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Divaldo Franco fez a
conferência de abertura
do Congresso Espírita do
Rio Grande do Sul
O
evento, em sua oitava
versão, realizou-se na
turística e bela cidade
de Gramado
Em sua característica
habitual, não se
permitindo ficar inativo
com relação ao
Espiritismo, Divaldo
Franco, médium e orador
espírita, semeador de
escol, aproveitou parte
da manhã do dia 1º de
outubro para conceder, a
convite, uma entrevista
para a TVFERGS, a TV da
Federação Espírita do
Rio Grande do Sul,
abordando temas
diversos.
No final da tarde,
início da noite, o
Paulo de Tarso dos dias
atuais apresentou-se
no Palácio dos Festivais
para proferir a
conferência O Céu e o
Inferno à Luz do
Espiritismo. A
Presidente da FERGS,
Maria Elisabeth da Silva
Barbieri, saudou os
participantes destacando
a alegria em recebê-los,
desejando que os
corações sejam aquecidos
e as almas repletas de
esclarecimentos e
consolações.
Divaldo Franco
apresentou uma
panorâmica histórica,
notadamente na França,
onde alguns pensadores e
líderes políticos, após
a Revolução Francesa de
1789, decidiram
abandonar a ideia de
Deus, a sua existência,
adotando o materialismo.
Já no século seguinte, o
XIX, o Século das Luzes,
a humanidade viu
florescer o crescimento
científico, e grandes
nomes de pensadores,
artistas, filósofos,
cientistas, como Paul
Pierre Broca,
médico, anatomista,
descobridor do centro de
uso da palavra no
cérebro humano, e tantos
outros dedicados
pesquisadores como o
fisiologista
Jean-Martin Charcot,
médico e cientista
francês, professor no
Hospital da
Salpêtrière, em
Paris/França, foram
apresentando respostas
para indagações antigas.
De um lado florescia a
ciência, cética, fria,
de outro, a humanidade
recebia em 1804 aquele
que mais tarde seria
conhecido como Allan
Kardec, apresentando e
desenvolvendo a ciência
espírita a partir do ano
de 1857, com o
lançamento de O Livro
dos Espíritos.
Adentrando o Século XX,
o conhecimento
científico continuou a
se ampliar, beneficiando
a humanidade, ensejando
que novos conceitos
fossem incorporados nas
artes, no conhecimento
em geral, principalmente
após a Segunda Guerra
Mundial.
O Materialismo ganhava a
Terra, porém Jesus
permanecia em germe na
intimidade dos seres.
O céu e o inferno são
estados de consciência
O sentimento
transcendente foi
perpassando a dura
barreira do academicismo
materialista e se
instalando na mente de
homens iluminados e as
duas grandes áreas –
ciência e espiritualismo
– trilham seus caminhos
em busca de respostas
cada vez mais
esclarecedoras. A
mensagem cristã, tocando
de forma indelével a
criatura humana,
sedimenta-se,
oportunizando-lhe
conquistas ini- |
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Divaldo
com
amigos
na banca
de
livros |
|
gualáveis no
campo da
elevação moral. |
Tocando os corações,
Divaldo Franco, mestre
da oratória, narrou a
comovente história
vivenciada pela eminente
e tradicional família
Stanford, da Califórnia,
no início do Século XX.
Leland Stanford Jr. é o
personagem central,
motivador de mudanças.
Com a morte de Leland,
sua mãe transformou-se
radicalmente,
desfazendo-se de seu
patrimônio em favor dos
necessitados,
principalmente dos
órfãos. Em homenagem ao
filho desencarnado muito
jovem, em
Florença/Itália, vítima
da febre tifoide, Jane
Stanford fundou a
Universidade Stanford,
em Palo Alto/EUA, como
memorial ao filho. A
narrativa envolvendo
Leland Jr. e crianças de
um orfanato em São
Francisco, na
Califórnia, foi capaz de
comover o público que
lotava o Palácio dos
Festivais.
O céu e o inferno são
estados de consciência.
O estado de plenitude,
de individuação, o
sentido da vida, a
plenitude de possuir o
reino dos céus no íntimo
é viver no céu. Os
tormentos nos situam no
inferno. Que cada um
saiba viver segundo a
doce ternura de Jesus
Cristo, pensando nos
céus de esperanças que
aguardam o ser humano,
desenvolvendo o
sentimento de gratidão a
Deus, não postergando a
felicidade.
A dor é uma bênção que
faz com que as infrações
à Lei Divina sejam
corrigidas. As palavras
incentivadoras, e
finais, do Embaixador
da Paz no Mundo,
Divaldo Franco, foram no
sentido de exortar a
criatura humana a fazer
todo o bem possível, ser
solidário para não ser
solitário.
Após proferir o Poema da
Gratidão, de Amélia
Rodrigues, Divaldo
Franco foi calorosamente
aplaudido, ficando o
público de pé,
agradecendo-lhe as
lídimas palavras de
exaltação ao bem, ao
amor e a vida.
Espíritas de todo o
Brasil vieram ao
Congresso
No período matutino,
Divaldo Franco visitou o
local onde se
desenvolveu o 8º
Congresso Espírita do
Rio Grande do Sul, o
Centro de Eventos Serra
Park. Acompanhado pela
Presidente da Federação
Espírita do Rio Grande
do Sul, a Sra. Maria
Elisabeth da Silva
Barbieri, percorreu o
espaço de
comercialização de
livros expostos de
diversas editoras, a
área de recepção, o
auditório, os ambientes
dedicados a exposições
temáticas, as destinadas
ao Congressinho –
atendendo às
necessidades específicas
de crianças e jovens. Em
continuidade, participou
de uma reunião privativa
com a Diretoria da FERGS.
Finalizando a visita,
Divaldo almoçou no
local, acompanhado pela
Presidente Bete
Barbieri e demais
voluntários, que desde
há vários dias
encontravam-se em faina
frenética.
A abertura do 8º
Congresso Espírita do
Rio Grande do Sul contou
com a participação da
Orquestra Sinfônica de
Gramado, que, sob a
regência do Maestro
Bernardo Grings,
executou lindas
sinfonias que encantaram
o público.
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Estando a mesa diretiva
do Congresso composta
pelo Presidente da
Federação Espírita
Brasileira (FEB), Jorge
Godinho Barreto Neri;
pela Presidente da
Federação Espírita do
Rio Grande do Sul
(FERGS), Maria Elisabeth
da Silva Barbieri, e sua
Diretoria Executiva;
pela Secretária de
Turismo de Gramado, Rosa
Helena Volk,
representando o Prefeito
Nestor Tissot; por
diversas lideranças
espíritas municipais,
estaduais e nacional; e
naturalmente pelo orador
Divaldo Pereira Franco,
teve início,
oficialmente, o 8º
Congresso Espírita do
Rio Grande do Sul no
Centro de Eventos Serra
Park, ao entardecer do
dia 2 de outubro de
2015.
A Presidente da FERGS,
acolhendo o público,
saudou-o, informando que
estavam inscritos no
Congresso que se
iniciava espíritas
procedentes dos vinte e
seis Estados
brasileiros, mais o
Distrito Federal, além
de representantes do
Uruguai, da Argentina e
de Cuba. O tema central
do Congresso foi O
Amanhecer de uma Nova
Era: Colhendo Esperanças
e Consolações.
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Divaldo Franco proferiu
a conferência de
abertura historiando
fatos ocorridos e seus
personagens no período
que antecedeu a vinda do
Cristo à Terra.
Esse período foi de
preparação, ocorrido sob
o império de Caio Júlio
César Octavio, que
primou pelo desejo de
governar com ética, com
moral, envidando
esforços por
|
construir a paz
no Império, que
havia
permanecido
quase seiscentos
anos em guerras
sucessivas.
Naquele período
a Terra estava
estabelecendo
uma trégua com
os grandes
conquistadores.
Logo, a história
seguiu seu curso
com as ações de
Herodes, o
Grande, um dos
homicidas
seriais da
época.
Preparava-se,
portanto, o
nascimento de
Jesus.
|
A dor é a gentil
escultora da plenitude
Delineado o período,
nasceu Jesus em uma
noite estrelada de abril
em uma singela
estrebaria. Jesus teve a
coragem de estabelecer o
exercício do amor como
nenhum outro logrou
fazer. Psicoterapeuta
por excelência, suas
ações dividiram a
história da humanidade,
como assevera Ernest
Renan, que o classificou
como um homem
incomparável. As ações
de Jesus representavam,
então, o início da saída
da noite escura em
direção ao dia banhado
pela luz solar potente.
Na casa de Simão Bar
Jonas, à beira do mar da
Galileia, Jesus atraiu
uma multidão, como de
hábito, ávida por curas
e milagres. Dentre os
muitos estropiados
encontrava-se o
paralítico Nathanael Ben
Elias, de Cafarnaum.
Depois de esforços, foi
ele levado à presença do
Mestre Nazareno, que,
inquirindo- sobre o
desejo de curar-se, e
olhando-o com ternura e
compaixão, concedeu-lhe
o solicitado. Nathanael,
exultante, ergueu-se e
passou a andar, após
quase vinte e um anos
sem movimentar-se.
Outras inúmeras curas
foram realizadas naquela
memorável assembleia na
casa de Simão Bar Jonas,
que, entusiasmado pela
presença do Meigo Rabi
em sua casa e com as
curas ali operadas,
notou que Jesus estava
cansado. Interrompeu as
atividades e levou o
Mestre a sentar-se sobre
uma pedra à beira do mar
da Galileia. Simão
percebeu a tristeza no
semblante do Rabi.
Indagado, respondeu que
chorava de compaixão, de
tristeza por alguns dos
recém-curados, como
Nathanael, que, em busca
de fazer o que não pôde
durante a paralisia, se
deixou perder nos
prostíbulos. “Simão,
disse Ele, eu não vim
para colocar remendos
novos em panos velhos e
rotos, nem colocar vinho
novo em odres velhos e
sujos.”
Divaldo, continuando sua
narrativa histórica,
apresentou a caminhada
da humanidade até os
dias atuais,
demorando-se um pouco
mais nas narrativas
referentes ao advento da
Doutrina Espírita, suas
obras e conteúdo.
Destacou que a dor é a
gentil escultora da
plenitude, é uma bênção.
Salientou, como fizera
no início de sua
conferência, que os dias
de hoje são como aqueles
que precederam a chegada
do Mestre Nazareno. A
violência em todos os
níveis sociais,
intelectuais, desvios de
caráter ético-morais,
foram as características
daquele passado e que
ora a humanidade atual
experimenta.
Preparando a finalização
da conferência, Divaldo
Franco, o Semeador de
Estrelas, narrou as
bem-aventuranças,
fazendo o encerramento
com o Poema da Gratidão.
O público, tomado por um
sentimento de
plenificação e enlevo,
aplaudiu o conferencista
de forma calorosa, de
pé, reconhecendo o
trabalho esclarecedor,
consolador e portador de
esperanças.
O seminário Sexo e
Sociedade
Na tarde seguinte, dia 3
de outubro, Divaldo
Franco voltou a falar no
8º Congresso Espírita,
quando ministrou o
seminário Sexo e
Sociedade.
Divaldo Franco, com sua
verve característica,
citou, à luz de sua
própria emoção, a
sentença de Mohandas
Karamchand Gandhi, mais
conhecido como Mahatma
|
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Gandhi, líder da
independência da
Índia e de
paquistaneses,
que asseverava:
todo aquele que
conseguisse
atingir o mais
elevado nível de
amor seria capaz
de neutralizar o
ódio de milhões
de criaturas
humanas. |
Divaldo, empolgante e
cativante, abordando o
tema em tela, e para
demonstrar a importância
e a compreensão sobre o
assunto, utilizou-se da
classificação
desenvolvida por
Peter Ouspensky,
discípulo de
Gurdjieff,
classificando a
humanidade em dois
grupos. O primeiro,
formado pelas pessoas
fisiológicas, em maior
número, são as que se
encontram no nível de
consciência de sono,
alimentam-se, dormem e
procriam. O segundo,
composto pelos
indivíduos psicológicos,
em menor número, formado
pelos que estão com a
consciência desperta,
são os que, além das
três atividades dos
primeiros, também amam,
são solidários,
caridosos,
transcendentes.
Emilio Mira y Lopes,
sociólogo, médico
psiquiatra e psicólogo,
destacou o orador,
afirma que a criatura
humana difere dos outros
animais porque possui
cinco características:
1. Personalidade; 2.
Conhecimento; 3.
Identificação; 4.
Consciência de si; e 5.
Individuação, ou
consciência cósmica.
Cada uma dessas
características foi
desdobrada por Divaldo
Franco, ampliando o
conhecimento.
Desenvolvendo o tema
consciência, Divaldo
apresentou as conclusões
de Peter Ouspensky que
classificou o ser humano
em quatro níveis de
consciência:
1. Consciência de sono é
o primeiro nível. Neste
está a grande maioria,
com raras exceções. É o
estágio primário na
escala de evolução.
2. O segundo nível é o
de consciência desperta.
A criatura humana
alcança o discernimento,
dá-se conta que sua
existência tem um
significado psicológico.
3. Consciência de si
mesmo é o terceiro nível
estabelecido. Neste
nível o autor apresenta
as funções da máquina –
o ser humano. A primeira
função é a intelectiva.
A segunda é a emocional.
Na ordem estão as
funções instintiva,
motora e sexual. A sexta
função é a emotiva
superior e a intelectiva
superior é a sétima.
Estas funções devem ser
administradas por essa
consciência de si mesmo.
4. Peter Ouspensky
denominou o quarto nível
como o de consciência
objetiva, que Allan
Kardec chamou de
consciência cósmica.
O sexo deve ser
praticado saudavelmente
Exemplificando, narrou a
história de um jovem que
tentava vencer-se a si
mesmo e aos seus fortes
apelos sexuais. Após
desejos de mudanças para
melhor, e recebendo
nobres conselhos e
apoio, tentando sublimar
o conflito, naufragou em
águas turvas, pois que
sua vontade era dúbia,
terminando por ser
assassinado pelo
parceiro ocasional.
Essa história está
contida no livro Sexo
e Consciência,
baseado em temas
abordados por Divaldo
Franco, ao longo de
muitos anos. Obra
organizada por Luiz
Fernando Lopes,
proporciona lições e
esclarecimentos de
grande valor para uma
inspiradora
aprendizagem.
Apresentando, também, a
excelência do
Espiritismo, que permite
ao homem alcançar
patamares mais elevados
de consciência desperta,
Divaldo Franco destacou
que nessa data, 3 de
outubro, nascia, no ano
de 1804, o ínclito
codificador da Doutrina
Espírita, Allan Kardec,
pseudônimo de Hippolyte
Léon Denizard Rivail.
Na atualidade, o homem,
em grande número,
encontra-se no período
do erotismo, em que
busca, com tormentos, o
desfrutar das sensações
sem nenhuma vinculação
com o amor sublime. A
falta de consciência na
prática do sexo leva
milhões de seres humanos
aos mais diversos
transtornos afetivos.
O sexo deixou o
departamento genésico
para subir à cabeça e
tornar-se o condutor de
incontáveis existências.
Está na hora de
voltarmos a praticá-lo
saudavelmente,
afirmou o inolvidável
orador.
É necessário que o ser
humano, sublimando a
função sexual,
direcione-se para a
solidariedade, a
fraternidade, o doar-se
ao seu semelhante. A
função do sexo é
atividade sublime,
geradora de emoções,
devendo ser exercida com
amor. O sexo deve ser
acompanhado de
consciência,
dignificando-o. É uma
bênção que Deus deu ao
homem para reconstruir
as forças, cabendo a
cada um educar as suas
funções sexuais através
da consciência. É,
igualmente, fonte de
intercâmbio de energias.
Finalizando, retomou a
frase inicial desse
seminário: todo aquele
que conseguisse atingir
o mais elevado nível de
amor seria capaz de
neutralizar o ódio de
milhões de criaturas
humanas. Durante todo o
seminário Divaldo se
utilizou da técnica do
riso, ou risoterapia,
levando o público, em
diversos momentos, a
desenvolver o bom humor.
O tema, assim, tornou-se
mais ameno e de grande
proveito, pois que o
público, reconhecido, o
aplaudiu de pé,
freneticamente.
Respirava-se no local a
paz e a harmonia.
Nota do autor:
As fotos que ilustram
esta reportagem são de
Jorge Moehlecke.
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