CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
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Crônicas da vida
invisível:
a
resposta de Iohan
Nalgum lugar do
maravilhoso
livro de Roberto
Cabral, O
Violinista de
Veneza, se
explica que a
vida por vezes
nos encurrala,
via aparentes
"coincidências",
com mudanças
necessárias de
pensamentos, de
iniciativas, a
fim de nos
conduzir a um
estado de
felicidade
espiritual mais
pleno. Em poucas
vezes deparei
noutras leituras
tamanha
expressão da
verdade!
De uns quatro
dias para cá eu
andava encantada
depois de
assistir à
versão
cinematográfica
da obra-prima de
Victor Hugo,
Os Miseráveis.
Porque, como
apreciadora de
literatura, me
confirmo fã
incondicional do
legendário poeta
e escritor
francês, desde
os tempos em
que, cursando a
faculdade de
Letras,
escancaram-se ao
meu acesso os
grandes
clássicos
literários
universais!
Paralelo a isso,
eu contava já de
há mais de um
mês com uma
extensa fila de
livros novos
para ler. Mas o
começo de ano
corrido, em
ritmo frenético
com férias,
viagens, taxas a
pagar, entre
outra extensa
série de
compromissos,
acabou por me
empurrar
involuntariamente
este prazer para
um momento mais
pacificado.
Ainda porque, em
se tratando de
obras de teor
espírita,
necessito
particularmente
de estado de
espírito
condizente e
atmosfera
propícia para a
devida
assimilação do
conteúdo,
desfrutando,
deste modo, da
leitura assim
como acontece
quando sorvemos
aos poucos uma
aromática xícara
de café!
Ontem, uma
sexta-feira,
sentindo chegado
enfim um momento
adequado, olhei
para a sacola da
livraria ainda
do mesmo jeito
guardada sobre a
escrivaninha,
com os livros.
Já tinha me
ocorrido no
mesmo dia umas
duas vezes a
ideia de começar
com a citada
obra de Roberto
Cabral,
obviamente
comprada em
sintonia
espontânea com a
aura que, de
tempos a esta
parte, me cerca
desde que se
iniciou minha
parceria
mediúnica com
Iohan, o querido
músico das
esferas
invisíveis que
fora violinista
em mais de uma
de suas
reencarnações
anteriores. Até
aquele momento,
portanto, apenas
intuindo que
possivelmente
ele tivesse
participado da
influenciação à
compra do livro,
meio a meio com
minhas próprias
inclinações,
tomei-o para ler
e, ignorando a
programação
enfadonha da TV,
joguei-me
gostosamente no
sofá da sala,
começando. E não
consegui mais me
separar da
leitura! Por
razões que
impressionavam!
Precisaria
narrar
detalhadamente o
conteúdo do
livro para
melhor explicar,
mas, para os
fins deste
artigo, resumo
que trata-se da
história de um
professor de
violino que, na
Europa do século
XIX e em Veneza,
se vê afastado
de seu grande
amor, a menina
dos olhos de
anjo e sua
aluna, por causa
da sua
resistência
teimosa em não
aceitar ou, ao
menos, não
querer
investigar com
isenção os
fenômenos
mediúnicos das
mesas girantes
que avassalavam
a Europa naquela
época,
principalmente a
partir da
França, quando -
vejam, Victor
Hugo! - em pleno
tempo de exílio,
se dedicava com
fervor ao estudo
de todos estes
fatos,
promovendo, ele
mesmo, as
reuniões com as
mesas!
Ora, conforme eu
ia lendo,
lembrava-me
também do nosso
próprio romance,
lançado ano
passado,
Sonata ao Amor,
contando o drama
sofrido de Iohan
em sua última
reencarnação: um
professor de
violino
vitimizado pela
prova dolorosa
de ser um
portador do HIV,
e toda a sua
luta ao
apaixonar-se por
uma aluna, tendo
que enfrentar os
preconceitos da
sociedade, e
encontrando,
junto a ela, a
redenção de seus
dilemas, ao
deparar as
explicações
situadas todas
nos episódios
trágicos de suas
vidas
anteriores! E
comecei a
desconfiar que o
querido mentor
de nossas atuais
parcerias
literárias, de
caso pensado, me
havia conduzido
a esta obra
inspirada, de
Roberto Cabral,
a fim de ainda
uma vez ilustrar
como tudo é
encadeamento e
simbiose de
intenções quando
nos dispomos a
trabalhar na
missão de
divulgação das
verdades maiores
da vida, sem
esmorecimentos,
o que vez ou
outra ameaça o
médium
mergulhado nas
canseiras e
compromissos que
o enredam em
várias frentes
durante sua
trajetória
material! E após
ler, empolgada,
a passagem na
qual o
protagonista,
Antônio, promove
voluntariamente
uma breve sessão
mediúnica de
confirmação da
presença de um
Espírito em sua
casa, a partir
de perguntas
respondidas com
pancadas, me
ocorreu, ao me
recolher para
dormir ontem,
pedir o mesmo ao
meu paciente
amigo da
invisibilidade.
Queria dele,
ainda uma vez, a
bondade de uma
confirmação da
sua
influenciação
naquele caso,
para não ficar
dada a achar se
tratar de uma
coincidência sem
cabimento, e,
diga-se,
grandemente
desanimadora,
quando tantos
detalhes
concorriam para
me comprovar
exatamente o
contrário!
Assim,
encerrei-me em
meu quarto perto
da meia-noite, e
me coloquei em
estado de prece
e concentração.
No entanto,
empolgada pela
iniciativa de
improviso, e
momentaneamente
esquecida de que
cada mentor nos
acessa em
dependência
direta da
sintonia com os
recursos
fluídicos do
próprio médium,
cometi o
equívoco de
solicitar dele
um tipo estrito
de resposta no
formato do que
promoveu o
protagonista do
livro. Pedi que,
se fosse de fato
verdade a sua
presença e
influenciação
para ler justo
aquela obra, com
intenção
benéfica de
incrementar
certezas
apaziguadoras na
sua medianeira,
a fim de darmos
continuidade
tranquila aos
nossos projetos
de futuro, que
desse uma
pancada leve no
quarto, em sinal
de "sim". Mas
passaram os
minutos, para
minha decepção,
no mais franco
silêncio!
Todavia, antes
de me abandonar
a um estado de
desânimo
absoluto, após
repetir
inutilmente a
solicitação mal
refletida,
ocorreu-me
mergulhar de
novo em prece
fervorosa a
Jesus, renovando
meu pedido, mas
de modo
diferente.
Atinei para o
fator importante
de que devem
prevalecer
nestas vivências
o sentido de
utilidade real,
o que só é bem
avaliado a
partir da ótica
de cima dos
mentores.
Atinando com o
meu engano,
disse a Iohan
que entendia que
talvez meu modo
de pedir fosse
equivocado, e
mesmo o
propósito ou o
momento em que
solicitava dele
este favor. E
que, então, se
lhe fosse
possível me
responder com o
mesmo "sim" de
forma mais
apropriada aos
meus recursos
mediúnicos, que
o fizesse por
influenciação
mental, como
costuma se
comunicar
comigo. Ou
através de
sugestão
ocasional à
minha filha,
naquele instante
ainda acordada
em seu quarto,
ou ainda a meu
pai - atualmente
residindo em
Aracaju - para
enviar-me uma
mensagem
qualquer pelo
celular. E eu
entenderia
aquilo como uma
confirmação
condigna!
Pois não se
passaram cinco
minutos desta
nova
solicitação,
amigo leitor, e
ao meu lado na
cama, no escuro
do quarto, soou
o celular com
duas mensagens
de meu pai,
versando sobre
assuntos
cotidianos!
Eis, portanto, e
oferecida de
maneira
maravilhosa,
encantadora, a
resposta deste
outro exímio
violinista da
vida invisível e
um de meus
mentores! A
confirmação tão
ansiada!
A resposta de
Iohan!