Conduta Espírita
André Luiz
(Parte
17)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Conduta
Espírita, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelo
médium Waldo Vieira e
publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. É válido realizar
sessões públicas para
atendimento aos
Espíritos sofredores?
Não. Devemos abster-nos
da realização de sessões
públicas com tal
finalidade, uma vez que
semelhante procedimento
é falta de caridade para
com os próprios
Espíritos socorridos,
que sentem, torturados,
o comentário crescente e
malsão em torno de seu
próprio infortúnio.
Ainda mesmo nas
aparências do bem, o mal
é sempre mal.
(Conduta Espírita, cap.
24.)
B. Que cuidados é
preciso tomar quanto às
comunicações atribuídas
a Espíritos de vultos
célebres?
Devemos ponderá-las com
especial atenção e
somente acatá-las pelos
conceitos com que se
enquadrem à essência
doutrinária do
Espiritismo. A luz não
se compadece com a
sombra.
(Conduta Espírita, cap.
25.)
C. André Luiz é
favorável à prática da
invocação nominal das
entidades comunicantes?
Não. Trata-se de uma
prática que, segundo
ele, devemos abolir, em
face dos inconvenientes
e da desnecessidade de
tal procedimento em
nossos dias.
(Conduta Espírita, cap.
25.)
Texto para leitura
212. Perante os
Espíritos sofredores
– Devemos abster-nos da
realização de sessões
públicas para
assistência a
desencarnados
sofredores, uma vez que
semelhante procedimento
é falta de caridade para
com os próprios
Espíritos socorridos,
que sentem, torturados,
o comentário crescente e
malsão em torno de seu
próprio infortúnio.
Ainda mesmo nas
aparências do bem, o mal
é sempre mal. (Conduta
Espírita, cap. 24.)
213. Evitar, quanto
possível, sessões
sistematizadas de
desobsessão sem a
presença de dirigentes
que reúnam, em si, moral
evangélica e suficiente
conhecimento
doutrinário. Quanto mais
luz, mais possibilidade
de iluminação. (Conduta
Espírita, cap. 24.)
214. Falar aos
comunicantes perturbados
e infelizes, com
dignidade e carinho,
entre a energia e a
doçura, detendo-se
exclusivamente no caso
em pauta. Sabedoria no
falar, ciência de
ensinar. (Conduta
Espírita, cap. 24.)
215. Sustar múltiplas
manifestações
psicofônicas ao mesmo
tempo, no sentido de
preservar a harmonia da
sessão, atendendo a cada
caso por sua vez, em
ambiente de concórdia e
serenidade.(1)
A ordem prepara o
aperfeiçoamento.
(Conduta Espírita, cap.
24.)
216. Em oportunidade
alguma, polemizar,
condenar ou ironizar, no
contacto com os irmãos
infelizes da
Espiritualidade. A
azedia não cura o
desespero. (Conduta
Espírita, cap. 24.)
217. Oferecer a
intimidade fraterna aos
comunicantes, aplicando
o carinho da palavra e o
fervor da prece, na
execução da enfermagem
moral que lhes é
necessária. A
familiaridade estende os
valores da confiança.
(Conduta Espírita, cap.
24.)
218. Suprimir indagações
no trato com as
entidades infortunadas,
nem sempre em dia com a
própria memória, como
acontece a qualquer
doente grave encarnado.
A enfermagem imediata
dispensa interrogatório.
(Conduta Espírita, cap.
24.)
219. Lembremo-nos deste
conselho dado por Paulo
a Timóteo: “Mas é grande
ganho a piedade com
contentamento.” — Paulo.
(I Timóteo, 6:6.)
220. Perante os
mentores espirituais
– Ponderemos com
especial atenção as
comunicações
transmitidas como sendo
da autoria de algum
vulto célebre, e somente
acatá-las pelos
conceitos com que se
enquadrem à essência
doutrinária do
Espiritismo. A luz não
se compadece com a
sombra. (Conduta
Espírita, cap. 25.)
221. Abolir a prática da
invocação nominal dessa
ou daquela entidade, em
razão dos inconvenientes
e da desnecessidade de
tal procedimento em
nossos dias, buscando
identificar os
benfeitores e amigos
espirituais pelos
objetivos que demonstrem
e pelos bens que
espalhem. O fruto dá
notícia da árvore que o
produz. (Conduta
Espírita, cap. 25.)
222. Apagar a
preocupação de estar em
permanente intercâmbio
com os Espíritos
protetores,
roubando-lhes tempo para
consultá-los a respeito
de todas as pequeninas
lutas da vida, inclusive
problemas que deva e
possa resolver por si
mesmo. O tempo é
precioso para todos.
(Conduta Espírita, cap.
25.)
223. Acautelar-se contra
a cega rendição à
vontade exclusiva desse
ou daquele Espírito, e
não viciar-se em ouvir
constantemente os
desencarnados, na senda
diária, sem maior
consideração para com os
ensinamentos da própria
Doutrina.
Responsabilidade
pessoal, patrimônio
intransferível. (Conduta
Espírita, cap. 25.)
224. Honrar o nome e a
memória dos mentores que
lhe tenham sido
companheiros ou parentes
consanguíneos na Terra,
abstendo-se de
endereçar-lhes
petitórios desregrados
ou descabidas
exigências. A comunhão
com os bons cria para
nós o dever de
imitá-los. (Conduta
Espírita, cap. 25.)
225. Furtar-se de crer
em privilégios e favores
particulares para si,
tão somente porque esse
ou aquele mentor lhe
haja dirigido a palavra
pessoal de encorajamento
e carinho. Auxílio
dilatado, compromisso
mais amplo. (Conduta
Espírita, cap. 25.)
226. Fechando o capítulo
25, André Luiz
reproduziu esta
conhecida advertência
feita pelo apóstolo
João: “Amados, não
creiais a todo Espírito,
mas provai se os
Espíritos são de Deus.”
(I João, 4:1.)
(Continua no próximo
número.)
(1)
Sobre comunicações
simultâneas na reunião
mediúnica, recomendamos
ao leitor que leia o
cap. 39 do livro
Desobsessão, do
mesmo autor espiritual.
Eis o link:
http://www.oconsolador.com.br/ano9/409/estudandoaserieandreluiz.html