O que você
procura indo ao
centro espírita?
Ao observar o
vai e vem de
pessoas pelas
dependências dos
centros
espíritas aos
quais visitava,
colocava minha
mente para
trabalhar e
imaginava: Qual
seria,
realmente, o
anseio desta
pessoa ao
procurar o
centro espírita?
Será tão somente
a busca pela
cura do mal ou o
problema que a
aflige? Será que
o objetivo é por
encontrar uma
razão para
viver? Será a
curiosidade por
notícias dos
afetos que já
partiram deste
mundo?
Perguntas e mais
perguntas
borbulhavam em
minha mente.
Para responder
as minhas
indagações só
havia um
caminho:
questionar os
frequentadores
de diversos
centros
espíritas e em
diversas regiões
o que buscavam
ao chegar ao
centro espírita.
Então, pedi a um
grupo de
indivíduos,
cerca de 150,
que escrevessem
num papel o que
buscavam ao
chegar ao centro
espírita. Em
realidade o
questionamento
foi:
Ao adentrar um
recinto
religioso, o que
você procura?
A maioria das
pessoas cravou
em ACOLHIMENTO.
Contrariando meu
pensamento, nada
daquilo que se
passava em minha
mente refletia a
realidade. O que
mais queriam não
era contato com
o Além, nem a
cura para os
males, mas, sim,
sentirem-se
acolhidas,
queridas,
amadas.
O ser humano tem
sede de ser
acolhido, bem
tratado. Quando
chegamos num
local em que a
ninguém
conhecemos,
queremos apenas
alguém que nos
acolha.
Quando vamos à
escola pela
primeira vez,
queremos alguém
que nos receba.
Quando a idade
avança, nossa
vontade é de ser
acolhido nas
limitações ou
dificuldades.
Seja na criança,
jovem ou idoso,
o sentimento de
ser acolhido é
sempre um
carinho na alma.
Pode parecer
pouca coisa,
todavia, uma
simples
pergunta, como
“Posso
servi-lo?”,
exerce no outro
a ideia de
importância, de
pertencimento,
participação.
Mostra que
estamos de
alguma forma
acolhendo,
recebendo,
preocupando-nos
com suas
necessidades.
Outro dia um
amigo comentou:
“Gosto demais da
maneira como a
maioria dos
evangélicos
recebem as
pessoas que
chegam à igreja.
Eles,
definitivamente,
são excelência
quando o tema é
ACOLHIMENTO”.
Eis, portanto,
um bom
questionamento
para nós,
espíritas,
realizarmos
dentro de nosso
coração e,
claro, em nossas
Casas:Estamos
acolhendo as
pessoas? Estamos
recebendo-as com
carinho e
cordialidade?
Estamos fazendo
a parte que nos
compete que é
acolher aqueles
que chegam ao
centro espírita?
Pensemos nisso.