O leitor Julio Flávio
Rosolen, de Piracicaba (SP),
em mensagem publicada na
seção de Cartas nesta mesma
edição, escreveu-nos:
Gostaria de saber o que é
“indução magnética”, tão
mencionada por Hermínio C.
Miranda em suas obras, como
funciona e quais as suas
finalidades. Se possível,
favor indicar bibliografia
sobre o tema, que muito me
interessa.
Lembremos, inicialmente, que
“indução” significa o ato ou
o efeito de induzir. Induzir
significa: instigar,
incitar, sugerir, persuadir;
causar, inspirar, incutir;
inferir, concluir, deduzir;
revestir, guarnecer, indutar;
mover, levar, arrastar;
praticar a indução.
Uma pessoa pode, de várias
formas, induzir outra pessoa
a trilhar esse ou aquele
caminho.
No livro Diálogo com as
Sombras, uma de suas
obras mais importantes e
conhecidas, o escritor
citado pelo leitor, Hermínio
C. Miranda, escreveu:
São amplamente utilizados,
nos processos obsessivos, os
métodos da hipnose e do
magnetismo, que contam, no
Além, com profundos
conhecedores e hábeis
experimentadores dessas
técnicas de indução,
tanto entre os Espíritos
esclarecidos e despertos
para as verdades maiores,
como entre aqueles que ainda
se debatem nas sombras de
suas paixões.
Lá, como entre os
encarnados, os métodos são
os mesmos. Para incumbências
de importância secundária,
basta uma indução
superficial, mas para os
procedimentos mais
elaborados, os
hipnotizadores do espaço
utilizam-se de recursos
extremamente sofisticados.
“... nos atos mais complexos
do Espírito — ensina André
Luiz, em “Mecanismos da
Mediunidade” —, para que
haja sintonia nas ações que
envolvam compromisso moral,
é imprescindível que a onda
do hipnotizador se case
perfeitamente à onda do
hipnotizado, com plena
identidade de tendências ou
opiniões, qual se
estivessem jungidos,
moralmente, um ao outro, nos
recessos da afinidade
profunda.
(Obra citada, cap. 22,
Magnetizadores e
Hipnotizadores.)
(Grifamos.)
Discorrendo sobre os
chamados agentes de indução,
André Luiz nos diz, em
Mecanismos da Mediunidade,
obra psicografada em
parceria pelos médiuns
Francisco Cândido Xavier e
Waldo Vieira:
Temos plenamente evidenciada
a autossugestão, encorajando
essa ou aquela ligação, esse
ou aquele hábito,
demonstrando a necessidade
de autopoliciamento em todos
os interesses de nossa vida
mental, porquanto,
conquistada a razão, com a
prerrogativa da escolha de
nossos objetivos, todo o
alvo de nossa atenção se
converte em fator
indutivo, compelindo-nos
a emitir os valores do
pensamento contínuo na
direção em que se nos fixe a
ideia, direção essa na qual
encontramos os princípios
combináveis com os nossos,
razão por que,
automaticamente, estamos
ligados em espírito com
todos os encarnados ou
desencarnados que pensam
como pensamos, tão mais
estreitamente quão mais
estreita a distância entre
nós e eles, isto é, quanto
mais intimamente estejamos
comungando a atmosfera
mental uns dos outros,
independentemente de fatores
espaciais. Uma conversação,
essa ou aquela leitura, a
contemplação de um quadro, a
ideia voltada para certo
assunto, um espetáculo
artístico, uma visita
efetuada ou recebida, um
conselho ou uma opinião
representam agentes de
indução, que variam
segundo a natureza que lhes
é característica, com
resultados tanto mais amplos
quanto maior se nos faça a
fixação mental ao redor
deles.
(Mecanismos da Mediunidade,
obra psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier;
cap. XII, pág. 86.)
(Grifamos.)
No livro Seara dos
Médiuns, na página
intitulada “Cartão de
visita”, Emmanuel refere-se
também ao tema, mostrando a
relevância do pensamento nos
fenômenos de sintonia
psíquica:
Em qualquer estudo da
mediunidade, não podemos
esquecer que o pensamento
vige na base de todos os
fenômenos de sintonia na
esfera da alma.
Analisando-o, palidamente,
tomemos a imagem da vela
acesa, apesar de imprópria
para as nossas anotações.
A vela acesa arroja de si
fótons ou força luminosa. O
cérebro exterioriza
princípios inteligentes ou
energia mental.
Na primeira, temos a chama.
No segundo, identificamos a
ideia.
Uma e outro possuem campos
característicos de atuação,
que é tanto mais vigorosa
quanto mais se mostre perto
do fulcro emissor.
No fundo, os agentes a que
nos referimos são neutros em
si.
Imaginemos, no entanto, o
lume conduzido. Tanto pode
revelar o caminho de um
santuário, quanto a trilha
de um pântano. Tanto ajuda
os braços do malfeitor na
execução de um crime, quanto
auxilia as mãos do benfeitor
no levantamento das boas
obras.
Verificamos, no símile, que
a energia mental,
inelutavelmente ligada à
consciência que a produz,
obedece à vontade.
E, compreendendo-se no
pensamento a primeira
estação de abordagem
magnética, em nossas
relações uns com os outros,
seja qual for a mediunidade
de alguém, é na vida íntima
que palpita a condução de
todo o recurso psíquico.
Observa, pois, os próprios
impulsos.
Desejando, sentes.
Sentindo, pensas.
Pensando, realizas.
Realizando, atrais.
Atraindo, refletes.
E, refletindo, estendes a
própria influência,
acrescida dos fatores de
indução do grupo com que
te afinas.
O pensamento é, portanto,
nosso cartão de visita.
Com ele, representamos ao pé
dos outros, conforme nossos
próprios desejos, a harmonia
ou a perturbação, a saúde ou
a doença, a intolerância ou
o entendimento, a luz dos
construtores do bem ou a
sombra dos carregadores do
mal.
(Seara dos Médiuns, cap. 2,
obra psicografada pelo
médium Francisco Cândido
Xavier.)
(Grifamos.)
Outras considerações
relacionadas com o tema o
leitor encontrará nas
seguintes obras, todas elas
objeto de estudo nesta
revista:
Mecanismos da Mediunidade
(André Luiz) - cap. IV:
http://www.oconsolador.com.br/ano7/350
Desobsessão (André Luiz) –
cap. 12:
http://www.oconsolador.com.br/ano8/400
Mecanismos da Mediunidade
(André Luiz) – cap. XVI:
http://www.oconsolador.com.br/ano8/374
Nas Fronteiras da Loucura
(Manoel Philomeno de
Miranda) - Análise das
Obsessões, pp. 10 e 11:
http://www.oconsolador.com.br/ano6/276
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