Jesus é a porta;
Kardec, a chave
Ser espírita, com todas
as letras, é renovar-se
constantemente através
do estudo, da pesquisa,
da transformação moral.
Ser espírita é
iluminar-se e iluminar a
vida. Ser espírita é não
temer a morte, nem a
vida, é não se esconder
da felicidade. É saber
que não existem meios
mágicos para se
construir a felicidade,
a não ser pelo trabalho.
Entre as páginas de meu
livro diário O
Evangelho segundo o
Espiritismo
permaneceu, por muito
tempo, folheto com 10 cm
x 4 cm, que às vezes
usava como marcador.
Quase sempre, ao folhear
o legado kardequiano,
ele surgia diante dos
olhos com a mensagem
acima forçosamente lida.
Numa fria manhã de
junho, ele me caiu
novamente nas mãos, a
exibir o título, em
letras maiúsculas, o
mesmo que aplico nesta
crônica. Por dedução ou
intuição, achei que
deveria escrever algo
sobre aquelas palavras.
Resolvi, então, associar
cada frase do marcador,
citada no primeiro
parágrafo, com os
singelos pensamentos
pinçados de um livro,
cujo nome revelarei no
final e que encerram
incontáveis
ensinamentos.
Ser espírita, com todas
as letras, é renovar-se
constantemente através
do estudo, da pesquisa,
da transformação moral.
Kardec, ontem, hoje e
sempre, produziu, como
marco inicial do
consolador prometido
pelo Divino Mestre, O
Livro dos Espíritos, que
deve ser lido e estudado
pelos seguidores da
doutrina da codificação.
Ser espírita é
iluminar-se e iluminar a
vida. Somente ao
espírita cabe tal
exortação? Com o devido
respeito ao Espiritismo,
é imperioso lembrar que
a bênção do Senhor pode
descer sobre qualquer
expressão religiosa.
Ser espírita é não temer
a morte, nem a vida, é
não se esconder da
felicidade. Doutrina de
fé, de esperança, de
amor revive o
Cristianismo em sua
essência, como antes de
ser deturpado pelos
humanos.
É saber que não existem
meios mágicos para se
construir a felicidade,
a não ser pelo trabalho.
Como assevera Léon
Denis: "O Espiritismo
representa uma fase nova
na evolução humana".
Este tesouro citado se
junta às pérolas
inseridas em A
revelação da Chave,
de autoria de meu irmão
Raymundo Rodrigues
Espelho (Editora EME, 1ª
edição, 1992).
Para tornar claro o que
transformei num
amontoado de frases,
cito a epístola de Paulo
aos Coríntios (3:5,6):
"Não que sejamos
capazes, por nós mesmos,
de pensar alguma coisa,
como nós mesmos, mas a
nossa capacidade vem de
Deus, o qual nos faz
também capazes de ser
ministros de um novo
testamento, não da
letra, mas do espírito,
porque a letra mata e o
espírito vivifica".
E na abertura de A
revelação da Chave,
a citação: "Jamais
ocorreu que Deus
permitisse ao homem
receber comunicações tão
completas e tão
instrutivas como as que
lhe é dado receber
(...). São muito fáceis
de coordenar, graças à
chave que nos dá o
Espiritismo..." (O Livro
dos Espíritos. Q.
628.)