O remédio para nossas
dores de cabeça
Por muitos anos sofri
com fortes dores de
cabeça. Para saná-las
ingeria um analgésico.
Pronto, resolvido!
Entretanto, as dores
repetiam-se; duas, três
vezes na semana... E
dá-lhe analgésicos!
Um dia, cansado disso
tudo, decidi ir ao
médico. O discípulo de
Hipócrates descobriu a
causa: hipertensão
arterial.
Passei, então, a ingerir
o remédio da pressão e
nunca mais fui acometido
pelas dores de cabeça.
Com certa frequência
observo pessoas a chegar
ao centro espírita com
reclamações de variados
males físicos e
psíquicos.
Recebem o passe
magnético, o atendimento
espiritual e retornam
aos lares melhores, mais
aliviadas. Contudo,
semana seguinte retornam
perseguidas que estão
pelos mesmos fantasmas.
Vejo que, na maioria dos
casos, os fantasmas
nunca mudam, são os
mesmos.
É que elas tomam apenas
o analgésico, cuidam
somente da superfície.
Faz-se fundamental
mergulhar a fundo e
verificar as causas
pelas quais os mesmos
fantasmas nos perseguem.
Realizar um tratamento
que irá, realmente,
liberar-nos daquela
prova. E este tratamento
chama-se modificação dos
hábitos que nos
desestruturam.
Sei que não é fácil,
sei, também, o quão
complicado é sair da
zona de conforto e
encarar o desafio de
frente, assumindo a
responsabilidade que nos
compete. Entretanto,
para dar um passo à
frente, essa postura
deve ser adotada.
Allan Kardec informa que
o Homem é quase sempre o
artífice de seu
sofrimento.
Com o mesmo raciocínio
entendo que se o Homem é
construtor da sua
infelicidade ele o é da
felicidade.
Pode, pois,
perfeitamente iniciar o
processo de mudança,
debelar a causa de seus
males e deixar de ser
escravo das dores que o
afligem.
Apenas um ser que
promove a liberdade em
si mesmo, não sendo
comprometido com o
comodismo, escapa do
encarceramento
proveniente das dores e
do sofrimento.
Quero dizer que para
mudar é preciso ser
livre.
Livre de preconceitos.
Livre de ideias
mesquinhas.
Livre da mesmice.
Livre das superstições.
Livre das condutas que
nos prendiam ao homem
velho.
Portanto, se uma
situação costuma
repetir-se em nossa
vida, se um mesmo
problema tem o hábito de
procurar-nos, será perda
de tempo apenas
resolvê-lo.
É imperioso mudar!
Muito mais do que
resolução imediata é
necessária uma reflexão
sobre por que aquilo se
repete.
E esta reflexão é
proposta pelo homem
livre, o homem que
raciocina e, por isso,
capacita-se a entender a
causa de seus
sofrimentos,
habilitando-se, a partir
desse conhecimento
adquirido, a construir
sua felicidade.
Encarar a questão,
descobrir a causa dos
males e mudar são a
trinca que nos permitirá
livrar-nos das dores de
cabeça da existência.
Pensemos nisto!