Conduta Espírita
André Luiz
(Parte
12)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Conduta
Espírita, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelo
médium Waldo Vieira e
publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. No uso da tribuna,
que cuidados deve ter o
orador ou palestrante?
A
fidelidade à doutrina
espírita nem é preciso
lembrar. André Luiz
chama a atenção também
para a necessidade de
oradores e palestrantes
sustentarem a dignidade
espírita diante das
assembleias, abstendo-se
de historietas
impróprias ou anedotas
reprováveis e procurando
abolir, em suas
palestras, os vocábulos
impróprios, as
expressões pejorativas e
os termos de gíria das
ruas.
(Conduta Espírita, cap.
14.)
B. O chamado plural
majestático é
recomendável nas
palestras e preleções
espíritas?
Sim.
Plural majestático,
também chamado plural de
modéstia, é o emprego do
pronome pessoal “nós”,
em lugar do “eu”, com o
que a pessoa,
modestamente, procura
diminuir sua
participação em atos ou
obras dignos de louvor
ou importância. Segundo
André Luiz, sempre que
possível, o orador ou
palestrante deve usar
verbos e pronomes na
primeira pessoa do
plural, ao invés da
primeira pessoa do
singular, para que não
se isole da condição dos
companheiros naturais do
aprendizado que o ouvem
e aos quais distribui
avisos e exortações.
(Conduta Espírita, cap.
14.)
C. Que recado André Luiz
envia aos companheiros
que atuam na imprensa
espírita?
Que
escrevam com
simplicidade e clareza,
concisão e objetividade,
esforçando-se pela
revisão severa e
incessante, quanto ao
fundo e à forma, de
originais que devam ser
entregues ao público. O
patrimônio inestimável
dos postulados espíritas
está empenhado em nossas
mãos.
(Conduta Espírita, cap.
15.)
Texto para leitura
129.
Na tribuna –
Palestrar com
naturalidade, governando
as próprias emoções, sem
azedume, sem nervosismo
e sem momices, fugindo
de prelecionar mais que
o tempo indicado no
horário previsto. A
palavra revela o
equilíbrio. (Conduta
Espírita, cap. 14.)
130.
Calar qualquer propósito
de destaque, silenciando
exibições de
conhecimentos, e
ajustar-se à Inspiração
Superior, comentando as
lições sem fugir ao
assunto em pauta, usando
simplicidade e
precatando-se contra a
formação da dúvida nos
ouvintes. Cada pregação
deve harmonizar-se com o
entendimento do
auditório. (Conduta
Espírita, cap. 14.)
131.
Respeitando pessoas e
instituições nos
comentários e nas
referências, nunca
estabelecer paralelos ou
confrontos suscetíveis
de humilhar ou ferir.
Verbo sem disciplina
gera males sem conta.
(Conduta Espírita, cap.
14.)
132.
Sustentar a dignidade
espírita diante das
assembleias, abstendo-se
de historietas
impróprias ou anedotas
reprováveis. O orador é
responsável pelas
imagens mentais que
plasme nas mentes que o
ouvem. (Conduta
Espírita, cap. 14.)
133.
Nas conversações, não se
reportar abusiva e
intempestivamente a
fatos e estudos
doutrinários de
entendimento difícil,
devendo selecionar
oportunidades, quanto a
pessoas e ambientes,
para tratar de temas
delicados. A irreflexão
é também falta de
caridade. (Conduta
Espírita, cap. 14.)
134.
Manter-se inalterável
durante a alocução, à
face de qualquer
situação imprevista. Os
momentos delicados
desenvolvem a nossa
capacidade de auxiliar.
(Conduta Espírita, cap.
14.)
135.
Procurar abolir, em suas
palestras, os vocábulos
impróprios, as
expressões pejorativas e
os termos da gíria das
ruas. O culto da
caridade inclui a
palavra em todas as suas
aplicações. (Conduta
Espírita, cap. 14.)
136.
Sempre que possível,
preferir o uso de verbos
e pronomes na primeira
pessoa do plural, ao
invés da primeira pessoa
do singular, a fim de
que não se isole da
condição dos
companheiros naturais do
aprendizado, com quem
distribui avisos e
exortações. Somos todos
necessitados de
regeneração e de luz.
(Conduta Espírita, cap.
14.)
137.
É de Paulo de Tarso esta
sempre oportuna
advertência: “Não saia
da vossa boca nenhuma
palavra torpe, mas só a
que for boa para
promover a edificação,
para que dê graça aos
que a ouvem.” — Paulo.
(Efésios, 4:29.)
138.
Na imprensa –
Escrever com
simplicidade e clareza,
concisão e objetividade,
esforçando-se pela
revisão severa e
incessante, quanto ao
fundo e à forma, de
originais que devam ser
entregues ao público. O
patrimônio inestimável
dos postulados espíritas
está empenhado em nossas
mãos. (Conduta
Espírita, cap. 15.)
139.
Empregar com parcimônia
e discernimento a força
da imprensa, não
atacando pessoas e
instituições, para que o
escândalo e o
estardalhaço não
encontrem pasto em
nossas fileiras. O
comentário desairoso
desencadeia a
perturbação. (Conduta
Espírita, cap. 15.)
140.
Selecionar atentamente
os originais recebidos
para publicação, em
prosa e verso, de
autores encarnados ou de
origem mediúnica,
segundo a correção que
apresentarem quanto à
essência doutrinária e à
nobreza da linguagem.
Sem o culto da pureza
possível, não chegaremos
à perfeição. (Conduta
Espírita, cap. 15.)
141.
Sistematicamente,
despersonalizar, ao
máximo, os conceitos e
as colaborações,
convergindo para Jesus e
para o Espiritismo o
interesse dos leitores.
O personalismo estreito
ensombra o serviço.
(Conduta Espírita, cap.
15.)
142.
Purificar, quando não se
puder abolir, o teor dos
anúncios comerciais e
das notícias de caráter
mundano. A imprensa
espírita cristã
representa um veículo de
disseminação da verdade
e do bem. (Conduta
Espírita, cap. 15.)
143.
Fechando o cap. 15,
André Luiz reproduziu
este pensamento
constante de uma carta
enviada por Paulo de
Tarso a Timóteo: “Toda
escritura divinamente
inspirada é
proveitosa...” — Paulo.
(II Timóteo, 3:16.) (Continua no próximo
número.)