Estudando Kardec, temos
a pergunta que ele fez
aos Espíritos sobre os
elementos gerais do
universo:
[1] Há então dois
elementos gerais no Universo:
a matéria e o espírito?
(Espírito): Sim e acima
de tudo Deus,
o criador, o pai de
todas as coisas. Deus,
espírito e matéria
constituem o princípio
de tudo o que existe, a
trindade universal. Mas,
ao elemento material se
tem que juntar o fluido
universal, que
desempenha o papel de
intermediário entre o
espírito e a matéria
propriamente dita, por
demais grosseira para
que o espírito possa
exercer ação sobre ela.
Embora, de certo ponto
de vista, seja lícito
classificá-lo com o
elemento material, ele
se distingue deste por
propriedades especiais.
Se o fluido universal
fosse positivamente
matéria, razão não
haveria para que também
o espírito não o fosse.
Está colocado entre o
espírito e a matéria; é
fluido, como a matéria é
matéria, e suscetível,
pelas suas inumeráveis
combinações com está e
sob a ação do espírito,
de produzir a infinita
variedade das coisas de
que não apenas conheceis
uma parte mínima. Esse
fluido universal, ou
primitivo, ou elementar,
sendo o agente de que o
espírito se utiliza, é o
princípio sem o qual a
matéria estaria em
perpétuo estado de
divisão e nunca
adquiriria as qualidades
que a gravidade lhe
dá."
Numa análise superficial
da estrutura da matéria,
poderíamos pensar sobre
fluido cósmico universal
e coma mão do Criador
que provavelmente deu
origem às partículas
elementares, ainda
desconhecidas pelo
homem, para então gerar
o que chamamos de
partículas
subatômicas.Da junção
dessas partículas
subatômicas formaram-se
os átomos, e dos átomos
as moléculas, e por fim
delas a matéria bruta
que deu forma e
estrutura a tudo que
conhecemos.
Segundo o Bioquímico
Russo Oparin, a vida na
Terra teria começado
através de reações
químicas sob uma
atmosfera propicia para
tal,
“Na atmosfera primitiva
do nosso planeta,
existiriam metano,
amônia, hidrogênio e vapor
de água. Sob altas
temperaturas, em
presença de centelhas
elétricas e raios
ultravioletas, tais
gases teriam se
combinado, originando
aminoácidos, que ficavam
flutuando na atmosfera.
Com a saturação de
umidade da atmosfera,
começaram a ocorrer as
chuvas. Os aminoácidos
eram arrastados para o
solo. Submetidos a
aquecimento prolongado,
os aminoácidos
combinavam-se uns com os
outros, formando
proteínas.”
O início da vida na
Terra ainda requer muito
estudo, mas sabemos que
toda essa evolução
sempre foi conduzida
pelos Espíritos
superiores partindo
dessas proteínas,
aminoácidos e toda a
estrutura física que
trabalharam na Terra
para que ocorresse o
início da vida.
Assim, partindo do
momento que a vida se
instalou na Terra
estagiando em diferentes
formas de vida, por
milhões de anos, como
nos ensina os Espíritos
superiores através de
Kardec, chegou-se ao
homem.
Nesse processo de
evolução herdamos dos
nossos antepassados, os
símios,e também do homem
primitivo, todas as
nossas aptidões, sejam
elas positivas ou não,
tais como a luta pela
sobrevivência, o egoísmo
na busca do melhor para
nós, a violência para
manter as nossas
conquistas e toda forma
de sentimentos que foram
agregados ao nosso ser
durante milhões de anos.
Claro que isso nos leva
a pensar que o Criador
jamais plantaria no
nosso ser
características que,
depois de milhares de
anos, seriam combatidas
por Ele mesmo numa
reação de oposição as
suas próprias leis, como
a Lei Mosaica, e também
algumas estruturas
religiosas que teimam em
criar o “Pecado
Original”.
Precisamos entender as
nossas características
primitivas como
ferramentas da própria
evolução através da
descoberta, passo a
passo, do nosso eu mais
profundo que é o
Espírito imortal.
No homem primitivo
desperta a razão que faz
passo a passo
desenvolver a
consciência de si e do
mundo a sua volta.
Necessário milhares de
anos para iniciarmos o
desenvolvimento das
emoções inferiores e em
seguida as emoções
superiores para chegar
nos sentimentos.
Passamos nós humanos
tentando manter essa
racionalidade, pois isso
facilita nossas
conquistas materiais,
muitas vezes em
conflitantes situações
com os sentimentos
maiores, pois não
sabemos ainda sublimar
ou aplicar os
sentimentos nobres sobre
as dores necessárias a
nossa melhoria e
evolução.
Com o advento do nosso
Mestre Maior, Jesus,
vamos iniciar então a
jornada para trabalhar
esses sentimentos rumo a
uma nova fase que nos
espera, que seria o
homem do terceiro
milênio. Vivemos ainda
hoje sobre a luta das
expiações e provas,
ainda como um processo
mais eficaz de
aprendizagem e mudanças
íntimas.
Aparece Kardec, com os
Espíritos, nos
convidando a uma fé
raciocinada para aliar
razão e sentimento,que a
ciência oficial ainda
não consegue aceitar
plenamente. Os Espíritos
vêm nos ensinar tudo que
Jesus nos trouxe há 2000
anos, numa ótica atual e
frente a frente com a
razão, como nos ensina o
mestre de Lion, para
aprendermos a confrontar
nosso intelecto com os
nossos mais profundos
sentimentos e ações.
Na atualidade temos a
mentora Joanna de
Ângelis que nos convida
a uma introspecção
profunda em nosso ser
numa busca incessante de
conhecer nossa psique.
Para a realização dessas
mudanças, em função do
complexo que é o nosso
ser, ela nos mostra que
tudo parte do Espírito,
passando pelo
perispírito e pelos
diversos sub “corpos
espirituais", ainda
pouco conhecidos pelos
estudiosos da Doutrina
Espírita,e chegando ao
corpo físico onde
carregamos todo esse
potencial evolucionário
dentro de nós através
das sucessivas
reencarnações com a
finalidade de chegar ao
ser integral, completo e
realizado.
Quando Joanna nos ensina
que:
[2] “A consciência
adquirida – a perfeita
identificação do
conhecimento e do fazer,
do saber e do amar –
faculta a ampliação das
próprias possibilidades
para penetrar em
dimensões metafísicas”,
podemos ver o quanto a
proposta de Kardec se
faz presente dentro da
nossa evolução nos
aspectos do
conhecimento, com o
sentimento maior que é
amar para nos tornar
capazes de uma vida
plena, e a preparação
interior para esse novo
milênio.
A evolução da Humanidade
chegou a um ponto que
não dá mais para
retroceder, estacionar e
questionar se devemos ou
não prosseguir. As vozes
do além nos convidam a
reflexões mais profundas
de nosso ser, mudanças
nas nossas atitudes e a
nos conhecer mais a cada
dia, procurando viver o
amor ao próximo como nos
pede Jesus.
Como nos explica Kardec,
evoluir sempre é uma
Lei.
Enfim, depois dessa
longa jornada dentro do
nosso mundo íntimo,
nossa Consciência
continua nos conclamando
a pensar e viver os
ensinos de Jesus, assim
sempre nos levando a
reflexão quando o Mestre
nos convida acima de
tudo a AMAR.
Bibliografia:
[1] O Livro dos
Espíritos. Allan Kardec
[2] O ser consciente,
Joanna de Ângelis.