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Clássicos do Espiritismo
Ano 9 - N° 433 - 27 de Setembro de 2015
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Médiuns e Mediunidade

Cairbar Schutel

(Parte 10) 

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Médiuns e Mediunidade, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1923 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP). O estudo basear-se-á na 7ª edição da obra, publicada em 1977.

Questões preliminares 

A. Quem são os médiuns de efeitos físicos?  

São os indivíduos especialmente aptos para produzir fenômenos materiais, como a tiptologia, a escrita direta, os transportes etc. Esses médiuns classificam-se em facultativos e involuntários. Facultativos são os que têm consciência da sua aptidão. Involuntários são aqueles cuja influência se exerce sem que o saibam. (Médiuns e Mediunidade, cap. XX - Médiuns de efeitos físicos.) 

B. Por que a escrita direta é catalogada entre os fenômenos físicos?

Os Espíritos colocam a escrita direta na ordem dos fenômenos físicos, porque neste caso eles não se servem dos materiais cerebrais do médium, mas sim de outros materiais, diferentemente do que ocorre na psicografia. (Obra citada, cap. XX - Médiuns de efeitos físicos.)

C. A mediunidade de efeitos físicos é suscetível de desenvolvimento? 

Sim. Todos os dons mediúnicos são suscetíveis de desenvolvimento. O estudo, o exercício, a calma, a boa vontade são os meios para que o experimentador consiga o conhecimento da verdade, e obtenha proveito em seus trabalhos. Não há palavras cabalísticas, nem orações capazes de levar ao fim desejado, desde que faltem as principais condições, que são trabalho e perseverança. (Obra citada, cap. XX - Médiuns de efeitos físicos.)

Texto para leitura 

164. Os fenômenos físicos distinguem-se em dois grupos: manifestações espontâneas e manifestações provocadas. As manifestações físicas resultam da mediunidade de efeitos físicos, que o Apóstolo Paulo chama o dom das maravilhas. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIX - Manifestações Físicas.) 

165. Manifestações espontâneas são as que se verificam independentemente da nossa vontade e mesmo sem pensarmos em tais fatos. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIX - Manifestações Físicas.) 

166. Manifestações provocadas são o resultado dos pedidos, das invocações que fazemos para obtenção dos fenômenos. Estas manifestações, como as inteligentes, têm por fim chamar a nossa atenção para alguma coisa extra-humana e nos convencer da existência de um poder superior ao homem. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIX - Manifestações Físicas.) 

167. Como disse Paulo, a cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito. É para um fim de utilidade, pois, que o Senhor estabeleceu a lei das comunicações espíritas, e não para satisfazer caprichos, nem curiosidades vãs. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIX - Manifestações Físicas.) 

168. Os fatos espíritas estão intimamente ligados à Doutrina da Imortalidade, e, para que esta verdade seja compreendida por todos, o Supremo Criador permite as interessantes manifestações que se verificam em toda a parte. Fazer, pois, mau uso dos dons que nos foram concedidos é profanar as coisas santas. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIX - Manifestações Físicas.) 

169. As manifestações físicas se dividem em fenômenos de: pancadas, ruídos, levitação de corpos, transportes, rompimento e desagregação da matéria, materializações e movimentos de corpos inertes. (Médiuns e Mediunidade, cap. XIX - Manifestações Físicas.) 

170. Médiuns de efeitos físicos: são os indivíduos especialmente aptos para produzir fenômenos materiais, tais os que enumeramos. Estes médiuns são facultativos ou involuntários. (Obra citada, cap. XX - Médiuns de efeitos físicos.)

171. Facultativos são os que têm consciência da sua aptidão. Involuntários são aqueles cuja influência se exerce sem que o saibam. (Obra citada, cap. XX - Médiuns de efeitos físicos.) 

172. Essa faculdade, como qualquer outra faculdade mediúnica, não constitui um estado patológico. Se o que a possui sofre qualquer enfermidade, esta depende de uma causa estranha. (Obra citada, cap. XX - Médiuns de efeitos físicos.) 

173. Os médiuns de efeitos físicos se dividem em: tiptológicos, motores, de translações e levitações, de efeitos musicais, de aparições, de transportes, pneumatógrafos, excitadores e curadores. (Obra citada, cap. XX - Médiuns de efeitos físicos.) 

174. Médiuns tiptológicos: são aqueles por influência dos quais se produzem ruídos, pancadas. Os médiuns de mesinha são de tiptologia. (Obra citada, cap. XX - Médiuns de efeitos físicos.) 

175. Médiuns motores: são os que produzem movimentos de corpos inertes. (Obra citada, cap. XX - Médiuns de efeitos físicos.) 

176. Médiuns de translações e suspensões ou levitações: são os que produzem a translação aérea e suspensão de corpos inertes no espaço, sem ponto de apoio. Alguns há que podem elevar-se a si mesmos. (Obra citada, cap. XX - Médiuns de efeitos físicos.) 

177. Médiuns de efeitos musicais: estes provocam o toque de instrumentos sem contacto. (Obra citada, cap. XX - Médiuns de efeitos físicos.) 

178. Médiuns de aparições ou materializações: são aqueles que podem provocar aparições fluídicas ou tangíveis, visíveis para todos os assistentes. (Obra citada, cap. XX - Médiuns de efeitos físicos.) 

179. Médiuns de transportes: são os que podem servir de auxiliares aos Espíritos para transporte de objetos materiais. É uma variedade dos médiuns motores e de translação. (Obra citada, cap. XX - Médiuns de efeitos físicos.)

180. Médiuns pneumatógrafos: assim são designados os médiuns que obtêm a escrita direta. Os Espíritos colocam a escrita direta na ordem dos fenômenos físicos, porque neste caso eles não se servem dos materiais cerebrais do médium, mas sim de outros materiais. (Obra citada, cap. XX - Médiuns de efeitos físicos.) 

181. Médiuns excitadores: são as pessoas que têm o poder de desenvolver nos outros, por sua influência, a faculdade de escrever ou de falar. (Obra citada, cap. XX - Médiuns de efeitos físicos.) 

182. Médiuns curadores: estes têm o poder de curar ou aliviar os doentes, por imposição das mãos ou por meio de orações. Esta faculdade às vezes não é senão a exaltação do poder magnético, fortificada com o concurso de bons Espíritos. (Obra citada, cap. XX - Médiuns de efeitos físicos.) 

183. Todos esses dons são suscetíveis de desenvolvimento, como a mediunidade escrevente e outras já enumeradas. O estudo, o exercício, a calma, a boa vontade são os únicos meios para que o experimentador consiga o conhecimento da verdade, e obtenha proveito em seus trabalhos. Não há palavras cabalísticas, nem orações capazes de levar ao fim desejado, desde que faltem as principais condições, que são trabalho e perseverança. (Obra citada, cap. XX - Médiuns de efeitos físicos.) 

184. Já dissemos que há pessoas que desenvolvem de um dia para outro a sua mediunidade; outras custam a desenvolvê-la. Assim também o grau da força psíquica, não sendo igual para todos, uns são capazes de com sua simples presença provocar fenômenos verdadeiramente maravilhosos; outros só obtêm ligeiras manifestações. (Obra citada, cap. XX - Médiuns de efeitos físicos.) 

185. Grande variedade de médiuns existe pelo mundo todo, além dos que lembramos e classificamos, que são os mais comuns. Cumpre ao leitor, se quiser fazer um estudo mais profundo desta ramificação do Espiritismo, ler com atenção os seguintes livros: No Invisível e Problema do Ser, do Destino e da Dor, de Léon Denis, e principalmente O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec. (Obra citada, cap. XX - Médiuns de efeitos físicos.) (Continua no próximo número.)




 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita