para
espiritualistas - Lei
Espírita - Causa do
insucesso nas
invocações.)
B. Por que é tão
difícil, às vezes,
comunicar-nos com um
parente ou um amigo?
Vários podem ser os
motivos. Eis um deles:
devido à lei de
afinidade e de
assimilação de fluidos,
pode ser que o parente
ou o amigo não consiga
assimilar seus fluidos
aos do médium utilizado
na experiência. Outro
motivo: em face de uma
ocupação no Mundo
Espiritual, ele não pode
vir até nós. No Mundo
Espiritual os Espíritos
têm seus afazeres, sua
missão, seu trabalho,
sendo possível que, em
casos assim, o parente
ou o amigo não possa
afastar-se do seu
compromisso para
comparecer à hora em que
o chamamos. Aqui mesmo
na Terra, entre os
encarnados, dá-se a
mesma coisa.
(Obra citada, cap. XV -
Orientação aos
descrentes -
Contribuição para
espiritualistas - Lei
Espírita - Causa do
insucesso nas
invocações.)
C. Qual é o mecanismo da
comunicação no caso da
mediunidade intuitiva?
Já vimos que médiuns
intuitivos são aqueles
com quem os Espíritos se
comunicam pelo
pensamento e cuja mão é
guiada pela vontade do
próprio médium. A
mediunidade intuitiva
tem, pois, a sua base na
transmissão do
pensamento. Neste caso é
um Espírito desencarnado
que transmite o
pensamento que o médium
escreve. O Espírito não
atua, pois, sobre a mão
para fazê-la escrever;
dela não se apodera, não
a encaminha; atua sobre
a alma; a alma dirige,
pelo cérebro e nervos, a
mão, e a mão dirige o
lápis. O médium sente
necessidade imperiosa de
escrever, mas tem plena
consciência do que
escreve.
(Obra citada, cap. XVI -
Mediunidade intuitiva
escrevente - Um exemplo
edificante.)
Texto para leitura
125. É indispensável que
todos se compenetrem de
que os fenômenos
espíritas obedecem a uma
Lei que não pode ser
burlada. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XV -
Orientação aos
descrentes -
Contribuição para
espiritualistas - Lei
Espírita - Causa do
insucesso nas
invocações.)
126. Para todas as
coisas é preciso
observar as regras, a
influência do meio, os
modos de se obter o que
se deseja. Também as
grandes verdades estão
por sua vez submetidas a
leis irrevogáveis, que o
homem precisa estudar.
(Obra citada, cap. XV
- Orientação aos
descrentes -
Contribuição para
espiritualistas - Lei
Espírita - Causa do
insucesso nas
invocações.)
127. Todos os juízos
apriorísticos devem ser
postos à margem em face
de uma ocorrência
desconhecida. O fato de
não crermos numa coisa
não destrói
absolutamente a
existência daquilo que
julgamos não existir.
(Obra citada, cap. XV -
Orientação aos
descrentes -
Contribuição para
espiritualistas - Lei
Espírita - Causa do
insucesso nas
invocações.)
128. As condições e o
meio têm uma influência
considerável na produção
do fenômeno; só os
Espíritos Guias conhecem
bem os fenômenos que se
podem produzir em certos
meios e em certas
condições. (Obra
citada, cap. XV -
Orientação aos
descrentes -
Contribuição para
espiritualistas - Lei
Espírita - Causa do
insucesso nas
invocações.)
129. A mesma coisa se dá
com as evocações:
evocamos um parente, um
amigo, e se apresenta um
desconhecido! Por que
assim acontece? É porque
o parente ou o amigo não
pode atender, seja
devido à lei de
assimilação de fluidos,
seja porque uma ocupação
no Mundo Espiritual
impediu seu
comparecimento à
reunião, ou por outros
motivos ainda ignorados
por nós. Todos no Mundo
Espiritual têm seus
afazeres, sua missão,
seu trabalho, sendo
possível que o parente
ou o amigo não possa
comparecer à hora em que
o chamamos. Aqui mesmo
na Terra, entre os
encarnados, dá-se a
mesma coisa. (Obra
citada, cap. XV -
Orientação aos
descrentes -
Contribuição para
espiritualistas - Lei
Espírita - Causa do
insucesso nas
invocações.)
130. Dissemos já sobre a
Lei de afinidades: é bem
possível também, em tais
casos, que o Espírito
evocado não possa
assimilar seus fluidos
aos do médium evocador,
ou este aos do Espírito.
(Obra citada, cap. XV -
Orientação aos
descrentes -
Contribuição para
espiritualistas - Lei
Espírita - Causa do
insucesso nas
invocações.)
131. Não pertencemos ao
número dos que evitam o
fenômeno espírita e se
abstêm das relações com
os Espíritos, mas, ao
contrário, aconselhamos
a todos que
experimentem, estudem,
para poderem prosseguir
suas relações
espirituais com os que
indevidamente chamamos
mortos. (Obra citada,
cap. XV - Orientação aos
descrentes -
Contribuição para
espiritualistas - Lei
Espírita - Causa do
insucesso nas
invocações.)
132. Como nos dói a alma
ao sabermos de uma casa
assombrada e sobre a
qual em seguida se diz:
lá compareceram os
espíritas e cessaram as
manifestações! Não seria
mais lógico, mais
racional, mais religioso
que os espíritas, após a
verificação da
autenticidade do
fenômeno, estimulassem a
intensificação do fato,
para que todos pudessem
verificá-lo, e
expusessem, então, aos
circunstantes, a sublime
Filosofia Espírita, que
tem mesmo como base
esses fenômenos?
(Obra citada, cap. XV -
Orientação aos
descrentes -
Contribuição para
espiritualistas - Lei
Espírita - Causa do
insucesso nas
invocações.)
133. O estudo, o
trabalho e a boa vontade
são, como se vê,
indispensáveis à
obtenção dos
conhecimentos espíritas.
(Obra citada, cap. XV -
Orientação aos
descrentes -
Contribuição para
espiritualistas - Lei
Espírita - Causa do
insucesso nas
invocações.)
134. Já vimos que
médiuns intuitivos são
aqueles com quem os
Espíritos se comunicam
pelo pensamento e cuja
mão é guiada pela
vontade do próprio
médium. A mediunidade
intuitiva tem, pois, a
sua base na transmissão
do pensamento. Neste
caso é um Espírito
desencarnado que
transmite o pensamento
que o médium escreve.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XVI - Mediunidade
intuitiva escrevente -
Um exemplo edificante.)
135. O Espírito não
atua, pois, sobre a mão
para fazê-la escrever;
dela não se apodera, não
a encaminha; atua sobre
a alma; a alma dirige,
pelo cérebro e nervos, a
mão, e a mão dirige o
lápis. O médium sente
necessidade imperiosa de
escrever, mas tem plena
consciência do que
escreve. (Obra
citada, cap. XVI -
Mediunidade intuitiva
escrevente - Um exemplo
edificante.)
136. Nesta forma de
mediunidade convém,
entretanto, haver muito
discernimento, para
distinguir o pensamento
do médium do pensamento
do espírito. Não há
dúvida de que é muito
difícil fazer esta
distinção. (Obra
citada, cap. XVI -
Mediunidade intuitiva
escrevente - Um exemplo
edificante.)
137. Contudo, pode-se
reconhecer o pensamento
sugerido, por não ser
preconcebido: ele nasce
à medida que se escreve,
e, muitas vezes, é
contrário à ideia que se
havia formulado
precedentemente e pode
ir mesmo além da
capacidade e dos
conhecimentos do médium.
(Obra citada, cap. XVI -
Mediunidade intuitiva
escrevente - Um exemplo
edificante.)
138. É a mediunidade
mais comum que existe; e
se todos procurassem
desenvolvê-la, a
telepatia daria um passo
gigantesco, deixando os
homens maravilhados com
a facilidade de
comunicação com que o
Supremo Criador dotou
seus filhos. (Obra
citada, cap. XVI -
Mediunidade intuitiva
escrevente - Um exemplo
edificante.)
139. Temos assistido a
experiências
extraordinárias com o
auxílio de médiuns
intuitivos escreventes,
faculdade que nos parece
ser a preferida pelos
Espíritos doutos para a
transmissão de mensagens
literárias, científicas
etc. (Obra citada,
cap. XVI - Mediunidade
intuitiva escrevente -
Um exemplo edificante.)
140. Vamos citar um
exemplo desta
interessante faculdade:
Certo dia estava em
nossa casa um nosso
amigo, médium e médico.
Nesse tempo já não
duvidávamos da
veracidade das
comunicações e da
manifestação dos
Espíritos, mas,
instintivamente,
desconfiávamos dos
médiuns. (Obra
citada, cap. XVI -
Mediunidade intuitiva
escrevente - Um exemplo
edificante.)
141. Estávamos ambos
conversando em nosso
escritório quando
bateram à porta. Fui
atender. Era um homem
que me viera chamar para
ver sua mulher que,
dizia ele, "estava com
muita febre
inflamatória",
proveniente dum
abscesso. Prometi ao
consulente chegar a sua
casa meia hora depois, e
ele retirou-se. (Obra
citada, cap. XVI -
Mediunidade intuitiva
escrevente - Um exemplo
edificante.)
142. Súbito, porém,
lembrei-me da
mediunidade do meu amigo
e propus-lhe uma
experiência, ao que ele
acedeu de boa vontade. –
Estou pronto, disse-me o
doutor, mas você não
pense em mim, desvie
daqui o seu pensamento;
do contrário, ser-me-á
fácil confundir a
comunicação que receber
com a sua opinião sobre
a doente. (Obra
citada, cap. XVI -
Mediunidade intuitiva
escrevente - Um exemplo
edificante.)
143. Daí a cinco minutos
o meu amigo começa a
escrever, e em três ou
quatro minutos termina a
comunicação, concebida,
mais ou menos, nos
seguintes termos:
"Examine a região do
fígado, pois a doente
tem este órgão afetado;
ela tem vômitos biliosos
e a febre provém de
afecção hepática.
Dê-lhe: Mistura salina
simples 180 g, Sulfato
de magnésia 10 g, 1
colher de sopa de hora
em hora. A comunicação
trazia a assinatura:
"Dr. Winther." (Obra
citada, cap. XVI -
Mediunidade intuitiva
escrevente - Um exemplo
edificante.)
144. Esta mensagem era
autêntica: quando
acompanhado de meu
amigo, examinamos a
enferma, verificamos a
exatidão do diagnóstico
do médico invisível, e,
por felicidade, ainda
encontramos vômitos
biliosos no vaso
noturno. Administramos a
poção e no dia imediato
a senhora tratava dos
seus afazeres
domésticos. O tal tumor
que, com efeito, existia
na perna, não passava de
uma "cabeça de prego".
(Obra citada, cap.
XVI - Mediunidade
intuitiva escrevente -
Um exemplo edificante.)
145. Fiquei abismado da
sagacidade mediúnica do
meu amigo Dr. Francisco
Marcondes de Rezende,
agora desencarnado, de
quem eu duvidara, mas
que, graças à luz
divina, me esclareceu
nos estudos que vinha
fazendo. Devo
acrescentar que meu
amigo não residia na
cidade, aonde chegara
naquele mesmo dia, não
conhecendo outra pessoa
a não ser as de nossa
família. (Obra
citada, cap. XVI -
Mediunidade intuitiva
escrevente - Um exemplo
edificante.) (Continua no próximo
número.)
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